Me lembro bem dos bondes de Santos, mas não consigo me lembrar dos de São Paulo. Dos trilhos não só lembro como algumas vezes os vejo por ai quando abrem o asfalto para algum conserto, como aconteceu na reforma recente do Largo da Batata. Infelizmente um grande amigo, Luiz Fernando Calandrielo, conhecido entre ciclistas como 'Tio Lú', já se foi. Ele trabalhava no Gabinete do Prefeito quando da última viagem de um bonde paulistano e participou da despedida final. Ouvi dele o relato triste.
Desde minha primeira viagem à Europa renovei minha paixão pelos bondes. Pelo que sei o custo de implantação é relativamente alto, mas os benefícios para a cidade são muito positivos e perenes. Um dos meus sonhos é ver o corredor av. Santo Amaro - Nove de Julho com bondes, o que acredito que recuperaria toda aquela área. Vale para a Celso Garcia, outra avenida completamente degradada, mui provavelmente pelo excesso de ônibus, barulhentos, poluidores, desordenados, cheios, pobres.
Para o ciclista a linha do bonde pode ser um problema, principalmente para quem usa pneus mais finos, incluindo os híbridos, que se encaixam nos trilhos e mandam para o chão os distraídos. Aliás, fica a recomendação para quem for a Amsterdã: é bem divertido ver os escorregões, bicicleta para um lado e ciclista tropicando para o outro e tombos propriamente ditos. Tobias me levou a um café para mostrar a deliciosa diversão. Entre mortos e feridos salvam-se todos, alguns um pouco indignados.
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