terça-feira, 10 de agosto de 2021

Sonia Racy, Nêumanne e Godoy: possibilidade de golpe e silêncio da população

Fórum do Leitor
O Estado de São Paulo

Sonia Racy em seu comentário na Rádio Eldorado contou que ouviu de um dos importantes empresários do país que não assinou o manifesto pró eleição que "quem assinou (o manifesto) vai ter que optar (nas próximas eleições) pela reeleição (ou não) de Bolsonaro", o que tudo indica que até aqui é um (triste) fato. Nêumanne em seus comentários repetiu mais uma vez e com razão que há um acordo tácito de interesses entre Lula e Bolsonaro, que sem um o outro não existe (uma eleição sim ou não Bolsonaro, sim ou não Lula; que pobreza!), completando a fala com uma crítica (pesada) sobre o silêncio da população com tudo que está acontecendo. Antes, Godoy fechou sua (sempre ótima) fala na Eldorado pedindo para fazer um último comentário, uma "brincadeira" enigmática sobre a parada militar imprevista em Brasília: "Não vai ter golpe... agora" disse rindo. A história prova que ditaduras militares de direita e esquerda costumam ser ruins especialmente para a população de baixa renda, que com o passar do tempo fica ainda mais pobre. Populismo, este sim, é a longo prazo devastador para os mais necessitados. São hipóteses suicidas para o país, mas não para a população que tem recursos para sobreviver com relativa tranquilidade qualquer que seja o cenário, daí o seu silêncio. Que não se enganem, a tragédia um dia alcança a todos, sem exceção.

Golpe? O golpe vem sendo dado faz muito. Rádio e TV são de utilidade pública e deveriam ser educativos. Temos há muito, décadas, a grade de programação praticamente toda voltada a fanatismos e moralismos. O resultado está aí. Só nos falta cairmos numa ditadura teocrática, o sonho de Bolsonaro (e de milhões de pastores).

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