quinta-feira, 10 de maio de 2018

Quem ajudar? Como ajudar?

A história de um cachorro meio abandonado está batendo forte na minha cabeça desde de ontem. A dona está no meio de uma grande confusão e não consegue lidar com os cuidados que o cachorro realmente necessita. Não consegue por causa da confusão ou não quer por causa do seu carater, esta é minha dúvida. O cachorro é só a gota d'água de um contexto bem maior, mas parece ser mais uma ponta do iceberg.
Na situação caótica que estamos vivendo quem se deve ajudar? E como? Com quem se deve usar o próprio tempo? Como gerar futuro?
Não falo especificamente de ajudar os que optam pela vida simples, espartana, pobre para alguns, mas dos que estão ou são fora do padrão de normalidade, incluindo a pobreza. Falo dos outsiders, incluo ai os que definitivamente não são pobres.

O Giro de Itália começou. Ciclismo, como qualquer esporte coletivo, tem como regra a colaboração conjunta para chegar ao melhor resultado possível. Caso um ciclista perca sua condição de competição ele será descartado do time para que o resto prossiga sua missão. Esta forma de se chegar ao objetivo é humana, fruto dos tempos, ou será inerente a nosso instinto animal? Descartar?

Nossa sociedade ocidental está montada sobre uma sólida base de pricípios judáico-cristãos. Não há menor sombra de dúvida que as escrituras sagradas são um código de conduta social. Funcionaram, bem ou mal o resultado está ai. Igreja, texto sagrado, e uso destas ferramentas, são peças completamente diferentes. O uso da culpa para unir pelo bem comum é altamente eficiente.
Mal carater pode ser definido por aquele que não compra a culpa?

Quem ajudar? Como ajudar? Com qual objetivo ajudar?
E no meio destas perguntas e contextos entra o carater de quem se ajuda. Como distiguir confusão, objetivos mal traçados, de mal carater?
A decisão está no grau de urgências. Decisão, não resposta. A resposta não interessa mais por que temos que usar todas as ferramentas possíveis para sair desta. Mas como manter sob controle os danos causados pelos mal carater, este é o ponto. Em que ponto simplesmente se deve descartar quem não vale a pena?
Que se dane os textos sagrados e as ideologias. Não estão obsoletos. Provavelmente estamos fazendo mal uso deles.

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