O Estado de São Paulo
Aqui
já se tentou todo tipo de lixeira; lixeiras tradicionais sem tampa, lixeira de
concreto armado com estrutura de aço inox, pequenas lixeiras cilíndricas
apoiadas num poste... Nenhuma deu muito certo ou sobreviveu à fúria
selvagem, ao espírito bárbaro, às torcidas organizadas, aos depredadores,
enfim, ao pior do espírito paulistano.
Fato é
que as lixeirinhas de plástico verde ajudaram muito a cidade ficar limpa. Foram
sumindo por que seu projeto tem alguns erros bestas. O principal é a estrutura
metálica que prende ela a base que é fixa no poste. Esta estrutura metálica é
mal projetada e frágil. A trava e as pontas inferiores entortam e a lixeira
deixa de encaixar corretamente à base. É possível que com uma estrutura em aço
de melhor qualidade e varredores e lixeiros mais bem treinados e pagos durassem
mais.
Faz
algum tempo quis fazer alguma coisa pela situação e fui procurar uma pessoa
conhecida que trabalha na Prefeitura. Uma mudança no projeto, que descartaria a
estrutura metálica da lixeira, facilitaria muito o manejo pelos varredores e
lixeiros o problema estaria resolvido. Quando disse isto ouvi "Para fazer
isto tem que mudar a lei". Como mudar a lei? "O projeto destas
lixeiras está estabelecido em lei". Fiquei tão furioso que não quis nem
checar. Eu tenho que cuidar de minha sanidade mental e não adianta ir contra o
tsunami paulistano que está fazendo e andando se o lixo vai para o chão ou não.
Quem pedala na ciclovia do rio Pinheiros sabe qual é o resultado.
Alguém
pode me ajudar? A história destas lixeiras não começa com uma licitação
estranha na administração Celso Pitta, um melê de empresa francesa, Vega
Ambiental, com cereja convite para o Pitta assistir a final França X Brasil do
Mundial de Futebol? Pitta, aquele afilhado do Paulo Maluf, o mesmo espírito do
padrinho. Acho que sim, mas não tenho certeza.
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