Brasil apanhou de 7 da Alemanha, de 3 da Holanda coletiva que tem Robben, para a maioria o melhor (de longe) jogador da Copa. E o Brasil foi merecidamente esquecido.
Alemanha e Argentina fizeram uma emocionante final, num jogo que mui dificilmente veremos num campeonato brasileiro.
A Copa termina como um sucesso. Difícil quem não tenha gostado ou quem esteja falando mal. Brasileiro gosta e sabe fazer belas festas. Infelizmente não tiramos proveito disto.
É claro que muito foi deixado de lado para que este sucesso acontecesse. A entrevista de um jornalista europeu, inglês se não me falha a memória, no Aliás do jornal Estado de São Paulo, onde diz algo como 'que se o (time) Brasil não resolver os juízes resolverão' provavelmente deverá cair no vazio. Já caiu, por que o poder público não respondeu e tudo indica quer não vai atrás.
É muito provável que também nunca venhamos saber qual é o fechamento das contas da Copa. Vão aparecer em letras garrafais os bons números, de preferência isolados, sem comparações, mas o balanço final mesmo duvido que chegue aos ouvidos do povão. Só para lembrar, o Prefeito de NY reclama que a cidade recebeu só 55 milhões de turistas no ano passado (notícia no NY Times), o que dá mais de 1 milhão de turistas por semana. A comparação com o turismo gerado pela Copa mostra que tem alguma coisa errada por aqui, principalmente por que sempre fomos um povo receptivo. Números da macro economia apresentados durante a Copa estão indo de mal a pior, mas o Governo Federal diz que temos uma pequena inflação sob controle...
A Copa do Mundo do Brasil termina deixando saudades... da festa. Um país se faz também de festas, mas não principalmente. Alemanha ganhou a Copa e foi dormir cedo para trabalhar no dia seguinte. Ganhou por que fez o dever de casa. É o país exemplo, em todos sentidos, da Europa e um dos mais estáveis do mundo por que sua população sabe qual é o custo prévio da vida e de suas inevitáveis festas.
Mesmo com o aparente bom resultado desta Copa, espero que as Olimpíadas sejam tiradas do Brasil. Ou será do Rio? O erro começa por ai: quanto somos brasileiros e quanto somos bairristas, individualistas?
Muito bom o texto!!!!
ResponderExcluirCicloabraços
Joãozinho