sábado, 28 de junho de 2014

Três historinhas

1 - Depois de admirar a Catedral da Sé, no Centro, o grupo de 40 voltou a se movimentar com cuidado pela praça entre os pedestres. O guia foi indo lento com o grupo unido, mas lá trás alguém decidiu dar uma última olhadinha. e o grupo se abriu. Luiz, o guia do meio, esperou. Voltaram a se movimentar, Luiz deu uma olhada para trás para ver se todos estavam ali e quando olhou para frente deu de cara com um cego cruzando sua frente. Sem tempo para frear desviou rapidamente e entrou no meio do tabuleiro de um deficiente físico, derrubando tudo, incluso o deficiente. 
2 - Vindo pelo Largo da Batata pude ver um mendigo sentado no chão à frente da igreja. Ele estava envolto em sacos pretos de lixo lambendo com fome algo, que imediatamente imaginei ser um resto de comida em um prato de alumínio. Automaticamente desandei a pensar o que se pode fazer numa situação destas. Só quando estava bem próximo pude ver que o mendigo lambia fotos de uma revista de sacanagem.
3 - Ainda atordoado com o mendigo lambendo mulheres nuas em revista de sacanagem, dei de cara com Supla pegando um táxi... 
Pedalando a gente vivencia cada coisa...

quarta-feira, 25 de junho de 2014

racha nos pedais

O ciclista dobrou a esquina e entrou na avenida uns 50 metros a frente. Está paramentado por completo; roupa de franga verde clara coladinha ao corpo, sapatilhas, meinhas e luvas pretas, capacete bem ventilado com aba, pedala montado numa híbrida de fibra de carbono e pneus 700/23; luz vermelha piscando. Eduardo vem pedalando pela avenida e vê o ciclista entrar a sua frente. Eduardo veste roupas normais, calça jeans, camiseta, tênis; pedala uma bicicleta básica, destas de supermercado, pequena para seu corpo. Vem rápido na volta para casa. Fim de dia.
A diferença entre as bicicletas é enorme, principalmente nos pneus. Quem pedala uma bicicleta básica com Levorin básico abiscoitado, pesados, borrachudos, grudentos, lentos. Eduardo olha o ciclista a frente, sente que dá para acompanhar e decide se divertir. Vai diminuindo aos poucos a diferença para a híbrida até chegar, cola a roda por um bom tempo e quando ultrapassa diz um boa noite não respondido, talvez desprezado, talvez sequer percebido; quem sabe? Não olha para trás e segue na sua cadência rápida, suave, vibrante dos pneus abiscoitados.

A resposta não tarda. O ciclista ultrapassa Eduardo, mantem-se por curto tempo no selim e logo sobe nas sapatilhas e dá um sprint. Esta aberta a brincadeira, está jogada a disputa. Eduardo vem de longe pedalando pesado, sabe que não tem forças e que um possível sprint com aqueles pneus vai ser inútil, perda de energia. Mas vê a frente o trânsito parado. Entende que o sprint do ciclista é inútil. Logo o ciclista senta e freia para passar entre os carros. Ponto contra. Eduardo, uns 10 metros atrás, ergue a cabeça, olha bem a frente com calma e vai por outro caminho. Ali, no meio do trânsito, as diferenças entre as bicicletas dão lugar a experiência do costurar. Momento de ir para frente. O sprint do outro ciclista não só foi um gasto inútil de energia, mas também uma perda crucial do tempo de olhar e estabelecer uma estratégia de onde ir, de qual o melhor caminho. Os dois correm praticamente lado a lado, paralelos entre os carros, o ciclista no meio da avenida, Eduardo entre os espelhos dos carros e o meio fio que raspa no pedal. O caminho do ciclista vai se fechando, ele vai diminuindo, e não resta outro caminho que virar a esquerda pela frente de um carro. Eduardo vê de relance por sobre a capota do carro a cabeça do ciclista girar e olhar Eduardo passa rápido raspando pela roda dianteira do ciclista. Eduardo segue em frente com uma grande vantagem olhando o semáforo a frente. Agora dá um Sprint na esperança que o sinal feche para o ciclista que deve estar vindo atrás. Eduardo nem olha para trás, põe suas forças nesta vantagem. Imagina que o erro de estratégia tenha custado uns 30 metros para o ciclista. Cruza o sinal e olha rapidamente para ver se entra o amarelo e o vermelho. Só vai olhar para trás caso entre rápido o vermelho e o trânsito nervoso siga em frente e feche o caminho do outro ciclista. Não acontece. O ciclista deve estar chegando, é inevitável que ele passe Eduardo, a diferença das bicicletas é muito grande. Acabou a brincadeira. Mas Eduardo segue pedalando muito forte na esperança do próximo congestionamento. Respira alongado para baixar o coração. Olha para trás e não vê mais o ciclista. A brincadeira acabou. Diminui o ritmo, relaxa e curte. Foi divertido.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Gilberto Bueno, mais um caso de...

