Um artigo de uma importante revista
de economia francesa coloca a nova realidade para todas cidades num futuro muito
próximo: um rápido e inevitável processo de informatização e automatização de
praticamente tudo em toda administração e serviços públicos. Já está ocorrendo
em várias grandes cidades e inevitavelmente chegará a praticamente toda e
qualquer cidade do planeta. Sem isto dentro da complexidade da cidade,
principalmente nas grandes e médias, é impossível ter controle de qualidade de
serviços prestados à população. É o caminho natural, mesmo que tardio, assim
como foi para o setor industrial, comercial e de serviços privados. A
quantidade, perfil e qualidade dos servidores públicos vai mudar, e muito, num
processo simplesmente inevitável. Já vem mudando, mas num processo mais lento
que a realidade demanda.
Mas ai o artigo entra na necessidade
urgente dos eleitores repensarem seus próprios valores, inclusive e
principalmente como devem escolher seus representantes. Se faz necessário ter
políticos capazes de pensar, agir e realizar esta nova realidade que chega. Continuar
com políticas tradicionais e primárias é relegar todos ao obscurantismo, a um
vácuo de qualidade de vida que dificilmente será recuperado.
É claro que não vai haver uma revolução
que mude o perfil e uso da cidade num prazo curtíssimo, assim como é certo que
gastar tempo e dinheiro com processos ineficientes é um atraso de vida
inaceitável.
Outro artigo que chamou a atenção
fala sobre a importância do turismo na macro economia espanhola. Este artigo é
publicado depois da divulgação que turismo representa hoje 6.5% do PIB da
economia mundial. No ano passado só a Espanha recebeu um pouco mais de 60
milhões de turistas, que deixaram 56 bilhões de Euros nos cofres espanhóis,
algo em torno de 6% do PIB. O artigo ressalta os erros cometidos no passado,
principalmente com o direcionamento turismo de baixo valor agregado, farofeiro
como se diria no Brasil. O turismo hoje, rentável, é voltado para a cultura,
educação, lazer e esportes da mais alta qualidade possível. Turista quer se
divertir, sentir prazer. Se encontrar gente mal educada, despreparada,
violência, sujeira, desordem, preços altos, atendimento precário, turistas grosseiros,
barulhentos, sujos... e todas estas coisinhas que conhecemos tão bem, simplesmente
escolhem outro destino, que é o que não falta. Sem um alto grau de informatização
é simplesmente impossível dar a qualidade de serviço exigida.
Um dos bons exemplos da importância
da informatização pode ser visto nas cidades onde as bicicletas comunitárias vão
bem. As que estão dando certo usaram tecnologia de ponta para entender seu
público usuário e os possíveis usuários futuros. Erros iniciais, como a
dificuldade de um turista estrangeiro conseguir usar uma bicicleta com um
cartão de crédito, está sendo corrigido rapidamente. A qualidade do serviço
prestado pelas bicicletas coletivas mudou outros setores do turismo e até influenciou
o setor de bicicletas de aluguel, que vem melhorando muito nestes últimos anos.
Ou desapareceria. Simples.
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