quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Mais uma histeria nacional

Está tendo uma corrida insana da população atrás da vacina de febre amarela. É interessante acompanhar as muitas notícias e entrevistas de especialistas e secretários de saúde. Uns dizem que todos serão vacinados, todos nas cidades, estados e Brasil, outros tem coragem de dizer que só é necessário vacinar agora os que estão em área de risco... E a histeria coletiva está lançada. Mas o que há por trás desta histeria? Não falo sobre interesses de governantes e políticos, mas sobre o a reação da população em si.
Será que nós, brasileiros, entendemos o que é prioridade? Quanto agimos com racionalidade? Quanto tem de emoção? Quanto de falta de educação, cultura? Quanto de insegurança pessoal e social? Quanto tem de status, sim status?

Brasileiro pode morrer de fome, mas não fica sem TV em casa, ontem a de tubo, hoje a plana. Pode estar desempregado, mas tem celular. Houve época que por menos que ganhasse usavam o tênis mais caro da praça. Não sabe dirigir, não tem carta, mas sonha em comprar um carro. E assim vamos.
Perguntem aos médicos do serviço público: durante a semana é um povaréu reclamando de todo e qualquer tipo de dor e doença. Chega fim de semana todo mundo desaparece. Brasil é o único país no mundo que doença descansa nos fins de semana e feriados.

A febre amarela não foi controlada por governos quando deveria, até porque prevenir não dá voto e ninguém grita antes, agora temos mais esta histeria nacional. Todos querem se vacinar. Moda, status ou histeria coletiva? Ou festa, momento para ver e conhecer amigos? Não adianta explicar que a prioridade deve ser para quem vive em áreas de risco. Todos querem chegar para os amigos e contar sorridentes: “tomei a vacina do macaco amarelo”. Vacina é chique!

Prioridade? Saúde pública? Prevenção?

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