Esta história das moto taxi vai muito além da permissão oficial. Expõe a brutal crise da autoridade legalmente constituída neste Brasil. Será a apoteose do samba do crioulo louco que esqueceu de cantar que aqui tem lei que cola e lei que não cola?
A verdade é que a tropa que invadiu os três poderes nem precisava. A depredação do poder e da autoridade, está aí como sempre esteve. Vem do íntimo de cada brasileiro. O nosso atávico jeitinho especial de cada dia que o diga.
Como reverter? Reverter? Não! Medão de uma reversão. Voltar a uma depredação reguladora? Não
Como estabelecer credibilidade civilizatoria? Como construir uma autoridade crível?
As moto taxi que nos digam. A resposta parece não estar mais no centro de poder eleito.
Autoridade? Quem? O que?
A discussão é muito mais profunda. De qualquer forma o que está claro é que o sentido de autoridade está indo ou já foi para o saco. A história ensina que temos tudo para não dar certo.
Eu gosto ou não gosto desta ou daquela autoridade definitivamente não é critério para estabelecer a efetividade desta autoridade.
Como se deve relacionar com as autoridades, esta é a questão. Ou, melhor, e mais em baixo, quem de fato é autoridade. Há uma grande diferença entre a autoridade do momento e os que são autoridade de fato. "Eu vou fazer...", primeiro é uma afirmação perigosa e não raro vazia. "Precisa ver quais são as variáveis...", ou o "não sei" costuma ser caminho mais seguro para a cosntrução do correto.
Com as redes sociais o "eu quero já e da minha forma" é uma realidade, a bem da verdade, a realidade mais perigosa que se pode ter.
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