Hoje fala-se muito sobre bullying nas escolas, que é triste. Pouco se fala sobre bullying familiar ou social, mas felizmente também avançamos nesta discussão. O problema é que a discussão que se faz está caminhando no atoleiro do politicamente correto. Da libertinagem para a boçalidade. Algumas brincadeiras estúpidas de colegas ou mesmo uns puxões de orelha merecidos podem ser bem educativos, mesmo que não seja terapeuticamente o melhor caminho. A diferença entre o sadio, apropriado e daninho, prejudicial está na frequência e a dose, como tudo nesta vida.
No Fórum Mobilidade e Segurança em Duas Rodas promovido pela ABRACICLO ouvi da plateia o 1º Painel: Bicicleta – um Movimento Seguro, com a mediação de minha adorada Renata Falzoni para Felipe Aragonez, Nabil Bonduki, o divertidíssimo Prof Dr. Paulo Saldiva, e Willian Cruz. Tirando o ótimo humor do Paulo Saldiva e necessária formalidade do Vereador Nabil Bonduki, restou o discurso sangrento, inquisidor e repetitivo dos três ciclistas, Renata, Willian e Felipe. Triste. Sempre a mesma coisa: carros e motoristas são as bestas do apocalipse... etc... e tal.... Ciclistas são bonzinhos.... etc... e tal... Bullying social puro, nada mais que isto. Triste.
A realidade
não sustenta tal discurso. Ciclistas não fogem nada da brutal realidade brasileira.
É um banho de sangue geral, não exclusivo. Ciclistas não são mais nem menos
vítimas do que todos outros. Querer diferenciar a humanidade dos ciclistas da
dos motoristas de ônibus, carros e motoboys é esticar demais a corda. Bicicleta
no Brasil segue a passos firmes o caminho traçado dos motoboys. São todos uns
malvados!
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