sábado, 2 de março de 2019

primeiro presunto em patinete?


Acabo de saber sobre o primeiro presunto resultante de uso de patinete. A fonte é confiável, fidedigna. Deve ter acontecido faz tempo. O patineteiro pegou uma pedra e enfiou a testa no chão. Virou quiabo, os danos foram irreversíveis e seus órgãos foram doados. Acho normal que não tenha sabido pela imprensa ou até mesmo por fofoca. Alguém se interessa?

Não é teoria da conspiração acreditar que deve ter um monte de gente se arrebentando em patinete elétrico e não interessa a divulgação. Diz que diz tem aos montes. Os coxinha (segundo os revolucionários de prantão) coloca uma grana pesada (grana preta não pode mais) neste novo negócio "de modalidade" de mobilidade, a Prefeitura e o Poder Público dão graças a Deus que tem um carro a menos nas ruas gerando congestionamento e ainda entra uns trocados de impostos, os neguinho quer chegar rápido e estar na onda do momento (expressão velha que não sei se ainda vale), quem vai falar uma palavra contra? O passado condena. Num passado não muito distante (umas 3 ou 4 décadas) alguém realmente estava interessado em divulgar o matadouro da fábrica de presuntos da modalidade motoboy. Sim, divulgaram, mas porque era notícia ruim, dá Ibop, e porque os malditos (censurando o que os colarinhos brancos diziam sobre os motoboys) atrapalhavam o trânsito ("Morre fdp!" era a frase must da época). Eu chamava de mortoboy, mas fui censurado. E não era? Só interessava que a encomenda chegasse o mais rápido possível, o resto era efeito colateral plenamente aceitável. 
Ontem parado numa esquina do Itaim Bibi um motoboy já senhor (sim, envelheceram, casaram, tiveram filhos e criaram juízo) reclamou assustado das barbaridades que um imbecil em patinete fazia vindo em nosso sentido na contramão da Bandeira Paulista. Enquanto reclamava abafado pelo capacete quase foi derrubado da moto pela caixa rosa choque de um dos quatro entregadores de aplicativos de comida em bicicleta que dobraram a esquina em cima dos pedestres seguindo na mesma contramão, três atrás do patinete e um no meio dos carros já em movimento fazendo gracinhas para os amigos. 
Na esquina com a Nove de Julho mais três entregadores de aplicativos pedalando com suas caixas nas costas. Dois estavam com chinelos velhos e quase maltrapilhos, garotos realmente pobres procurando seu sustento. Entraram na Alemanha (a rua) e seguiram juntos conversando. "Só vão falar sobre a loucura dos patinetes quando morrer alguém importante, tipo artista conhecido" disse o senhor motoboy lá atrás. É! Destes meninos de chinelo....

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