sábado, 31 de janeiro de 2015

O que aconteceu com o futuro?

No começo da década de 60 eu era bem criança e na casa de minha avó nós líamos a Reader's Digest que trazia propagandas, textos e imagens do que se imaginava ser o futuro da vida, da cidade e transporte. Foi meu primeiro contato com ideias que remetiam ao desenho animado Jetsons. Tudo remetia a um futuro próspero. Não havia uma linha, uma palavra, um nada que sequer especulasse os problemas que hoje temos em nossas cidades. 
A realidade do transporte no Brasil era muito distante destas modernidades. Tirando as estradas que ligavam as principais cidades do Brasil o resto era muito precário. Viajei muito em estradas de terra. Andei de 'maria fumaça', ou trem a vapor. Conforme o vento era preciso fechar as janelas para não ficar sujo da fuligem do carvão das caldeiras. 
Só para ter ideia, nesta época foi a primeira vez que vi um câmbio de 3 marchas. Campagnolo em aço estampado com três marchas! Meu primo Fábio colocou a bicicleta de ponta cabeça e mostrou o funcionamento; e eu fiquei um tempão trocando marchas e olhando maravilhado o funcionamento da coisa. 

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