terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

NY: morte no Brooklyn: somos todos iguais, aqui e lá, mas....

Vivo repetindo "Somos todos humanos". É daqueles óbvios que ninguém gosta de ver, pelo menos aqui, neste Brasil de "indivíduos". Nosso complexo de inferioridade brasileiro, que não é para qualquer um. Faz questão de afirmar constantemente que a situação aqui é pior. Em alguns muitos pontos é, de fato, muito pior. Bota pior. Ou melhor: bosta pior! Mas, somos todos humanos e absurdos acontecem mundo afora. A diferença, esta sim, é que o brasileiro usa seu complexo de inferioridade, o que provavelmente a maioria não faz idéia do que seja, em nome de sua covardia. O que nos faz diferentes, brasileiros, é o delicioso discurso da vergonha de nossas mazelas do bar em proveito do tirar o cú da reta. Ai faz diferença. Ops! Não nos esqueçamos dos super-heróis brasileiros, aqueles que salvarão a pátria de todas as mazelas, que obviamente também tiram o cú da reta, mas cuspindo na cara de seus odiados idênticos. Inocentes úteis para um delirado réquiem. Cada um pega para si o que sua inteligência e capacidade pode.
Mudança é sempre possível, mas sem excesso de covardias. Ter medo é uma situação normal. Ter um ataque de covardia também. Auto-proteção. O que não é normal ou produtivo é ter uma covardia normalizada, normatizada e institucionalizada, como a que temos aqui no Brasil.
Acidentes acontecem em todas as partes. Erros jurídicos também. Injustiça não é fruto único e exclusivo do Brasil. A diferença é que lá a sociedade reage. Nós nos calamos.
Antes que você vá para o NY Times: para reverter a guerra civil que vivemos no Brasil só reestruturando as polícias, que definitivamente não é nosso inimigo (como querem de má fé alguns), e dando a eles condição técnica e legista eficaz e inteligente. Do contrário não há saída, vamos continuar na barbárie. Até que uma reta nos pegue por trás.

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