quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Berlim, Alemanha

Sabe quantos policiais vi nestes quatro dias de Berlim? Tirando os que estavam na frente das embaixadas, zero. Zero! Sabe quantos carros de polícia vi fazendo rondas? Zero. E durante a Maratona de Berlim? Não me lembro de ter visto um sequer, que obviamente deviam estar circulando. A sensação de segurança é total, mesmo caminhando nos grandes parques à noite. 
Cuidado só ao cruzar as ruas ou caminhar em calçadas, praças, e parques por causa dos ciclistas que não demonstram grande interesse pela prioridade de todo e qualquer pedestre, independente da idade ou do grau de mobilidade. Não cheguei a presenciar acidente, mas foi por pouco, muito pouco mesmo. Ciclista desviando de pedestre ou tomando susto é comum, muito mais comum do que pudesse esperar. 
Carros respeitam quando é inevitável respeitar, mas presenciei motorista dobrando inesperadamente à esquerda e acelerando para passar antes do pedestre que caminhava na faixa. E outras situações que não esperava. 

Não creio que em Berlim vendam sonífero. A cidade é muito mais tranquila que se possa imaginar. Muito arborizada, limpa, dificilmente se vê um papelzinho no chão, maravilhosamente silenciosa, com bares e restaurantes cheios nestas noites quentes de fim de verão. E todos falam baixo, o que é ótimo. 

Infelizmente não consegui alugar uma bicicleta, mas não preciso pedalar para saber que Berlim é muito segura para os ciclistas. A concorrência entre as companhias que oferecem bicicletas comunitárias é grande, oferecendo deste modelos com projeto futurista até bicicletas clássicas. O que falta é um aplicativo que link todas estas companhias para facilitar a vida do público; e por que não dos turistas.

Para nós brasileiros chama a atenção a quantidade idosos pedalando, em particular senhoras. Ontem e hoje vi dois senhores com doença de Parkinson em bicicleta, um com uma tremedeira avançada que entrou com a bicicleta no metro. Pela manha vi um senhor provavelmente voltando de um treino com bicicleta de estrada. Quando parou no semáforo seu Parkinson ficou claro na perna quando soltou o clip de pedal. Há estudos que mostram uma melhora significativa dos efeitos do Parkinson em usuários de bicicleta. Mais uma para a magrelinha.
Minto; vi um barco de polícia passando tranquilo.
Fechei o texto, publiquei, fui jantar e passou o primeiro carro de polícia destes quatro dias. Uma coisa chama a atenção: o número de idosos nos bares, parques,pedalando ou caminhando sem preocupação. Sinal claro de segurança.
 







 


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