Vivo repetindo
"Somos todos humanos". É daqueles óbvios que ninguém gosta de ver,
pelo menos aqui, neste Brasil de "indivíduos". Nosso complexo de
inferioridade brasileiro, que não é para qualquer um. Faz questão de afirmar
constantemente que a situação aqui é pior. Em alguns muitos pontos é, de fato,
muito pior. Bota pior. Ou melhor: bosta pior! Mas, somos todos humanos e
absurdos acontecem mundo afora. A diferença, esta sim, é que o brasileiro usa
seu complexo de inferioridade, o que provavelmente a maioria não faz idéia do
que seja, em nome de sua covardia. O que nos faz diferentes, brasileiros, é o
delicioso discurso da vergonha de nossas mazelas do bar em proveito do tirar o
cú da reta. Ai faz diferença. Ops! Não nos esqueçamos dos super-heróis
brasileiros, aqueles que salvarão a pátria de todas as mazelas, que obviamente
também tiram o cú da reta, mas cuspindo na cara de seus odiados idênticos. Inocentes
úteis para um delirado réquiem. Cada um pega para si o que sua inteligência e
capacidade pode.
Mudança é sempre
possível, mas sem excesso de covardias. Ter medo é uma situação normal. Ter um
ataque de covardia também. Auto-proteção. O que não é normal ou produtivo é ter
uma covardia normalizada, normatizada e institucionalizada, como a que temos
aqui no Brasil.
Acidentes
acontecem em todas as partes. Erros jurídicos também. Injustiça não é fruto
único e exclusivo do Brasil. A diferença é que lá a sociedade reage. Nós nos
calamos.
Veja esta matéria
sobre a morte de um ciclista acontecida em NY, no Brooklyn. http://www.nytimes.com/2012/02/16/nyregion/city-council-eyes-police-response-to-biker-and-pedestrian-deaths.html?_r=1&emc=eta1
.
Antes que você vá
para o NY Times: para reverter a guerra civil que vivemos no Brasil só
reestruturando as polícias, que definitivamente não é nosso inimigo (como querem
de má fé alguns), e dando a eles condição técnica e legista eficaz e
inteligente. Do contrário não há saída, vamos continuar na barbárie. Até que
uma reta nos pegue por trás.
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