sábado, 2 de fevereiro de 2019

O coletivo democrático e Margaret Tatcher

"O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros", Margaret Tatcher. Colocando num contexto bem atual e parafraseando "O coletivo democrático dura até entrar a inevitável individualidade humana". Aí...
Um dos melhores resultados que as redes sociais tem oferecido é a capacidade de reunir pessoas em torno de um objetivo, de estabelecer coletivos, de democratizar. E seu maior defeito é continuar acreditando nesta besteira que o coletivo democrático é uma socialização horizontal esquecendo que estão tratando com humanos. Poderia terminar a conversa aqui, depois da palavra "humano". Os sonhadores dirão !não!. A história dirá sim, !humanos!, não importa de que tipo, espécie, ideologia ou religião, raça, !humanos!. No fim dá tudo na mesma. Na hora "H" o instinto de sobrevivência, o individualismo, o ego, a filha-da-putice, o 'no meu bem bom ninguém toca' vem a tona. Varia um pouco com os valores vigentes no momento e lugar, mas !humanos!.
Quantos de nós são realmente coletivos, democráticos, horizontais? Quantos?
Acabei de ouvir mais uma história sobre coletivos democráticos que não foram assim tão coletivos nem tão pouco muito democráticos. Foram humanos, como sempre foram, são e serão. O zum zum zum vem de tempos passados, faz uns três, quatro anos, numa época muito dita democrática (segundo eles), quando algumas histórias (várias) desmontaram a minha ilusão até nos que eu depositara esperança. Somos todos humanos, ponto final! Biologicamente iguais. Não tiro o voto de confiança, agora consciente de sua humanidade.

Faz muito tempo que venho tentando entender o que me incomoda quando vejo a massa pedalando pela cidade. Outro dia aconteceu uma situação boba entre dois ciclistas, uma jovem bem simpática vestida tipo hippie 1969 e um jovem que estava indo para o trabalho no escritório. Me deu uma boa luz. A reação dela para o enrosco entre os dois foi de "paz no trânsito, mas a minha paz, a minha segurança e você que não me atrapalhe", tudo na maior educação, calma, simpatia e profunda sinceridade. Já deveria ter caído minha ficha nestes tempos de selfie. Bingo! civilidade selfie humana, o must do momento. Como não pensei nisto antes?

Por trás de cada um destes coletivos que realmente funcionam existe um núcleo que empurra o negócio para frente. Sem este núcleo o coletivo derrete. É humano. Aliás, é biológico: os mais fortes...  E para que funcione é preciso um grito de guerra. Alguns são bem entendidos, outros nem tanto. "Conviva", genial campanha. Na sociedade selfie o que significa "conviver"? Como conjuminar coletivo democrático com sociedade selfie?

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