O Estado de São Paulo
Não se pode duvidar que as muitas e seguidas notícias sobre a ligação de políticos e partidos com o crime organizado sejam fake news. Vou mais longe, e creio ter boas razões para acreditar na ligação do que se chamam "igrejas" com o que está acontecendo.
O ponto de partida para reverter a violência na qual estamos atolados é ter conhecimento de quantos políticos e partidos políticos estão ligados diretamente e indiretamente com o crime organizado. Quantos têm só interesse político mais ou menos temos consciência, está mais ou menos explícito. Quantos têm interesse financeiro direto em empresas ligadas às empresas de segurança, rentabilíssimas, também é fácil saber. E quantos são idiotas para, por ideologia ou estupidez mesmo, dar apoio consciente ou não ao crime, isto é mais complicado dimensionar porque entra aí boa parte da população que nem poder de decisão tem, mas pela quantidade acaba sendo fator decisório. Partindo deste conhecimento se pode saber qual é o jogo real, só então se pode estabelecer um plano de ação realista. Sem isto estamos de peito aberto para fogo amigo.
Para começar, cito o governador Leonel Brisola, cujas posições em relação ao tráfico estão até publicadas em jornais, vide o que aconteceu no carnaval de 1994, dentre outros. Leia-se reportagens mais reportagens sobre denúncias de políticos e partidos sobre 'possíveis ligações' destes ao tráfico e crime organizado, de todas as linhas ideológicas, sem distinção, ou melhor, populistas. Aliás, cunho um termo: populismo auto financeiro, o que melhor se aplica aqui. Incluo aqui também os ditos religiosos milagrosos (para o próprio bolso).
Pior, por razões puramente eleitorais, certos do apoio de vasta parte da população, vão fazer o que quiserem, e nós vamos permitir? Mais uma vez?
Tendo em vista que o interesse deles não são exatamente os nossos, vamos ficar quietos para sermos trucidados num futuro próximo? Quando vamos nos interessar de fato por dar um basta a barbárie? Quando vamos poder andar na rua sem se assustar com o pedestre que vem atrás? Quando vamos ter uma vida minimamente normal, sem a enxurrada diária de notícias violentas? Quando nossos filhos vão poder brincar na rua soltos?

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