Mais outro ciclista morto em acidente de trânsito aqui em São Paulo. Infelizmente é algo esperado, até normal, dentro deste cenário de barbárie de violência brasileira. A cidade de São Paulo, em especial a área onde aconteceu o acidente, tem um dos trânsitos menos violentos de todo Brasil. Gilberto Bueno, o ciclista morto no atropelamento, com certeza não será o último. Sem dúvida, a sociedade brasileira convive naturalmente com a barbárie. O que espero é que Bueno valha mais uma marola. Quem sabe um dia, algumas gerações a frente, este país consiga ter um mínimo de civilidade.
Silvia Ballan em seu Blog ‘Silvia e Nina’ - http://silviaenina.org/2014/06/16/gilberto-bueno/ - posta um filme que indica o que possivelmente tenha acontecido. Em forma de desenho animado explicativo presta um bom serviço, mesmo que com erros de avaliação fruto da emoção.
Verdade não se mistura com emoção. E só através da verdade se reduz a violência.
Repito: Aviação civil é o modo de transporte mais seguro por que busca a verdade sem buscar culpados. Buscar culpados é caçar bruxas ou fazer a santa inquisição, o que creio, só creio, que a história já tenha provado ser ligeiramente ineficaz, assim... discretamente ineficaz.
No país do nunca antes o jogo agora está posto: nós, os bonzinhos, contra eles, os maus. Tipo caça às bruxas e inquisição. Tipo black blocks.
Até posso entender a razão das ciclovias serem pintadas de vermelho, mas preferiria que nem ciclovias nem asfalto e calçadas fossem pintadas ou manchadas de vermelho, seja por razões de trânsito ou por razões de violência. Vermelho é meio assim eu contra os outros, tipo dualidade, tipo aqui é proibido para vocês, os malvados. Bom mesmo, pelo menos para mim, é dialogo, aquela coisa antiga de ouvir, falar, trocar ideias, pensar, questionar-se...
Enquanto estava escrevendo este texto estava acontecendo quebra-quebra pela cidade. Posso afirmar que violência não vale um peido, usando uma expressão bem argentina. Quem é fraco e vazio parte para a agressão, vale para os pseudos bem intencionados como para os malditos mal intencionados.
A solução para o Brasil passa sem dúvida pelo parar imediatamente com esta história que o outro é culpado. Lembra linchamento. É medíocre, empobrece, só gera mais pobreza, mais violência.
É óbvio que educação ajuda uma barbaridade, mas não resolve tudo.

Triste. Está tudo errado e da forma que todos nós brasileiros caminhamos não há a mais remota possibilidade de que tais fatos deixem de se repetir. Aliás, é óbvio que só vai piorar

