A bicicleta preta, básica, frágil, seis marchas, manetes plásticos, freios em aço, bagageiro de aço fininho, para-lamas, é uma brincadeira meio inconsequente de quem definitivamente não quer voltar a juventude, mas quer rir das próprias loucuras passadas. "Ou você ri da vida, ou a vida vai rir de você", diria minha mãe, mulher de rara sabedoria.
Em Nantes, pela manha, toquei os alforges da coitada da bicicleta, mais a mochila, duas travas, mala-bike, e carrinho de carregar os alforges, e deu nisto que se vê na foto. Quando olhei a 'coisa' desandei a rir sem parar. "Vai desmontar. E eu vou ficar louco".
Felizmente as estradinhas para ciclistas e pedestres daqui, Pays de la Loire, França, são de uma 'lisura' de casca de pêssego. Mesmo os poucos trechos de terra são muito lisos, sem um buraco. A bicicleta não chacoalha, do contrário ainda estaria chegando ao fim do primeiro trecho.
A paisagem é bonita e fica mais agradável por causa da limpeza e ser muito bem cuidada. Como paisagem a nossa, tropical, não existe; dá de dez a zero. Em compensação as cidadezinhas são maravilhosamente bem cuidadas, floridas, limpas, tranquilas, impecáveis. Almocei muito bem num café a beira de um córrego. Um pão de forma com fatias muito finas de maçã verde, camembert, mel, e curry, que foi levado ao forno e servido com uma simples salada de pequenas alfaces. Recomendo a receita, simples e deliciosa.
A bicicletinha veio vem até aqui e tudo indica que continuará assim. Tenho que dar um tapa na centragem da roda traseira e só. Normal para uma bicicleta nova.
Sinceramente recomendo que se leia os sites sobre cicloturismo, em especial o ótimo Clube de Cicloturismo do Brasil, antes de viajar. E não tente repetir as besteiras deste Arturo. Eu só estou viajando no meu passado.
Preferia estar acompnhado, o que recomendo a todos.
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