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O Estado de São Paulo
Rádio Eldorado FM
O Estadão e a Rádio Eldorado fizeram no passado campanhas de grande importância para São Paulo.
O subsolo da cidade é tão crucial para a vida da cidade quanto recuperar as águas dos rios. Por que o Estadão não entra a fundo nesta questão?
Enterrar fiação elétrica se faz urgente nas cidades brasileiras, em São Paulo especialmente, mas como fazê-lo se o que está debaixo da terra é desconhecido ou incerto?
Há uma série de razões e interesses que mantém as fiações, todas, aéreas. Não creio que ainda tenhamos a 'indústria do poste' com força para fazer diferença numa tomada de posição, como tivemos no passado.
A matéria publicada no Estadão expõe questões óbvias que dificultam o enterramento da fiação. É um absurdo que estas questões, estes obstáculos, não sejam motivo de discussão séria faz décadas.
Como cidadão que vive as ruas venho denunciando faz muito a estupidez do desconhecimento do que está sob nossos pés, em vão. Ao que tudo indica, o que não se vê, o que não é um escândalo escancarado e inegável, não interessa, até mesmo a quem tem por alma a curiosidade, o dom da investigação.
Meu irmão, Murillo Marx, foi o primeiro diretor do DPH MSP, isto nos idos de 70. Quando pediu o enterramento de fiação elétrica, não me lembro onde, foi literalmente ameaçado de morte.
Quando eu fazia o Bike Repórter Eldorado FM, ano 2000, comecei a contar postes nas esquinas, todos postes, de sinalização, energia e outros, um exercício que ainda hoje recomendo a todos. Um final de dia na esquina da Renato Paes de Barros com Itacema, recebi uma ameaça bem desagradável para calar a boca. No dia seguinte, na rádio, fiz a comunicação e recebi uma orientação que indicava que a ameaça era para valer.
Em 2006, trabalhando em projeto cicloviario para a cidade, me deram o custo de aproximadamente R$ 8.000,00 por poste retirado da rua. Por um outro lado, acabei descobrindo que os mapas subterrâneos de São Paulo na realidade pouco servem. A confirmação veio, como segue vindo, nos inúmeros problemas em obras de manutenção, interferências e danos ao desconhecido, que vemos com frequência pela cidade. Quem é motorista sabe sobre o que falo.
Afirmo sem medo que mesmo as concessionárias carecem de mapas com a precisão necessária. Não sabe que os mapas são precários quem não quer ou não se interessa. Não se interessar é burrice. Basta acompanhar visitas técnicas nas vias para ver os funcionários procurando o que não encontraram, até mesmo numa rua onde foi reconstruída não faz muito e teve toda sua fiação enterrada, como a minha.


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