quarta-feira, 28 de maio de 2014

Mais um vez, Parabéns Brasil!

Acabo de ouvir mais uma boa notícia (http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/ 28/05/2014 Alexandre Garcia) deste país do nunca antes, o país sem pobreza: O número de mortes violentas no Brasil cresceu mais uns 7% e chegamos a mais de 56 mil mortes por ano, ou 154 mortes violentas por dia. Não coloque trânsito ai por que é outra estatística, outro babado. É lógico que este número é oficial, oficial de 2012. Pelo que temos visto no País da Copa é de supor que tenha piorado. Muito provavelmente ai não deve entrar o ‘mais 30 e mais 60’ dias das mortes em hospital causadas por ato violento, que é usado nas estatísticas internacionais, mas não aqui, o que engrossaria mais ainda estes números, segundo especialistas com mais algo em torno de 35%, o que elevaria para umas 73 mil mortes violentas/ano. Sem dúvida muito eficiente; eles estão conseguindo exterminar a pobreza do país.
Os números que temos são de guerra civil. Perdão; os números que temos são piores que os de uma guerra civil, como está mais que provado. Chegamos ao ponto em que seria bom se fosse guerra civil por que estaria claro quem luta contra quem e quais são suas posições, o que permite traçar um plano de acordo, uma saída. Não é o caso deste Brasil de hoje.
A tentativa de mudar o centro de gravidade do caráter nacional tupiniquim, de boa ou má fé, que para mim foi intencional de má fé, trouxe a tona o pior do caráter brasileiro: ódio, raiva, vingança, desrespeito, os coitadinhos, esmola, bandido, o vale tudo, o individualismo acerbado, o só eu tenho direito, afogando o bom lado do jeitinho brasileiro, cordial, alegre, esperto, capaz, trabalhador, até malandro, que construiu de fato a riqueza deste país. Violento o Brasil sempre foi, mas nunca nesta escala de barbárie.
Se o erro de estratégia foi de boa fé, o que duvido, a ação foi de uma burrice sem tamanho e os resultados estão ai. E a sociedade brasileira está cagando e andando para as 154 mortes violentas/dia. Estes números vão ainda crescer muito e não sei quando se vai conseguir reverte-los, mas vai demorar.
Minta, minta sempre e persistentemente, que um dia a mentira se transformará na verdade. Brasil, um país de.... (escolha sua opção)
Temos saída. Talvez. Talvez. Com pequenos passos. A bicicleta pode ajudar muito, mas para isto os ciclistas precisam mudar radicalmente o discurso e voltar à realidade, virarem cidadãos. Ciclista não está no meio de uma guerra, motorista não é assassino... Se pensa assim, aprende pedalar que cura. Bicicleta é da paz e do bem, como todas estatísticas mundiais provam. O que se fez com imagem da bicicleta no Brasil nestes últimos anos é um crime, ou melhor, uma burrice sem tamanho.

Violência não se para com violência, mas com paz. 

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