sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Boston e Georgetown


Tudo é organizado, limpo e funciona bem por aqui. Que diferença! Estive quatro dias em Boston e agora estou em Georgetown, Washington, próximo do imenso parque que liga Casa Branca, Capitólio, memoriais, tendo ao centro o grande obelisco. É impressionante, só vendo pessoalmente para entender escala e força. Georgetown continua sendo uma pequena cidade histórica, com a maioria das construções de meados de 1800. Olho para a leveza daqui e não quero lembrar o absurdo que fizeram com a modernização de Joinville, que em pouco tempo demoliu uma das mais lindas cidades que conheci. Foi-se muito da bela história de nossa colonização alemã. Deprimente. Esquece, vamos voltar para cá.

Boston é realmente muito simpática, cidade de estudantes, ciclistas e corredores a pé, que são vistos em todas as partes e todas horas. Corrida a pé é tão importante em Boston que no aeroporto há uma espécie de rosa dos ventos com os oito principais eventos históricos da cidade e um deles é a figura de uma maratonista. Correr pelos parques que margeiam as águas, principalmente o canal, deve ser maravilhoso. Deve ser... por que infelizmente não corri. Fiz a volta completa no canal pedalando ao por de sol, o que já foi uma benção comparável (mar é mar) a pedalar nas praias do Rio. Pretendia correr lá no dia seguinte, mas infelizmente o tempo mudou. Boston é mágica para quem corre a pé por que, repito com uma imensa inveja, sempre tem gente correndo para todos lados o tempo todo. E gente feliz. E meninas maravilhosas correndo em shortinhos ou pedalando em mini saia. Belos corpos, belos corpos!, de todas cores, raças e etnias; tamanhos e belezas. Deve ter menino bonito também, mas não consigo lembrar. As meninas... Comentário de velho, avô, sem segundas intenções.
Aqui em Georgetown é praticamente a mesma coisa, numa escala menor. Há remadores, que não os sei distinguir na rua, mas das belas margens podem ser vistos treinando. O número de ciclistas é sensível, de todas as idades, a maioria vestido para trabalho, magros, bem condicionados. Numa América com sério problema de obesidade, principalmente longe de suas bordas oceânicas, é ótimo ver tanta gente bem condicionada, bonita, com pernas realmente vigorosas.
Boston e Washington têm sistemas de bicicletas comunitárias. A bicicleta é a mesma, mas com marca e pintura diferente, é lógico. É tão ou mais pesada que uma Velib e roda parecido. Basta passar o cartão de crédito na máquina, responder algumas questões no visor e rapidamente sair pedalando. Os dois sistemas são relativamente novos e as bicicletas ainda estão pouco rodadas, portanto não se vê os problemas das Velib já muito surradas e com alguns problemas.
Pedalar pelas ruas é muito fácil. Americano dirige com grande cuidado, ou com muito medo de parar na frente de um juiz. As ruas são todas sinalizadas, mas se não fossem também seria fácil pedalar. Falo por que pedalei antes desta febre ciclística. Como em qualquer lugar do planeta o perigo para terceiros está nos malditos celulares, principalmente quando digitados, o que não é exclusividade de motoristas e inclui pedestres. Muita gente se movimenta por estas ruas, mas está em outro planeta. Nas calçadas você tem que ir desviando, o que é ridículo.  

Triste é que os malditos faróis pisca-pisca estão por toda a parte. Quando vão regulamentar? Do jeito que está só aponta para uma epidemia mundial de individualismo, nada diferente do que acontece com celulares, smart fones e outras porcarias.

2 comentários:

  1. Bom dia,
    Estava lendo a apostila do site e gostaria de saber se é interessante comprar uma bike por site de compras coletivas, caso ache uma adequada ao meu tamanho (1,74m) e uso urbano(ir trabalhar e estudar)?

    Obrigado.

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    1. Bom dia. Eu desconheço o site citado, mas não gosto muito da ideia de comprar sem ver, sentir e testar a bicicleta. Eu não compraria, mesmo com um preço muito bom
      Arturo Alcorta

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