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Copa do (i)Mundo

Ontem a Copa do Mundo teve uma abertura sequer digna de uma República de Bananas. Aquilo não representa em absolutamente nada o Brasil. Foi ofensivo. Fosse em Cuba os responsáveis pelo país do Nunca antes, da Copa das Copas, e de outras pérolas do populismo, por traição à Pátria já teriam data marcada para o pelotão de fuzilamento. Como prêmio a todos eleitores da Dilma ela deveria cantar na festa de fechamento da Copa vestindo as maravilhosas roupas da Jeniffer Lopes...
O jogo do Brasil teve um resultado... duvidoso. Segundo gol de penalti, que segundo os críticos e especialistas não existiu. E também segundo estes mesmos, um gol dos Croatas anulado. Eu não vi, só ouvi... Vai que são más línguas. E vai que é teoria da conspiração que sacanearam o México, adversário direto do Brasil, que teve dois gols legais anulados. Saldo de gols pode fazer toda diferença na passagem para outra fase. Só espero que não façam a mesma barbaridade que foi feita na Copa da Argentina, quando os militares, e bota ditadura ai, fizeram misérias para ter uma Argentina Campeã do Mundo. Um tempo depois veio a tona que o time do Peru foi subornado, meio em dólares, meio em grãos de trigo, para passar pela final com uma escancarada vitória de 6X1. A final, contra a Holanda, o time Argentino foi ligeiramente turbinado... E outras cositas mas.... Venceu a ditadura argentina. Tendo em vista algumas ideias um pouco autoritárias que vem lá do governo federal, espero que o País do Nunca Antes não copie também a sangrenta ditadura militar argentina. (Jeniffer Lopes....!?!?)
Opa! Bem que os especialistas disseram: a internet não funcionou na abertura da Copa. Perfeito! Será que vai funcionar nos outros estádios? Não joguem a responsabilidade sobre a FIFA. Nós temos, ou deveríamos ter, uma agência reguladora das telecomunicações, ANATEL, que depois de ter sido tomada pela tropa do nunca antes virou uma ostra com paralisia mental.
Há uma ciclovia que leva até o Itaquerão. Começa no Tatuapé e termina mais de 7 km depois praticamente na porta do Itaquerão. Ela está servindo para mobilidade da Copa? Ainda existe o bicicletário? Ou os ciclistas não podem entrar no perímetro de segurança?

terça-feira, 10 de junho de 2014

Roda Viva com Juca Kfuri

É no momento de crise que se tem as melhores oportunidades para se rever posições e buscar caminhos certos e seguros. 
A história da Copa é um ótimo exemplo de como as coisas realmente funcionam por aqui, em especial nestes últimos tempos. Com atenção é possível aprender algo e evitar erros crassos. Brasileiro tem que entender que o buraco é mais embaixo e para sair dele é necessário parar com simplismos. 
Milagre não existe. O bem é fruto de esforço, seriedade. Qualidade!!! Temos que conseguir construir o país e a cidade que sonhamos. 

John Oliver Explains The World Cup And FIFA To Americans (VIDEO)

Falando em estrago da Copa...
http://www.huffingtonpost.co.uk/2014/06/09/world-cup-brazil-john-oliver_n_5471605.html?utm_hp_ref=fb&src=sp&comm_ref=false

Não vai ter Olimpíadas...

Notícia divulgada no Canada dá conta que está tudo certo para ser anunciada depois da Copa a retirada das Olimpíadas do Brasil. As razões são várias: falta de cumprimento de contratos por parte das autoridades brasileiras, atraso nas obras, alta poluição das águas onde deverão acontecer provas, revolta da população...
É com profunda tristeza que espero que o anúncio realmente aconteça. Os estragos causados pela Copa para o Brasil são infinitamente maiores que o pior dos pesadelos, independente do que quer que aconteça a partir do início de fato da competição. Apresentamos para o cenário internacional o Brasil real, ineficiente, individualista, corrupto num grau desconhecido até então, pobre, imundo, desorganizado, violento e, pior, não cumpridor de contratos, o que é uma mancha inacreditável para nossa macro economia, nossa posição no cenário mundial. Lembro a todos que talvez o melhor legado do Plano Real, e dos seus responsáveis, foi dar dignidade, credibilidade, confiança ao Brasil, o que foi arrasado pela preparação para a Copa, dentre outras sutilezas do país do nunca antes
Alexandre Garcia falou na rádio Estadão sobre o que os países sedes das Copas quiseram mostrar ao mundo, deixar de legado, e de certa forma mostraram. Nunca na história das Copas um país foi tão irresponsável, tão idiota, tão displicente, quanto o Brasil, melhor dizendo, nós, brasileiros fomos. Espero que os problemas da Copa parem por ai ou os estragos para nosso futuro serão ainda maiores. 
Como ex esportista amador, apaixonado por vários esportes, quero que as Olimpíadas sejam levadas para longe do Brasil. Aqui fala-se só em futebol. Onde estão os outros esportes? Para fechar só na bicicleta: como um país com a quantidade de ciclistas que temos por aqui não consegue formar ciclistas de ponta? Como somos praticamente zero no cenário mundial da bicicleta quando dizem que há 70 milhões de bicicletas no Brasil e pelo menos 40 milhões de usuários no dia a dia. 
Espero que não passemos mais vergonha do que já passamos. Afinal, ter o Campeão Mundial de argolas dizendo nas TVs, rádios e jornais que vai mudar de nacionalidade por que não tem patrocínio dá asco. É assim com todo esporte. Ou algum trouxa acredita que em 2 anos se forma um atleta de ponta. Só no país do nunca antes...

