domingo, 10 de janeiro de 2016

festas e eventos para a boiada

Gostei demais de carnaval e sua bagunça. Hoje gosto bem menos porque grandes eventos, como carnaval, saíram do povo e viraram um business de boiada (ou boiada de business, como queiram). Eu tive a felicidade de ver e participar dos velhos e bons carnavais. Cheguei a ajudar vários blocos de grandes escolas a vestir as fantasias, logo ali na concentração, já no portão de entrada da avenida Marques de Sapucaí, a um instante do início do desfile. Sai atrás dos blocos de Ipanema numa época que havia um limite, o da diversão sadia. Vivi o pré carnaval e carnaval de Olinda, intenso, humano, emocionante, puro. Sei bem o que é multidão nas ruas, na arquibancada, o que diversão coletiva, massa feliz. Hoje boa parte destas festas viraram boiada e umas tantas terminam em estouro da boiada. Mesmo num Sambódromo o que vale é “Sua entrada (ou credencial) é ali, naquela porteira”. Até pequenos eventos, festas, viraram business.
Sempre culpo por não ter aceito o convite de minha avó Carminho que um dia quis me levar para ver o carnaval da av. Rio Branco, no Rio de Janeiro. Bem antes da Marques de Sapucaí. 
Tudo virou boiada humana. Mesmo assim sempre dá para tirar proveito. Eu estou me devendo descer para Santos pela Imigrantes e Anchieta na véspera de Ano Novo, quando as estradas congestionam e simplesmente param de ponta a ponta. Este ano foram até 6 horas de carro para chegar no litoral. De bicicleta vou muito mais rápido. Tem muita gente descendo no pedal. Infelizmente tem uns malditos ladrões de bicicleta pelo caminho. Ladrões de boiada, nada mais. Eu preferia a boa boiada dos que desceram pedalando pela Rota Márcia Prado, mas pelo visto não acontecerá mais. Tem um grande risco de assalto no fim da estrada de manutenção. Ladrões de oportunidade. 
Porque não ir pela estrada e no meio do trânsito. Nunca fiz. Ano que vem não corro a São Silvestre ai desço. Ou, se der muita sorte, vou ouvir que a estrada está fechada por causa de um dos frequentes acidentes, saio correndo e desço. Enfim, quero descer a Anchieta. Preferia descer numa boa, tranquilo, sem burlar nada. Espero ainda ver o dia que assim seja.
Infelizmente o coletivo virou uma boiada... Muuuu! No pancadão! Nós nos acostumamos com o ruim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário