quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Feliz Ano Novo

A todos!
Eu? Passei da melhor maneira possível: na caminha e dormindo. Acordei muito cedo no dia primeiro e fui para as ruas pedalar. É o melhor dia e momento do ano para sair livre e solto pelas ruas da cidade. Não tem carro, não tem pedestre, não tem ciclista, a bem da verdade não tem ninguém. Só a cidade, as plantas e os bichos. Paz total, a vida é sua, só sua, de quem quer de fato comemorar o ano novo. Bem vindo. Dá até para desejar Feliz Ano Novo a todos em paz e com sinceridade; tem coisa melhor?
Interessante, é a passagem do ano e todo mundo brinda, independente do estado de ânimo e da vontade. Um brinde é obrigatório! Cumpra-se! No dia seguinte volta tudo como antes no mar de Abrantes. Aliás, o dia seguinte não é dia um, mas o primeiro... de janeiro. Se tudo continua igual será o primeiro da mesmíssima coisa? A ressaca que responda.
Eu, heim? Sessenta e três anos depois cansei de brindar. Não gosto de champagne, nunca gostei. Desejo o melhor a todos o ano todo por que tenho que repetir os votos a meia noite de passagem do ano tomando champagne? "Feliz Ano Novo a todos!!! Mas você não vai brindar com cerveja, vai?" Para mim não faz diferença nenhuma. Deve fazer para os que enchem de sorriso e sinceridade o toque de taças borbulhantes nas festas vestidas de branco. Nestas festas minha melhor hora sempre foi quando terminei de lavar os pratos e taças e fui para cama. Alguém fica para trás para ajudar a organizar a boa bagunça, aí sem ironias? Nem meter na Raimunda (a maquina de lavar pratos) o pessoal mete, uma sacanagem. Brochante. Casa organizada e cama, ai sim feliz ano novo. É a repetição do dia a dia meu e de milhões de mulheres e uns poucos homens civilizados. Feliz ano novo ou igual ao ano que termina no calendário que vai para o lixo? A bem da verdade entre sorrisos duvidosos e lavar pratos eu fico com os pratos que chegam sujos e deitam no escorredor limpos de qualquer resto. Limpar de qualquer resto para colocar as coisas a limpo para futuros prazeres, este não deveria ser o resultado esperado dos brindes de despedida do ano velho? A verdade é que via de regra só os pratos cumprem estas boas palavras: Feliz Ano Novo.  

Fica minha recomendação para ver o filme 'O fio da navalha', The Razor's Edge, de 1984, do original de Willian Somerset Maugham. A leitura deve ser ótima também porque o autor é excepcional. 
E 'Comer, rezar, amar', comédia romântica sobre transformação de uma vida através de um acidente (incidente) de bicicleta. 
Finalmente 'Sidarta' de Hermann Hesse, apropriada leitura para estes tempos humanos

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