É mesmo... cadê o velódromo e a pista de BMX do Panamericano? Cadê as piscinas olímpicas? Cadê.......?
Cadê o Circuito de Jacarepaguá?
Da forma que vamos indo vamos perder o GP de F1, que é importantíssimo para nossa economia... A Prefeitura do Haddad ainda não mexeu uma palha.

Aprender com o Giro, Tour,.... e com os profissionais

Acabou mais um Giro D'Italia. Este ano venceu um colombiano jovem, de corpo pequeno, tímido, pai de um bebe que ainda não segura bem a cabeça e que foi levado ao pódio para receber as glorias da vitória com o pai. Juntos estavam a jovem mulher e pais, todos muito emocionados. Uma cena jeitinho de piegas, mas que cai feito luva depois do destroçamento do ciclismo causado pela era Lance Armstrong. 
O que se aprende com qualquer categoria de ciclismo profissional é a melhor forma de conduzir e pedalar uma bicicleta, sempre muito suave, sem desperdiçar uma gota de suor, de energia. Forças devem ser preservadas para o momento necessário, o resultado esperado, a vitória. É assim para os profissionais e deveria ser assim também para o público geral.
Saber guardar energia no trânsito é crucial para a própria segurança. Quanto mais tranquilo estiver o ciclista, quanto menos for quebrada a inércia da bicicleta, quanto mais suave forem os movimentos e ações, mais energia o ciclista terá para uma possível reação numa situação de tensão ou risco. "Ciclismo é arte da suavidade" deveria ser o dogma de todo usuário da bicicleta. Clóvis Anderson, um dos melhores ciclistas da história do Brasil, uma vez me disse que "ciclismo é arte de suportar a dor", mas isto só vale para ciclistas profissionais. Ciclista amador deve sentir conforto e prazer.
Erros dos ciclistas comuns:
Infelizmente ainda tem muita gente pedalando com perna travada, principalmente entre as mulheres. Acham que fazendo isto vão ficar com pernas mais bonitas, o que é um erro crasso. Pedalar travado, abaixo de 60 voltas por minuto, em anaeróbica, diminui a circulação de sangue pelo músculo, prejudica os nervos e articulações, o que não é nada bom para as pernas e o resto do corpo. Pior, dificulta a aceleração, o que no trânsito significa colocar-se em perigo constante. Não é preciso, nem muito recomendável, usar a cadência de profissionais, muito alta, mesmo assim é menos prejudicial que pedalar travado.
Profissional muda constantemente as marchas. Você vê que o pessoal sempre mantem a cadência nos pedais. Mude sua marcha sem pensar, sempre, constantemente. Reduza as marchas quando for diminuir a velocidade ou parar. Marcha, marcha, marcha. 
Outro detalhe que se deve aprender com ciclismo profissional, principalmente com os melhores, é que todos, sem exceção, pedalam com o corpo o mais solto e descontraído possível. O ideal é ser um ciclista tão mole quanto uma gelatina. 
Dentro de mais uns dias começa o Tour de France, que é o evento esportivo para os franceses. Só lembrando que quando a França ganhou o Mundial de Futebol em casa, 1998 creio, a notícia de primeira página, inteira, foi o fim do Tour de France, com uma caixinha discreta em baixo apontando a França campeã do mundo. E se tivesse havido uma final de rugby o futebol teria ido para segunda página...
O que vale a pena nas transmissões destas provas é a paisagem e o finalzinho. O resto, cá entre nós, é para fanáticos. E aprender com os melhores. Ou será que nós fazemos certo e eles fazem errado, por isto são profissionais?

