Fórum do Leitor:
Entra no supermercado um homem jovem,
vestido com roupas simples e bem postas, vem até o caixa onde estou e diz para
a caixa: “Quero pegar um brinquedo para uma criança e não posso pagar”. A caixa
olha para ele e explica com calma e delicadeza que “Isto é um supermercado, não
uma entidade social, e para o senhor levar terá que pagar”. E a resposta do
homem vem direta e sem contornos: “Sou pobre, favelado e tenho direito (de
pegar e não pagar)”. A caixa, agora com espanto, educadamente repete o que já
havia dito, e o homem dá a volta e se vai. Se sucedem com uma triste frequência
histórias reais de estudantes e trabalhadores não comprometidos,
irresponsáveis, arrogantes. O Brasil é a cada dia mais violento, brutal,
socialmente desajustado. Este é o Brasil do nunca antes de Lula, da construção
de um populismo vulgar e barato que se utiliza da fraqueza sem escrúpulos.
O
discurso do “sou pobre e tenho direito” é a desconstrução desrespeitosa da
história de cada um de nós e deste país. Partir do zero e se fazer é lugar comum
à história desta brava gente brasileira. O que guiou a todos estes foi
dignidade, responsabilidade, retidão, tentar fazer o melhor de si, construir um
futuro melhor. Ou seja: uma forte determinação. “Sou pobre e tenho direito”
pode parecer lógico e justo para os ingênuos, mas é corrosivo, devastador para
a construção de qualquer espírito vencedor. O Brasil que vem desconstruindo a
pobreza antecede décadas a Lula e sua pseudo esquerda inconsequente e
oportunista. É desonesto negar a história.
Ordem e Progresso. Leia-se “direitos, deveres
e responsabilidade para Ordem; e seriedade e qualidade de trabalho para
Progresso”. Sem isto não existe equilíbrio social. Aliás, sem isto não sobrevive
um país.
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