sexta-feira, 1 de maio de 2015

Ciclistas mortos na cidade

Como estou cansado de repetir, estamos em estado de guerra e nesta situação números altos de mortes é mais que esperado. A sociedade não reage à barbárie. Um ou outro faz alguma coisa quando o morto é de casa, mas a maioria brinca de três macacos: não vi, não ouvi, não falei. "Não me interessa" é a única verdade realmente socializada neste país. 
Não dá para calar; o que acontece no Brasil é uma pandemia de covardia e mediocridade. Covardia pelo completo silêncio de toda sociedade, sem exceção. Pior é mediocridade, que, aliás, mata. Povo que não consegue entender que com um terço dos leitos hospitalares ocupados por acidentados de trânsito é impossível ter saúde pública decente. Isto quando é só um terço. Junte-se a estes os atendimentos hospitalares da violência social: tiro, faca, paulada, linchamento... Quantos leitos restam para os doentes? Ninguém se interessa.
A notícia tem o título "Mortes de ciclistas cresce 34% em São Paulo" por que bicicleta está na moda e a cidade está sendo banhada pelo vermelho das ciclovias do Haddad. Interessante é comparar a grandiosidade dos 400 km de ciclovias de Haddad com a extrema timidez dele na proposta para melhorar a vida e segurança de pedestres, que somos todos, até os motoristas. Ou o silêncio completo sobre motociclistas, que na sua maioria são de classes menos privilegiadas. Estranho socialismo este do "nunca antes".
Não são apresentados dados que provem os resultados da implantação das ciclovias do Haddad. Mas quem se importa?
A matéria apresentada pelo Estadão aponta que não só o número de ciclistas mortos aumentou, mas também de motociclistas e pedestres. Afinal, qual é a razão? Como e porque aconteceram os acidentes? Razões humanas e técnicas. 
A matéria é bem escrita, o que não é comum quando a imprensa fala sobre as questões relativas à bicicleta

O Estado de São Paulo: Mortes de ciclistas cresce 34% em São Paulo


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