sábado, 27 de dezembro de 2014

o tamanho da diferença

How the Recession Reshaped the Economy, in 255 Charts
By JEREMY ASHKENAS and ALICIA PARLAPIANO Updated: JUNE 6, 2014

Esta matéria do NY Times dá bem a dimensão da "pequena diferença" que existe entre este Brasil de todos nós e como tem que ser para que venhamos a construir o país que desejamos, de primeiro mundo, um real global player, e com isto mais rico de fato e socialmente justo. 
Ao ver os gráficos lembrei imediatamente da matéria publicada também pelo NY Times sobre acidentes fatais em NY onde se pode abrir um mapa localizando atropelamentos e colisões envolvendo ciclistas. A CET SP tem dados precisos sobre o que acontece por aqui, sem detalhamento pericial, mas são pouquíssimas são as cidades brasileiras que têm dados de qualidade e menos ainda as que disponibilizam ao público. Até dentro do mesmo organismo a informação não flui ou é usada como moeda de troca até para manutenção de poder. Ai começa a diferença entre o nosso Brasil e países civilizados. 
É muito triste o grau de pobreza na informação que recebemos. Nossas conversas, discussões e tomadas de posição são baseadas em uma patética desinformação. É de propósito: manutenção do poder. Daí a população, principalmente crentes, inocentes úteis e engajados, estes os piores, acreditar em pré sal e outras mentiras. Relatórios sobre o mercado de energia mundial, que é uma commodity, apontavam a mais de 3 anos uma significativa mudança na matriz energética e uma inevitável queda no preço do petróleo. Mas quem se interessa? Aqui no Brasil fez-se um silêncio providencial sobre o patamar de preço do petróleo para a viabilidade do pré sal, que desde aquela época era praticamente inviável. A partir de agora então... Mesmo assim a Petrobrás terá que cumprir os bilionários contratos assumidos, mui provavelmente com o nosso dinheiro, do Tesouro Nacional, portanto do contribuinte, portanto o meu, o seu, o dele, o de todos nós, ricos ou pobres, pau na classe média. Desculpe, mas o Brasil acabou. 
Sem informação de qualidade é muito fácil brincar com o dinheiro dos outros, principalmente quando estes outros, que somos nós, não ligam a mínima para o que está acontecendo. Bom exemplo são estas coisas que aqui em São Paulo chamam de ciclovias. Em NY foram realizadas mais de 2.000 reuniões com a população para acertar o sistema cicloviário; provavelmente com disponibilização de informação irrestrita e de qualidade. Uma prova simples; dá uma olhadinha nisto: nyc.crashmapper.com
Democracia, justiça social, e todas estas coisas que tanto falam demanda conhecimento. Conhecimento só com informação. É exatamente o que não temos.

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