quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Projeto cicloviário 2015 na Cidade Universitária. Não para favelados

Estadão / Infográficos; USP, ciclovia, mobilidade
30 de agosto de 2015 | 22h52
Em duas rodas - USP planeja criar 26,2 km de vias para bikes. Campus também terá sistema gratuito de empréstimo de bicicletas 


Olha só que interessante, estava fazendo uma pesquisa e dei de cara com esta notícia de Agosto de 2015. O pequeno detalhe é que mesmo a USP tendo um forte viés social fizeram um projeto cicloviário que se espalha por toda Cidade Universitária, mas.... mas... mas... não tem nada projetado exatamente no trecho que leva até o portão de entrada da favela São Remo. Genial! Podem alegar o que quiser, que as ciclovias terminam no Hospital Universitário por um lado, e no Museu de Arqueologia e Etnologia no outro, o que atinge os objetivos internos de mobilidade da USP, que a subida do Museu para o Hospital é muito inclinada (?), que é local perigoso onde ocorrem vários assaltos, onde duas amigas, Laura e Silvia, foram assaltadas e brutalmente  espancadas para terem suas bicicletas levadas, numa cena que foi registrada pelas câmeras de segurança e mostrada em noticiários de TVs. Ok, mas de qualquer forma sinaliza de maneira clara e inequívoca que "social tem limites", o famoso social coxinha, e aí não tem distinção de ideologia, entram todas. Parafraseando Margaret Thatcher "o social acaba quando interfere no meu", ou, neste projeto "ao socialismo se vai em bicicleta, mas sem os ladrões da favela ao lado".

Nem vou falar que colocar ciclovias na USP é de um atraso..., de um desconhecimento..., de uma pobreza... A universidade deve ser um espaço de experimentação do novo,  do futuro...

Não achei o vídeo do assalto que as duas sofreram, mas achei um "genérico", que dá mais ou menos na mesma porque foi do mesmo jeito. 

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