sexta-feira, 6 de julho de 2018

futuro Macroanel Rodoviário e os ciclistas

É inegável a necessidade da construção do macroanel rodoviário circundando a região Metropolitana de São Paulo. Não dá para pensar numa logística de cargas minimamente racional, crucial para o desenvolvimento e sustentabilidade econômica e social da Metrópole e Estado de São Paulo, e do Brasil, sem esta obra. A matemática econômica é simples: só a região metropolitana de São Paulo responde por mais de 15% do PIB do Brasil. Coloque aí as regiões metropolitanas de Campinas e Baixada Santista com seu porto, o maior e mais importante do país, mais o fluxo de bens vindo do interior e não há o que se discutir.
O ideal seria que esta obra fosse levada adiante em conjunto com um macroanel ferroviário. Ou até mesmo só o macroanel ferroviário, ligado ao anel ferroviário no entorno da Metrópole, sem o rodoviário, utopia, por diversas razões impossível neste momento. O anel ferroviário no entorno da região Metropolitana de São Paulo é prioritário, uma lenga-lenga que nunca termina, até por falta de pressão da população e do setor produtivo. Parece que depois da greve dos caminhoneiros estamos tendo uma luz de inteligência no fim do túnel e a palavra "trem" começa a ser pronunciada apropriadamente.

Por que pressionar desde já:
Um dos maiores problemas de segurança para ciclistas e pedestres são estradas conurbadas, estradas que cortam cidades ou bairros ao meio. O número de acidentes nesta situação, muitos fatais, é alto. A simples implantação de uma passarela local tem se apresentado uma solução de resultados duvidosos ou até inseguros. Por diversas razões muitas das passarelas acabam sub-utilizadas. Em vários locais os acidentes acontecem exatamente debaixo da passarela. Não se pode simplesmente responsabilizar a população que evita o uso das passarelas, há de se buscar a verdade dos fatos e dar soluções que atendam às necessidades reais da população. 
O problema de estradas conurbadas é crítico principalmente no litoral paulista. Quem já viu o pesado trânsito de ciclistas em Bertioga, Guarujá, Cubatão, Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, por onde o futuro macroanel rodoviário deve passar, sabe sobre o que estou falando. O problema também existe em menor escala, mas nem por isto menos sensível, em outras locais por onde o projeto deve passar.
ciclista invisível na Dutra
Como exemplo conto que autoridades afirmavam (2011) que não havia ciclistas circulando na Rodovia Dutra entre a Hélio Smidt e Bonsucesso, em Guarulhos, mas uma contagem (oficial) apontou a passagem de um ciclista a cada 27 segundos. Ciclistas e pedestres podem estar invisíveis, mas são fato, existem, estão lá, principalmente em estradas conurbadas.
Se deixarmos que o projeto do marcoanel rodoviário siga seu andar costumeiro a possibilidade de que pedestres, ciclistas e população conurbada, seja deixada para segundo plano é grande. A matéria do O Estado de São Paulo | A10  | Política | quarta-feira, 27 de Junho de 2018  tem como sub título "Plano final terá participação da sociedade" me lembra histórias do passado que sempre se repetem. Fica muito mais barato entender que a realidade mudou e trabalhar desde o início em cima dela, com vistas no futuro. 

Finalmente, tem a questão ambiental, mas vale lembrar que para o meio ambiente não existe nada pior que a pobreza. Riqueza uma série de problemas para o meio ambiente, mas que com inteligência são muito mais facilmente contornáveis (?) que os gerados pela pobreza.

Por onde passará o macroanel rodoviário:
Sorocaba - Campinas: rodovia existente  SP 075
Campinas - Jacareí: rodovia existente - Dom Pedro I
Jacareí - Mogi das Cruzes: rodovia existente, possivelmente será ampliada
Mogi das Cruzes - Bertioga: rodovia existente, possivelmente será ampliada
Bertioga - Guarujá: rodovia existente, possivelmente será ampliada
Guarujá - Santos - Praia Grande: rodovia existente, possivelmente será ampliada
Praia Grande - Pedro de Toledo / Régis Bitencourt BR 116: rodovia existente, possivelmente será ampliada
Pedro de Toledo - Juquiá: rodovia existente sinuosa, estreita, completamente inapropriada para um rodoanel
Juquiá - Sorocaba: rodovia existente inapropriada para um rodoanel


