Temos com a greve dos caminhoneiros uma
oportunidade de ouro para aprender que Brasil temos e o que devemos fazer para
melhorar. O país está entrando em colapso numa rapidez impressionante e há
sinais que talvez a coisa não pare por aí. O que vamos tirar desta história
toda? Vai depender de nossa capacidade de analisar todos os fatores envolvidos,
e não estou falando sobre os fatores ligados diretamente ao protesto, à greve,
como o preço do diesel, mas as consequências, estas sim são ouro puro da melhor
qualidade para ser pesado, avaliado e trabalhado.
Situações de emergência expõe o nível de racionalidade e inteligência dos envolvidos nela. É aí que deve entrar o bom senso, a sabedoria, a experiência com a vida, e principalmente a capacidade de pensar em prioridades, ou a crise se aprofunda
Está claro que os brasileiros não primam pelo bom senso. Povo dualista, ou 'bipolar' como prefiro me referir aos brasileiros, é a prova viva de falta de bom senso; pelo menos neste momento. Incrível é que no meio de toda esta bagunça a maioria dos que criaram o Brasil bipolar se retiraram de cena, e aí falo dos dois lados, a esquerda que não é esquerda e a direita completamente anacrônica e estúpida dos dias de hoje.
Estamos mal. Acreditar na experiência, capacidade de pensar e em prioridades também não é nosso forte. Brasileiro tem profunda vergonha de sua história e quando olha para trás não consegue (ou quer) ver experiências vividas dentro de seu contexto para aprender algo. O isto ou o aquilo viraram verdades incontestáveis; as sutilezas não interessam. Vai tudo na ideologia, no dualismo pobre, na psicose bipolar.
Prioridade? A prioridade de melhorar a vida dos pobres imediatamente é uma ótima causa, a mais justa de todas, mas como a experiência da história diz que o "imediatamente" é tiro certo no pé a longo prazo. Mingau quente se come pelas bordas, aos poucos. O que temos hoje é prioridades a curtíssimo prazo, ou seja, sair desta e ver como voltamos ao normal o mais rápido possível. Mais: que lição tirar daí.
Situações de emergência expõe o nível de racionalidade e inteligência dos envolvidos nela. É aí que deve entrar o bom senso, a sabedoria, a experiência com a vida, e principalmente a capacidade de pensar em prioridades, ou a crise se aprofunda
Está claro que os brasileiros não primam pelo bom senso. Povo dualista, ou 'bipolar' como prefiro me referir aos brasileiros, é a prova viva de falta de bom senso; pelo menos neste momento. Incrível é que no meio de toda esta bagunça a maioria dos que criaram o Brasil bipolar se retiraram de cena, e aí falo dos dois lados, a esquerda que não é esquerda e a direita completamente anacrônica e estúpida dos dias de hoje.
Estamos mal. Acreditar na experiência, capacidade de pensar e em prioridades também não é nosso forte. Brasileiro tem profunda vergonha de sua história e quando olha para trás não consegue (ou quer) ver experiências vividas dentro de seu contexto para aprender algo. O isto ou o aquilo viraram verdades incontestáveis; as sutilezas não interessam. Vai tudo na ideologia, no dualismo pobre, na psicose bipolar.
Prioridade? A prioridade de melhorar a vida dos pobres imediatamente é uma ótima causa, a mais justa de todas, mas como a experiência da história diz que o "imediatamente" é tiro certo no pé a longo prazo. Mingau quente se come pelas bordas, aos poucos. O que temos hoje é prioridades a curtíssimo prazo, ou seja, sair desta e ver como voltamos ao normal o mais rápido possível. Mais: que lição tirar daí.
Leiam! Ouçam rádio! Vejam os
raros programas de TV que tentam analisar a situação mais profundamente. Vejam
os vários lados da questão. Este é o momento certo para procurar informação, a
mais variada possível, se possível de qualidade, neutra, se não for neutra,
pelo menos inteligente. É hora de aprender sobre o Brasil e quem somos.
Respeite seu
inimigo! Não são inimigos, são brasileiros, são diferentes, pensam diferente,
mas é muito possível que queiram chegar ao mesmo fim, só que por caminhos
diferentes.
Meter fogo em linha férrea,
como está acontecendo numa das linhas da CPTM neste exato momento, é querer que
a situação saia completamente do controle. É ir para o perde - perde geral, até
para os mais radicais; infelizmente eles não percebem isto.
A oportunidade que estamos
tendo é rara, é bom aproveitarmos.
O lado bom é que se pode ver o
que deveria ser uma cidade normal, com pouco trânsito, com tempo para fazer
coisas, ler inclusive, ler muito. Fazia muito tempo que não sentia tanto prazer
em pedalar nas ruas e avenidas. Esta é a São Paulo que eu pedalei, conheci e
amei, e que sinto muitas saudades. A vocês que não faziam ideia, desfrutem.