Folha de São Paulo
Suzana Singer - ombusdman
24 de Agosto de 2010
Bárbara Gancia e a falta de humanidade
Menina, que coisa estes artigos da Bárbara Gancia! Eu não me meti porque o que me afetou pesado foi a forma como ela se referiu aos companheiros de Renata, que a meu ver foi o único ponto que caberia resposta e uma provável ação na justiça. Se Renata não o fez, pelo menos não que eu saiba, não sei mais o que se pode publicar na imprensa. Seria um comentário pesadíssimo feito pessoalmente e, a meu ver, impensável de se publicar num dos mais importantes jornais do país, mesmo que de fato fossem repugnantes. Depõe contra o jornal, contra o próprio redator, que sai desta como pessoa menor. Conheço a quem Bárbara se refere e o comentário é de uma baixeza sem tamanho. Não falo sobre injustiça porque creio que é praticamente inexistente no Brasil, injustiça moral e legal. Um dos citados inclusive é ou foi fotografo da própria Folha, pai da Tati, filha de Renata; aliás amado pai, querida presença para todos. Os outros são pessoas de boa conversa, inteligentes, divertidos, educados, expoentes dentro de seus meios. Sente um pouco com o balonista (meu caro, desculpe, como sempre não me lembro de nomes), gente finíssima, exemplar, querido por todos. Sobre o que Bárbara escreve? Beleza? Desculpe, mas não dá para ir por ai, não mesmo! Não dá para publicar uma coisa destas. Deprimente, realmente deprimente, deprimente geral. É um dos maiores absurdos a coisa ficar por isto mesmo. Não sei como correu ai por dentro da Folha, mas Bárbara deveria minimamente uma retratação pública, que parece que não o fez e não é mais hora. O fato mostra muito do que nos transformamos como povo. Estamos há muito na época do "Foda-se o respeito pelo outro, eu quero o meu". Deprimente. Tomaram as dores da bicicleta, da Renata e de outros fatos ligados a vida individual dos que protestaram, urraram, xingaram, mas e o respeito humano, como fica? O texto todo “Cicloativíssima” é um pouco “over”, mas é compreensível e até bom depois de uma segunda lida com mais calma. Agora, chamar alguém de repugnante num jornal como a Folha extrapola muito, principalmente levando em conta que tudo leva a crer que Bárbara conhece os implicados. Lembra o apedrejamento da iraniana. Aliás, lembra muito. De parte da autora e de parte do silêncio de todos leitores.
Sobre o Pacaembu:
Sou usuário do Pacaembú desde 1973 e um dos mais velhos usuários da piscina hoje em dia. Vi aquele importante conjunto esportivo cair aos pedaços "literalmente" e durante décadas pouco se fez para reverter a situação. A administração de Mauro, que foi colocado lá por Walter Feldman, colocou as coisas em ordem, na piscina e no resto. Outros nomes deveriam ser citados, mas, me perdoem, não me lembro agora. Hoje o Pacaembu é um senhor velhinho, bem cuidado, funcionando, limpo, organizado, civilizado. Walter está absolutamente correto quando diz que não fez nada para aparecer, mas dou meu depoimento que fez o necessário e mais um pouco para aquilo voltar a funcionar; o que agora acontece. Perguntem aos que freqüentam lá há anos e vejam o que dizem. Pacaembu tem lá seus problemas, mas insignificantes se comparados ao que estava antes. Repito, hoje funciona, é bom, prazeroso. A melhor prova é a quantidade de usuários hoje comparada com uns anos passados. A administração foi o que se espera de qualquer uma: correta, eficiente, funcional, discreta, atenciosa. Para terminar: este meu comentário não inclui o que foi realizado na frente do Pacaembu, o Museu do Futebol, o que infelizmente e vergonhosamente ainda não conheço, e a organização do restaurante que dá para a praça. Falo do conjunto poli-esportivo que fica nos fundos e que poucos sabiam da existência. O tempo em que um pequeno grupo de usuários fazia manutenção e a limpeza dos banheiros pessoalmente para poder usar a piscina passou, e eu agradeço.
Os textos de Bárbara, bons no geral, algumas vezes passam a sensação de porre ou ressaca, ainda não consegui definir direito. São uma boa referência de como calibrar um tiro, mas valido para os sóbrios e sensatos.
Arturo:
ResponderExcluirObrigada pela parte que toca a mim, aos meus familiares, namorados e amigos.
Eu de fato preferi "deixar prá lá", muito embora alguns de minha família estão realmente chateados pessoalmente com a questão!
Bjs
Renata Falzoni