sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Banco malvado!

 Tem havido uma reação contra o patrocínio do Banco Itaú em várias ações e entidades relacionadas às bicicletas. Pelo que me contaram tem gente que vai deixar a CicloBr por que discorda do apoio à entidade. Numa mensagem veio uma crítica ao patrocínio dos bancos a outras ações de promoção da bicicleta. Então vamos lá, vamos dispensar os bancos e todos demais apoiadores ditos capitalistas em nome da pureza da bicicleta e do bem de seus ciclistas.

  1. Em São Paulo termina o serviço de bicicletas públicas patrocinado pelo Itaú, a Ciclo Faixa de Domingo e o empréstimo de bicicletas do Bradesco.
  2. No Rio de Janeiro também acaba o serviço das bicicletas públicas do Itaú.

Vamos seguir a ordem cronológica invertida do que vem acontecendo com a bicicleta pelo mundo nestes últimos anos:



  1. Em NY, Nova Iorque, acaba as Citi Bikes, bicicletas comunitárias patrocinadas pelo Citibank.
  2. Em Londres acaba o Barclay Cycle Hire / Cycling / Transport for London. Barclay é banco.
  3. Seria necessário rever o Velib de Paris, que é bancado pela propaganda exposta em pontos de ônibus, muitas delas de grandes empresas multinacionais, incluindo bancos. Como a Prefeitura de Paris, como qualquer outra, não tem condição de manter os pesadíssimos subsídios provavelmente o Velib acaba.
  4. O mesmo descrito acima para o Bicing de Barcelona, o sistema de Leon, Montreal...
  5. entidades de estímulo e defesa de pedestres, deficientes, ciclistas e outros morreriam. Não tem mais Velo City, por exemplo
  6. No esporte faltariam equipes. A Rabobank, equipe tradicional de um banco holandês, desapareceria – mesmo sendo holandesa...
  7. Não haveria as equipes Volkswagen, Volvo, Fiat, Walmart, Seven Eleven...
  8. Tour de France, Giro d’Italia, Vuelta de España, e todos grandes eventos esportivos do gênero acabam
  9. Acaba o mountain bike, o triathlon, ciclocross, provavelmente até o BMX
  10. Specialized, Trek, Cannondale, Schwinn, Giant... todas são empresas enquadradas sistema produtivo industrial/capitalista...

Enfim teríamos outra realidade mundial, com todos pedalando bicicletas de baixíssima qualidade e baixíssimo custo fabricadas em países que usam intensivamente mão de obra escrava.

 

2 comentários:

  1. Este blog já foi mais sério Arturo! :-) Deixe as piadas para os humoristas! E já que vc tocou nesse tópico, estou sentindo falta de mais postagens sobre o crescimento do Bike Sampa, por exemplo, ou das ciclofaixas! Abs

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  2. Acho que não se trata de acabar com esse modelo de patrocínio dos bancos e sim de revê-lo e buscar por alternativas.

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