Luiz Felipe Pondé e o autoritarismo bonzinho

Confesso que sinto uma inveja incrível deste texto do Luiz Felipe Pondé publicado na Folha de São Paulo, nesta terça-feira, 10 de Junho de 2014. Estou com um texto destes remoendo minha cabeça já faz muito tempo, mas toda vez que vou para o teclado sai uma coisa um tanto ensandecida. Pondé, um dos mais respeitáveis pensantes deste país, tem o dom de falar o que tem que ser dito e não perder o equilíbrio. Ótimo texto, realista, centrado, falando sobre uma situação que faz muito, mas muito mesmo, deveria ter sido superada.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2014/06/1466926-hobbes-de-bike.shtml

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Pedais pensantes

O documentário Pedais pensantes dá uma boa visão de como pensava o movimento da bicicleta paulistana entre 2009 e 2010. http://vimeo.com/tamago/pedaispensantes .
Terça-feira passada, dia 03 de Junho de 2014, foi feito o lançamento do documentário no Teatro Taib. Sobre a situação do Taib escrevo no final.
Entre o bom público presente no Taib todos os que aparecem dando depoimento para o documentário. Caue, um dos produtores do documentário contou um pouco da história do documentário e disse que há um ótimo material que ficou de fora. Ofereceu este material a quem se interessar. Confesso que gostaria de ver uma continuação do trabalho, mas é complicado e provavelmente não vai rolar.
Da época destes depoimentos para hoje muito mudou no movimento, na relação do grupo e nas vidas individuais, como seria de esperar, mas pouco mudou a situação da cidade de São Paulo. Aliás, mudou. Engarrafamento já era; agora é entulhamento nunca antes visto. Viva o genial IPI zero!!!! Isto ajuda muito no estímulo ao uso da bicicleta. Acredito que só uma bem pequena parte dos novos ciclistas seja consequência do que aconteceu na época citada pelo documentário. Aqueles dias fizeram a bicicleta ir para mídia, ser notícia, mas sempre com um gosto amargo de violência. O discurso, burro a mau ver, era o trânsito é muito perigoso e os motoristas culpados. O que se chutou portas e espelhos, o que se ofendeu motoristas então foi brincadeira. Tipo assim motoboy dos velhos tempos. Muito eficaz e inteligente, sem duvida, repetir uma história tão viva e marcante que todos sabem de trágicos resultados. 
O pessoal acredita que esta nova rede social é horizontal e democrática. Sem dúvida, horizontal para quem está dentro da rede social em questão. Minha dúvida se é para quem está em outras inúmeras e quase infinitas redes sociais paralelas, que não tem nada a ver com a turma da bicicleta e não ficam sequer sabendo. O planeta deixou de ser o centro do universo já faz um bocado de tempo, mesmo a contra gosto da igreja. Democrática? Rede social é democrática? Qual delas? Rede social corrigiu assim tão rapidamente o mapa genético dos seus usuários e o caráter individual? Quem participa de rede social recebe um chip democrático e coletivo? Uau! Como sou ignorante, como estou por fora. E todos que não fazem parte da rede social não são democráticos (portanto)? Ups!?! 
Depois do filme foi feita uma roda de debate livre. Fala-se muito olhando para o umbigo, quando não o próprio, o do ser ciclista. Thiago Benicchio fez uma das últimas falas, genial. Disse que estas reuniões sempre acabam numa terapia em grupo. Na mosca! Haja ego!
Parabéns a todos os produtores deste documentário. Ótimo, num bom momento. Merece sequência.  

Foi com profunda tristeza que vi o Taib, Teatro de Arte Israelita Brasileiro. Está arrebentado, praticamente abandonado, sobrevivendo por que ainda acontecem alguns eventos e oficinas no espaço aberto do último andar. O teatro em si está arruinado. É literalmente deprimente ver o descaso com que o brasileiro trata seu patrimônio histórico. Parece ou temos vergonha de nosso passado. Nelson Rodrigues falou em 1950 sobre nosso complexo de inferioridade, que segue igual ou pior, absurdo, pobre, mesquinho, ridículo. Pelo que me foi dito lá o governo do Estado de São Paulo, proprietário do Taib, vai reforma-lo. Assim espero.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

King Crinson

Minha geração de mountain bikers é chamada de dinossauros, e ai vem esta música do King Crinson, Dinosaur. E Indiscipline. Duas ótimas definições para este ser. Boa diversão


terça-feira, 3 de junho de 2014

Focas na Área - Vou de Bike - ótima matéria de alunos de jornalismo

Uma das melhores matérias escritas sobre a bicicleta.
http://focasnaarea.wordpress.com/2014/05/21/vou-de-bike/ 
No fim da extensa e ótima matéria dou um depoimento explicando um pouco o que é a Escola de Bicicleta; aliás, uma das melhores edições feitas de entrevistas que dei.