terça-feira, 24 de julho de 2018

Nos falta agir!

Um especial da Folha de São Paulo, E agora, Brasil? Transporte urbano - Um diagnóstico do transporte urbano, os problemas e as propostas vindas de pesquisas, dados nacionais e internacionais e análises, traz mais uma vez apontamento de soluções para o caos que já vivemos há muito em nossas cidades brasileiras e que pelo andar da carruagem só tende a piorar. O texto acima linkado é boa leitura para aqueles leigos que pelo menos esboçam alguma preocupação com o futuro da própria vida. A notícia velha e gasta, que não precisa estar estampada na matéria da Folha, é que nossa sociedade, tão congestionada e poluída, não faz nada consistente para pressionar por melhorias factíveis, sensatas, e principalmente perenes. Zero! Não basta a leitura e falatório; é necessário ação.
Estou lendo O triste fim de Policarpo Quaresma do Lima Barreto, escrito em 1915. Leitura maravilhosa, de uma qualidade rara, mas deprimente: o Brasil praticamente nada mudou nestes 100 anos. Nossa incapacidade de objetividade e de ter bom senso continua praticamente a mesma. As mazelas são praticamente as mesmas.

O nosso problema não é um plano, o que de certa forma já existe por que há mais ou menos um consenso sobre o que se deve fazer, para onde devemos ir. Alguns erros em nosso país são tão grosseiros que não precisamos sequer de plano; temos que agir, consertar, e não repetir os mesmos erros, mas nem isto fazemos. O nosso problema é a inércia completa. Ou será a inépcia completa? Fico com inépcia. 
Até que a molecada, a geração mais nova, conseguiu empurrar bravamente algumas coisas para frente, mas dentro de um plano restrito e com os vícios típicos da juventude, o que leva a saturação de bons resultados em um prazo relativamente curto, prejudica um planejamento maior e a sedimentação do bem e do bom. 
O Como avançar / Propostas para melhorar o transporte urbano no país / Mudar a forma de financiamento do setor, eliminar a prioridade do carro e reduzir vias de trânsito são algumas das sugestões para uma política nacional de desenvolvimento simplesmente repete o óbvio,  o que o planeta civilizado está cansado de saber, fazer, e viver de seus bons resultados. Não faço aqui uma crítica à Folha de São Paulo, muito pelo contrário, dou parabéns. Não há outra forma. Repete, repete, repete, repete, que talvez um dia entre nas cabecinhas. A inércia brasileira é o escárnio do que somos. Inépcia é sempre vergonhosa, mas nem isto nos toca mais.

Como ficaremos depois das eleições? Quem irá mudar nossas vidas? Ninguém além de nós mesmos, de nossa vontade de bem fazer.

O que oito sábios demoraram 40 dias para construir um único imbecil destrói em 4 minutos; ditado árabe. Você prefere ser sábio ou continuar imbecil?

Nenhum comentário:

Postar um comentário