terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Feliz 2012. E aproveita

Quantas vezes você desejou um Feliz Ano Novo, destes com letra maiúscula no início de cada palavra, escrito ou dito sorridentemente? Quantos destes anos foram felizes? Qual o valor destas palavras? Qual o valor do escrito letra por letra? Feliz se escreve com “z” ou com “s” e acento no “i”?

Nesta virada do ano dei meus votos com muita dificuldade. Gostaria de ter tido o direito de ter ficado quieto no meu canto. Silêncio é por vezes muito bom e era tudo que queria. Não consegui fugir de uma reunião, que por sinal foi bem agradável. Como sempre fiquei um tanto tonto com a falação, principalmente por duas pessoas que lá estavam não conseguem falar com um volume de voz e entonação baixo. Até as crianças fizeram menos algazarra. A um determinado fui lavar pratos, minha eterna rota de fuga quando canso de qualquer festa ou reunião. Há uma passagem do filme “O fio da navalha” que uso como apoio ao meu ato. “Deixa que a empregada lava...”; “Larga isto que vou colocar tudo na máquina (de lavar pratos)”... Terminar uma festa lavando pratos e organizando a bagunça é uma felicidade. Na passagem do Ano Novo não deixar nada bagunçado para trás (pelo na festa) e depois voltar para casa pedalando com as ruas completamente vazias é o máximo. Já tentei usar a mesma técnica com toda esta porra que está sobre a minha mesa de trabalho, mas fui lavar o lab top e achei que era hora de sair para a rua e pedalar. Deu mais certo, mesmo sabendo que ao voltar para casa o trabalho continuaria lá.
O melhor mesmo da virada do ano é a manha do dia seguinte. É uma experiência interessante pedalar ou correr pelas ruas completamente vazias da cidade. Fiz isto durante anos, várias vezes por semana, anos a fio. Pedalar - é lógico. Quando comecei a pedalar a cidade era outra, completamente diferente, muitíssimo mais calma. Quando fizemos o primeiro Night Biker’s da história, lá pelos idos de 1988, saímos do Pacaembu para o Centro e cruzamos com pouquíssimos caros. O Centro estava completamente vazio e tranqüilo. Segurança total. Nestas primeiras horas de 2012, pedalando para casa, foi me passando imagens como esta do passado. A vida me deu momentos incríveis. A bicicleta me ofereceu paisagens hoje impensáveis. Paz. Do passado só sinto mesmo não ter percebido que correr a pé nos faz chegar perto do ser biológico que somos de fato, sem nenhuma ferramenta extra.
Feliz 2012, é a esperança. Vamos fazer um bodyboard na marolinha que quebra em nossas praias. Pessoalmente eu fico na total esperança que no meio deste ano de 2012 a FIFA tenha corrones e declare ao mundo que a Copa de 2014 não será mais no Brasil. UAU! E todos nós, brasileiros, nos livramos de uma buraco de US$ 118 bilhões (número estimado de custo dado ao Estadão pelas empresas que estão investindo no evento) e provavelmente este país terá um futuro para nossos filhos e netos. Vamos aproveitando este 2012. Tem 2013 antes de 2014, e 2015 antes de 2016. Haja esperança!

2 comentários:

  1. Arturo...vc é meio maluquinho, mas deve ser um cara legal!

    Feliz 2012

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  2. ahahha, também gosto de lavar louça nestas horas!

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