Num agradável jantar em Roma, no meio de gente da esquerda, alguns bem esquerda, subiu a discussão sobre se deve ou não usar o termo fascista para designar algumas figuras.
O artigo abaixo esclarece.
Dois artigos sobre a eleição de Trump e derrota Democratas.
Um tio, gente grande como editor, um dia disse para não ser exagerado na escrita, mas dizer que estes três artigos do Estadão são brutais não é nenhum exagero.
Esta eleição nos USA define um antes e depois, e o título "Bem vindo ao mundo de Trump" é muito mais acertivo do que possa parecer.
De minha parte diria: esqueça tudo que você sabia.
Infelizmente o Estadão não dá acesso a não assinantes. A leitura destes três artigos é formativa para uma nova consciência.
Para terminar, fotografei este quarto artigo publicado, sem autorização do Estadão. Que me perdoem, mas é de tanta importância que aqui vai.
Se for ler, antes vai uma tirada de sarro minha ao "libelu" desta vida.
Quando estavam fazendo as primeiras reuniões para a formação de um novo partido político, isto lá na segunda metade dos anos 70, pedi para acompanhar uma amiga da faculdade que estava participando. A resposta dela foi profética:
- Não levo porque você usa mocassim.
A ironia que vem deste quarto artigo do Estadão é que ele mostra, ou prova, que a revolução social, a verdadeira, a que veio do povo, de baixo para cima, e não comandada por ditos heróis, ou uma elite ou um grupo fechado em si mesmo, aconteceu no país dos "canalhas capitalistas", como dizem os até ontem revolucionários do e para o povo que seriam seguidos por suas boas ideias. E este recado revolucionário vindo do povo se consolidou através do discurso completamente disparatado, agressivo, criminoso. Ou seja, os que cacarejam suas histórias prediletas como verdades absolutas que guiariam o povo para liberdade deram com os burros n'água.
Não é a história que está sendo reescrita, o que é mais que pertinente quando necessário e honesto, mas o futuro do planeta.
Peço desculpas às gerações futuras. Errei grotescamente.
Fico triste que uma caminhada digna esteja terminando ou tenha terminado com esta eleição americana, mas falo há tempo que meios e forma não eram adequados. Esticamos demais a corda.
Repito: olhe-se no espelho.
Sou de esquerda, mas digo que há uma imensa diferença entre populismo de esquerda e projeto realista de responsabilidade social e ambiental que evite vôo de galinha.
Dizia minha mãe, e repito aqui:
- Não interessa o que você pensa. Me interessa o que os outros pensam de você.
As esquerdas têm suas verdades inabaláveis. As inconsistências são e sempre foram patentes. O resultado está aí para quem quiser ver.
Daqui para frente será uma trabalheira reverter está loucura. Espero que este mundo novo sirva de lição para não repetirmos os mesmos grosseiros erros.
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