Com profunda emoção leio este texto de Carlos Alberto Do Franco, no Espaço Aberto do Estadão, sobre os caminhos para se recuperar o jornalismo. Acerta na mosca quando diz que passamos e muito do ponto de se fazer jornalismo, investigar além das fofocas ou do que atenda às próprias crenças e verdades, o que infelizmente vem sendo muito frequente. Passou muito do ponto de ficar ouvindo sempre as mesmas fontes e seus mesmos princípios, pensamentos e verdades. Além de chato, por repetitivo, é desinformativo. Faz muito que o "E aí, o que mais?" sumiu da pauta.
(A imprensa) "...cada vez mais falamos apenas com uma certa elite. Cada vez mais falamos com nós mesmos", está no texto, pura verdade. A comprovação está na eleição de Trump, como mostram os resultados. Foi, dentre outros, um voto de desconfiança ou desinteresse no discurso fechado desta mesma elite que lê a grande imprensa, portanto o jornalismo mais apurado, profissional e que trabalha dentro de critérios sérios.
De minha parte, como alguém que estudou sobre transformação da cidade e seus cidadãos pelo uso da bicicleta, sei bem o que o artigo trata.
A baboseira da cabeça dos jornalistas, associada a seus medos infantis, nunca foi capaz de ouvir e respeitar a ciência e as experiências internacionais. Para eles capacete e ciclovias fariam a revolução, e são a resposta incontestável para a segurança do ciclista. É mesmo? Que revolução? Esta que está aí? Nunca foram capazes de ler ou se informar corretamente o porque da bicicleta, o para que a bicicleta, o que se fez correto lá fora. Nunca se interessaram pelo que diz a história e a ciência. Olham o próprio umbigo e ponto final, texto feito e publicado.
Cito a questão da bicicleta, que é exemplo batata para mim, mas o mesmo acontece com vários setores de nossa vida que são divulgados pela imprensa. A questão da violência que o diga, é ótimo exemplo. Eliane Cantanhede, por quem tenho todo respeito, ficou espantada quando descobriu ao vivo na Globo News que a coleta de dados sobre crimes não é uniformizada entre os Estados e que este é um sério problema para a segurança pública. Como assim não sabia?
E daí? O que mais? É o que falta ao jornalismo.
Aqui cito outro ponto sobre a baixa qualidade do jornalismo que se pratica no Brasil: jornalismo não se aprende na escola. O verdadeiro jornalista tem alguma coisa fora do comum que aqui brinco a sério: jornalista de verdade é um cão farejador de primeira. Só ele sabe onde estão as trufas. É de se tirar o chapéu.
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