segunda-feira, 14 de julho de 2014

propostas para Projeto dos Candidatos ao Governo Federal

Propostas para Bicicletas e outros Transportes Ativos para o
Programa de Governo para Presidência da República
Brasil:
  • pedestres: 100% (somos todos, até os motoristas); no Município de São Paulo pedestre representa mais de 1/3 dos modais de transporte
  • 17% população brasileira com necessidade especial (deficientes físicos e deficientes de mobilidade – idosos, grávidas, crianças pequenas...).
  • ciclistas: 3,5% Min. Cid ou 7% IPEA - modal/Brasil (há fortes indícios que seja mais do que 7%)
  • skatistas, patinetes, patinadores e outros: ainda residual, mas crescimento muito rápido. Skate é o segundo esporte mais praticado no Brasil, só perdendo do futebol. Não é contado, portanto não se sabe qual o percentual de modal

Geral
  • assumir publicamente a existência de pedestres, pessoas com deficiência, ciclistas, skatistas e outras mobilidades não dependentes de motorização
  • assumir a necessidade da construção de cidades que deem conforto, segurança, prazer, coletividade, respeito às individualidades para todos e não só para os motorizados, como é feito até hoje
  • estabelecer um Programa de Estado perene e prioritário de recuperação urbana. Deixar de brincadeira
  • estabelecer orçamento: dinheiro para custeio e investimento – de verdade!
  • recuperar o entendimento do que é uma cidade e cidadania. É necessário parar a usurpação das cidades, fato comum no Brasil.
  • manutenção e fortalecimento da Semob, Secretaria de Mobididade do Ministério das Cidades. Aproveitamento do conhecimento e trabalho realizado até hoje por seus membros.
  • instalar discussão sobre o que pode ser feito pelo transporte não motorizado no âmbito interno da Semob
  • colocar à frente da Semob um nome com capacidade, iniciativa, liberdade de ação, autonomia, inteligência política, conhecimento da máquina pública, e capacidade convencimento.
  • ter acompanhamento e suporte da Casa Civil da Presidência da República - como foi feito com o Gabinete do Serra Prefeito
  • implementar mesmo! políticas em torno do transporte não motorizado.
  • CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito: fazer funcionar e ser realista. Inaceitável o CONTRAN passar um ano sem presidente, como aconteceu a pouco. Inaceitável a lentidão de tomada de posições. Inaceitável a desconexão com as melhorias implementadas em outros países, principalmente nos que tem vasta documentação científica de resultados comprovados.
  • regulamentar sinalizações vertical e horizontal, principalmente sinalização específica para pedestres, pessoas com deficiência e ciclistas.Embora 70% dos deslocamentos sejam realizados a pé, de bicicleta ou por transporte público, hoje, de forma geral, as cidades brasileiras têm 90% dos sinais de trânsito voltados apenas aos motoristas. Pedestres e ciclistas "ganham" sinalização apenas nas áreas de conflito com o tráfego de carros.
  • unificar boletim de ocorrência no Brasil
  • unificar fichas de atendimento dos PAs, Pronto Atendimento, (ou o antigo Proto Socorro) e postos de saúde
  • unificar padrão de trabalho de perícia técnica e legistas, com padrão internacional para possamos ter parâmetros reais, palpáveis.
  • criar banco de dados com padrão internacional sobre acidentes e mortes
  • revisão do CTB – Código de Trânsito Brasileiro: passar de um código de condução em vias para um código de mobilidades em espaços públicos e espaços privados de uso público
  • integração real com modais de transporte de massa (e facilidade de uso) para pedestres, ciclistas e principalmente pessoas com deficiência. Nem a integração com pedestres, o principal cliente dos transportes de massa, é feita da maneira mais adequada.
  • melhoraria da sinalização dirigida a ciclistas, pedestres e usuários do transporte público (vide campanha ‘Sinalize’, da http://www.mobilize.org.br/ ).
  • criação da obrigatoriedade de um ‘banco de projetos’ dentro da prefeitura, de forma a evitar que mais de uma secretária ou órgão público trabalhe paralelamente e sem saber num mesmo projeto
  • obrigatoriedade por parte das prefeituras de ter um arquivo / banco de dados sobre a cidade e suas mobilidades
  • obrigatoriedade de mapeamento urbano em todas cidades em pelo menos 3 níveis: + 3 metros (construções), nível solo (vias, espaços públicos...), - 3 metros (subsolo). Obrigatoriedade em lei de troca de informação dos mapas de empresas prestadoras de serviços públicos que se utilizem de área pública para prestar serviços. É uma das medidas mais importantes para melhorar a qualidade de todas mobilidades, principalmente as não motorizadas, por que com isto haverá uma diminuição sensível nos problemas de subsolo (água, esgoto, eletricidade, comunicações), portanto menos problemas para todos modos de transporte, lembrando que boa parte dos problemas sempre afetam as calçadas
  • formação técnica e universitária voltada para as necessidades de futuras cidades e sua nova forma de mobilidade
  • formação nacional de calceteiros – especialistas em todos níveis na construção de calçadas
  • programa nacional de acalmamento de vias públicas (traffic caming): redução de velocidade e uso de elementos geométricos para redução de risco para pedestres, deficientes e ciclistas
  • programa nacional de iluminação pública
  • replicar no Brasil o Programa Córrego Limpo, SABESP São Paulo, de recuperação dos córregos urbanos, com reurbanização baseada em parques lineares e corredores ecológicos – corredores de mobilidade não motorizada
  • vincular as mobilidades não motorizadas com a recuperação das águas
  • estabelecer programa nacional de encontro de cidades para troca de experiências boas e más
Pedestres
  • política nacional de calçadas e sinalização de vias
  • informação – educar: eu, pedestre; a via; o meio ambiente; o coletivo
  • formação de lideranças
  • campanha educativa de informação e formação

Pessoas com necessidades especiais
  • integrar as entidades representativas
  • apoio a todas entidades de suporte, como APAE
  • política para vias, espaços públicos e espaços privados de uso público, e espaço individual e privado
  • programa nacional de melhoria de mobilidade dentro de casa para pessoas com deficiência física
  • programa nacional de sinalização para pessoas com deficiência física
  • ver medicina preventiva e hospitalar
  • campanha educativa de informação e formação

Bicicletas
  • política de reorganização do setor de bicicletas: bicicletas, peças, acessórios, importação, Zona Franca de Manaus, bicicletarias e impostos
  • retomar o Programa Bicicleta Brasil; fortalecer
  • integrar as entidades representativas
  • campanha educativa de informação e formação 
  • contar as bicicletas e os ciclistas no Brasil
  • Bicicleta foi, é e continuará sendo crucial e estratégica dentro de qualquer política de transporte que se possa pensar, pelo menos num lugar sério.
Skates, patinetes, patins, outros


  • é visível o uso de skate como modo de transporte. Não há números, mas estes modais vem crescendo rapidamente e vão deixar de ser traço muito em breve. Deve-se lembrar que a primeira geração de skatistas já está com 60 anos e que a segunda geração tem família e pensam o skate e patinete como opção para ir para o trabalho. Não se pode fazer o mesmo erro que foi feito com os ciclistas, que quando as autoridades quiseram aceitar a existência da bicicleta a situação já estava praticamente fora do controle.

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