terça-feira, 12 de junho de 2018

Bicicletas do Itaú

As novas bicicletas coletivas do Itaú pegaram. Mudaram as bicicletas, mudou o aplicativo, mudou o visual, a forma de pagar, as estações, mudou tudo. Tem aumentado muito a quantidade de ciclistas pedalando pelas ruas com elas e tem de tudo, desde os que é visível que sabem pedalar até novatos, que neste momento parece ser a maioria.
Eu gostava muito das bicicletas antigas do Itaú. Eram simples, como uma bicicleta deve ser, mas viviam cheias de problemas. Pecavam por alguns problemas de qualidade, em especial da manutenção, tanto pelos critérios adotados quanto pela finesse muito difícil de conseguir em grande escala. Um dos erros do velho projeto foi apostar no simples, básico, funcional, para o que definitivamente nossa sociedade não está preparada. Bom lembrar que a primeira geração do Bike Sampa foi inaugurada em Maio de 2012. Fez sucesso e funcionou bem enquanto o sistema era novidade. Tudo envelheceu, inclusive o aplicativo.
As bicicletas novas do Itaú e seu novo sistema foram projetados a partir de uma consistente coleta de dados, o que faz toda diferença. São melhores que as de Paris, Londres, NY, Munique, e todas outras de primeira geração. São bem mais agradáveis que as do Bradesco, bicicletas de ótima qualidade, muito bem construídas, fortes, mas pesadas de pedalar. E os responsáveis por este novo projeto Bike Sampa tiveram uma boa sacada de usar rodas aro 24 em vez das aro 26 comuns, o que melhora a relação de marchas do Nexus e proporciona acelerações bem mais rápidas, importante fator para quem pedala no trânsito.
Tudo indica que o aplicativo e as estações estão funcionando bem. Varias estações foram criadas e algumas antigas remanejadas para locais mais adequados. As bicicletas receberam luzes dianteira e traseira que pisca sem ofuscar outros ciclistas e o resto do trânsito, o mesmo sistema das Velib de Paris. 
Falta dar orientação aos usuários do sistema, principalmente a boa leva de novatos que saem pedalando felizes, mesmo sem saber o que estão fazendo em cima da bicicleta, apavorando todo mundo, incluindo ciclistas mais experientes. Já vi e passei por cada barbaridade que nem conto! Esta seria a hora de entrar em ação bike anjos oficiais do Bike Sampa Itaú orientando de forma realista, não com baboseiras de legalista que nunca colocou a bunda num selim ou de histéricos. 
Minha experiência recomenda que infelizmente não busque ajudar ou orientar, o que na maioria das vezes é tomado como desnecessário ou até ofensivo pelo prego (aquele que pedala mal). Seria uma ótima oportunidade do Itaú aprofundar seu marketing já que outras bicicletas coletivas estão chegando às ruas e mais pregos irão pedalar.

2 comentários:

  1. Isso também foi feito aqui em Recife e o resultado é semelhante. O principal problema, até o momento, é o número de bicicletas, pois um carregamento delas está retido no porto de Suape por problemas burocráticos

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  2. É Thiago; que Brasil queremos. Quanto vai custar o eterno "problema burocrático" se for computado no cálculo o custo trânsito destas bicicletas paradas?

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