São
Paulo Reclama
bom
dia
A
saber, ontem estive numa reunião do Pró Ciclista, da STM. Enviei o convite que
me fizeram para vocês na mensagem anterior para confirmar a reunião.
Os
próprios presentes na reunião não sabem bem quem, dentro da CET, fez a pintura
dos pictogramas nas avenidas e disseram considerar inapropriada a ação.
Perguntei se haviam recebido minha carta para o São Paulo Reclama e disseram
desconhecer, o que acredito que seja verdade.
Faço
aqui meu elogio ao início de trabalho que está sendo realizado por Ronaldo
Tonobon, responsável pela questão da bicicleta na Prefeitura. Confio na forma com
que Ronaldo Tonobon irá encaminhar as questões da segurança dos ciclistas, que
simplesmente é uma questão de inteligência e capacidade de ouvir, qualidades
que não lhe faltam.
Faz
muito que venho pedindo que os jornalistas do Metrópole e do São Paulo Reclama
tenham interesse jornalístico na verdade da questões do trânsito para que não
se publique meias verdades perigosas. Novamente lembro que a imprensa no geral
fecha os perigos do trânsito no universo condutores, pedestres, ciclistas,
deixando de lado a questão técnica da construção, sinalização das vias e
organização destas.
As
respostas formais da CET são tipicamente empresariais e normalmente para boi
dormir. O problema com os cruzamentos para pedestres é implacavelmente
respondido com um “os técnicos estiveram no local e não encontraram problemas”,
não interessa que a esquina então citada fosse um dos maiores índices de
acidentalidade da cidade, ou que uma sequência de fotos provasse a existência
de sérios problemas. Aceita quem quiser ou quem não tem capacidade de enxergar
mais longe por falta de interesse. Desta ‘pequena’ confusão ou desinteresse
surge números de mortos no trânsito, até absurdamente considerados normais por
todos. É óbvio, a culpa é sempre do usuário do sistema viário, e de mais
ninguém. A técnica e aplicação da lei (CTB) é prefeita! As pessoas morrem por
que querem...
Caixa
de espera em avenida com pictograma de ciclista é um erro grave, beirando o
absurdo, até por que deixa a própria CET exposta perante a lei.
Venho
mais uma vez pedir que este respeitado jornal procure fontes de informação
que tenham qualidade técnica e neutralidade para olhar a realidade.
Acreditar em besteiras mata!
Arturo Alcorta
De: Sao Paulo Reclama
Data: terça-feira, 27 de agosto de 2013 17:39
Para: arturoalcorta@uol.com.br
Assunto: RESPOSTA - São Paulo Reclama - Arturo Alcorta -
26/08
De: Cia. de Eng. Tráfego
Enviada em: terça-feira, 27 de agosto de 2013 17:34
Para: Sao Paulo Reclama
Assunto: CET Responde: O Estado de S. Paulo - São Paulo Reclama - leitor
Arturo Alcorta
São Paulo, 27 de agosto de 2013
Ao jornal O Estado de S. Paulo
A/C.: SP Reclama
A CET informa ao leitor Arturo Alcorta que para melhorar a
segurança de motociclistas, ciclistas e pedestres, lançou no final de abril o
Projeto Frente Segura, que consiste na criação de áreas de espera exclusiva
para os veículos sobre duas rodas, destinando um espaço para motociclistas e
ciclistas pararem e aguardarem a abertura do semáforo veicular. Além da
sinalização de solo característica (pictogramas de bicicleta e motocicleta
pintados no asfalto), a caixa de acomodação – que está situada entre a faixa de
pedestres e os automóveis parados no vermelho do semáforo veicular - tem sua
sinalização reforçada com placa educativa, evidenciando que ali é um espaço
para a espera de motos e bicicletas.
Desde o início do programa até agora, mais de dez boxes já foram
implantados no sistema viário da cidade. Os locais para implantação do Projeto
Frente Segura são escolhidos, basicamente, em função de dois critérios: volume
considerável de motocicletas e bicicletas que passam pelas vias e conflito
veicular, incluindo-se aí o critério da Segurança Viária (ou seja, local com
maior número de acidentes envolvendo veículos sobre duas rodas, os mais
vulneráveis, nos anos de 2011 e 2012).
A iniciativa do Frente Segura tem como objetivos:
proporcionar maior segurança para as motocicletas e ciclistas,
diminuindo o conflito com autos no momento da largada no verde do semáforo;
aumentar o respeito das motos à linha de retenção e à faixa de
travessia;
dar maior visibilidade às motos junto às travessias de
pedestres;
diminuir o número de acidentes envolvendo motos, ciclistas e
pedestres no cruzamento.
A CET informa ainda que a cidade de São Paulo conta atualmente
com 242,31 km de malha cicloviária, sendo:
Ciclovias – 60,21 km
Ciclofaixa de Lazer –120,8 km
Ciclofaixa Definitiva – 3,3 km
Ciclorrotas – 58 km
A meta inicial da gestão era implantar 400 km de infra-estrutura
cicloviária na cidade até o final da gestão. Dentro desse programa voltado para
os ciclistas estão incluídos 150 km de ciclovias que serão instaladas ao lado
dos novos corredores de ônibus e a implantação de 60 km de ciclovias que já têm
projeto executivo concluído. Além disso, também são sendo elaborados projetos
de 140 km de outras infra-estruturas cicloviárias e 300 km de rotas de
bicicletas integradas ao projeto de empréstimo de bicicletas, o Bike Sampa.
Portanto, a meta inicial deverá ser superada.
Além de investir em infra-estrutura para o trânsito seguro de
bicicletas, a CET promove iniciativas na área de Educação de Trânsito: uma
pista simulando uma ciclovia, uma rota de bicicleta e uma ciclofaixa, as
tipologias encontradas pela cidade, foi especialmente criada no Centro de Treinamento
e Educação de Trânsito da CET, na Barra Funda, para viabilizar a parte prática
do curso gratuito Pedalar com Segurança. Qualquer ciclista pode se inscrever e
a participação é gratuita.
Por último, o Programa de Segurança ao Ciclista, também da CET,
já totalizou nos sete primeiros meses do ano 4.160 multas aplicadas de acordo
com os enquadramentos 169, 197 e 220 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Atenciosamente,
CET