É impressionante a
qualidade dos serviços prestados na Flórida, em tudo, serviço público e
privado. Não sei qual é o percentual de latinos trabalhando por lá, mas certamente
é muito alto. Dá para ficar lá falando só espanhol. Muitos vieram de países
pobres e aparentam um baixo nível de escolaridade, mas todos, absolutamente
todos, tem respeito por quem recebe o serviço. Você entra nos lugares é bem recebido.
Se estiverem conversando entre eles enquanto trabalham, coisa usual por aqui, o
fazem em voz baixa e param de falar imediatamente para atender o cliente. Todos
sabem perfeitamente que estão ali para trabalhar e que o cliente tem que ser
bem atendido. Ponto! Não tem cara de cansado, mau humor, falta de vontade, cólica...
Simples: realizou um
trabalho insatisfatório, de baixa qualidade, toma um pé na bunda e adeus. A
diferença no resultado final é brutal. Tudo funciona. É óbvio que tem seus problemas,
mas são raríssimos e se acontecer algo o problema é corrigido (para valer) o
mais rapidamente possível. A lei não protege o mau feito nem o coitadinho.
Vivenciando aquele respeito
ficou passando o “Brasil, ame-o ou deixe-o” da época dos militares. Zero
diferença para a burrice do discurso dos que sustentam este país do nunca antes
tantas esmolas. Zero! Vejo um Brasil cada dia mais deprimente. Não temos
futuro. Os miseráveis, os esmoleiros e os crentes vão seguir unidos no caminho do
futuro dos coitadinhos. Fodeu! O resultado já está ai; leiam, vejam e ouçam as
notícias. Olhem em volta. Veja o que recebemos em troca.
Nos acostumamos com o
que é ruim. Se a piora é homeopática e não dolorosa pior.
De volta a minha casa
e televisão sintonizada por antena, arrumando o quarto e ouvindo a matéria do Fantástico
sobre crianças de rua, ouvi o óbvio: dar esmolas é a pior coisa que se pode
fazer, em toda situação, até por que sustenta a droga e a violência. “Não dê
esmola, dê um futuro”, dizia a campanha do Governo de São Paulo na gestão Covas.
Os aproveitadores dos direitos humanos martelou pesado contra. “Coitadinhos!”
Zumbi, meu cachorro,
ficou cego. A regra para a construção de uma nova e sadia vida é não ter
piedade, deixar que aprenda a se virar sozinho. Bateu muita cabeça, tive que
discutir com muita gente que me considerava impiedoso, mas hoje ele caminha por
toda parte como se pudesse ver normalmente. Está livre. Move-se um pouco mais lentamente, com
limitações, mas está livre, não depende de ninguém.
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