segunda-feira, 1 de julho de 2013

Pesadelos


Não tenho conseguido dormir direito.  Tenho tido seguidos pesadelos. Num deles minha casa novamente foi invadida, furtada, e depredada como se os invasores tivessem com raiva, muita raiva de tudo. Passei olhando os estragos sem entender para que tanto e fui fazer pipi. Quando sai do banheiro dei de cara com os bandidos, dois homens e uma mulher bonita. A partir dai começaram a barbarizar comigo em rodízio, cada um a seu estilo, ajustando meu desespero e sofrimento ao estilo doentio de cada um deles. Ontem o pesadelo se fez quando tomei o golpe da troca do cartão num local de onde não conseguia sair. Todos meus pesadelos, dos que se segue dormindo aos que se acorda aos pulos com coração disparado, não passam de histórias cotidianas deste Brasil. Nos é normal que dentistas sejam queimados vivos ou uma criança no colo da mãe seja executada com um tiro na cabeça por que está assustada e chorando. Nos é normal a pior das barbáries.

Meus pesadelos ficaram comuns com estes protestos de rua. Acho fantástico o que está acontecendo, mas assustador. Neste momento não são os meninos incitados ou pagos para fazer baderna que me assustam, mas a grande massa jogando-se numa direção completamente desconhecida. A do Brasil melhor? Ótimo, concordo, mas como construir este Brasil melhor?
Ordem e Progresso.

Ordem: por favor, procure o que significa a palavra ordem em um dicionário bom. Vai ser divertido. No Dicionário iAulete há 25 significados, dos quais 14 dizem respeito aos pedidos das ruas. É ler cada um dos significados e ter muito o que refletir sobre o que está acontecendo.
Progresso: no mesmo Aulete são 7 significados para progresso, mas que são vazão a várias vertentes de pensamentos, ou políticas, como queira. Eu fico com o simples com “evolução”.

Do meu ponto de vista parar a violência é o ponto de partida para um futuro. Ou se para a violência brutal, completamente fora de controle, ou tudo o que se está sonhando nas ruas não vai levar a nada. Ou, pior, vai levar a um golpe de estado, que é o que parece que estão tentando. Plebiscito? Só pode ser mais um ato de violência.
A pergunta que se deve fazer é a quem interessa esta violência endêmica. Umas 300 mortes violentas/dia/Brasil. Morte não tem futuro.

O que o povo que foi para as ruas não se deu conta é que o Brasil vive uma guerra civil que precisa ser parada imediatamente. Apavorante!

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