É inegável a necessidade da construção do macroanel rodoviário circundando a região Metropolitana de São Paulo. Não dá para pensar numa logística de cargas minimamente racional, crucial para o desenvolvimento e sustentabilidade econômica e social da Metrópole e Estado de São Paulo, e do Brasil, sem esta obra. A matemática econômica é simples: só a região metropolitana de São Paulo responde por mais de 15% do PIB do Brasil. Coloque aí as regiões metropolitanas de Campinas e Baixada Santista com seu porto, o maior e mais importante do país, mais o fluxo de bens vindo do interior e não há o que se discutir.
O ideal seria que esta obra fosse levada adiante em conjunto com um macroanel ferroviário. Ou até mesmo só o macroanel ferroviário, ligado ao anel ferroviário no entorno da Metrópole, sem o rodoviário, utopia, por diversas razões impossível neste momento. O anel ferroviário no entorno da região Metropolitana de São Paulo é prioritário, uma lenga-lenga que nunca termina, até por falta de pressão da população e do setor produtivo. Parece que depois da greve dos caminhoneiros estamos tendo uma luz de inteligência no fim do túnel e a palavra "trem" começa a ser pronunciada apropriadamente.

Por que pressionar desde já:
Um dos maiores problemas de segurança para ciclistas e pedestres são estradas conurbadas, estradas que cortam cidades ou bairros ao meio. O número de acidentes nesta situação, muitos fatais, é alto. A simples implantação de uma passarela local tem se apresentado uma solução de resultados duvidosos ou até inseguros. Por diversas razões muitas das passarelas acabam sub-utilizadas. Em vários locais os acidentes acontecem exatamente debaixo da passarela. Não se pode simplesmente responsabilizar a população que evita o uso das passarelas, há de se buscar a verdade dos fatos e dar soluções que atendam às necessidades reais da população. 
O problema de estradas conurbadas é crítico principalmente no litoral paulista. Quem já viu o pesado trânsito de ciclistas em Bertioga, Guarujá, Cubatão, Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, por onde o futuro macroanel rodoviário deve passar, sabe sobre o que estou falando. O problema também existe em menor escala, mas nem por isto menos sensível, em outras locais por onde o projeto deve passar. Como referência conto que autoridades afirmavam (2011) que não havia ciclistas circulando na Rodovia Dutra entre a Hélio Smidt e Bonsucesso, em Guarulhos, mas uma contagem (oficial) apontou a passagem de um ciclista a cada 27 segundos. Ciclistas e pedestres podem estar invisíveis, mas são fato, existem, estão lá, principalmente em estradas conurbadas.
Se deixarmos que o projeto do marcoanel rodoviário siga seu andar costumeiro a possibilidade de que pedestres, ciclistas e população conurbada, seja deixada para segundo plano é grande. A matéria do O Estado de São Paulo | A10  | Política | quarta-feira, 27 de Junho de 2018  tem como sub título "Plano final terá participação da sociedade" me lembra histórias do passado que sempre se repetem. Fica muito mais barato entender que a realidade mudou e trabalhar desde o início em cima dela, com vistas no futuro. 

Finalmente, tem a questão ambiental, mas vale lembrar que para o meio ambiente não existe nada pior que a pobreza. Riqueza uma série de problemas para o meio ambiente, mas que com inteligência são muito mais facilmente contornáveis (?) que os gerados pela pobreza.

Por onde passará o macroanel rodoviário:
Sorocaba - Campinas: rodovia existente  SP 075
Campinas - Jacareí: rodovia existente - Dom Pedro I
Jacareí - Mogi das Cruzes: rodovia existente, possivelmente será ampliada
Mogi das Cruzes - Bertioga: rodovia existente, possivelmente será ampliada
Bertioga - Guarujá: rodovia existente, possivelmente será ampliada
Guarujá - Santos - Praia Grande: rodovia existente, possivelmente será ampliada
Praia Grande - Pedro de Toledo / Régis Bitencourt BR 116: rodovia existente, possivelmente será ampliada
Pedro de Toledo - Juquiá: rodovia existente sinuosa, estreita, completamente inapropriada para um rodoanel
Juquiá - Sorocaba: rodovia existente inapropriada para um rodoanel

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