Ficar fora da boiada é estar exposto ser marginalizado a ataques de predadores ou a ataques de predadores.
Mais uma vez cai na cilada de entrar em discussão sobre a questão cicloviária de São Paulo. "O importante é fazer; faz depois corrige; ficou muito melhor do que estava antes; pelo menos eles fizeram, quem estava antes não fez nada...", dizem. E mais uma vez sai da história me sentindo mal, não pelas minhas posições, mas porque virei, mais uma vez alguém que discorda de pontos considerados pacíficos e comuns para a maioria. Velho chato e inconveniente.
E neste contexto veio o fim de semana do Bicicultura que aconteceu no Centro da Cidade de São Paulo. Eu não teria ido, mas Eric veio de Mossoró e ficou em casa para participar e dar palestra e acabei o acompanhando até o Bicicultura para ele fazer a inscrição. Enquanto o esperava na porta do Olido, na deprimentemente emporcalhada av. São João, começaram aparecer alguns velhos amigos e minha tensão foi-se diluindo. Da Galeria / Cine Olido, onde foram recebidos os participantes e foram dadas palestras, para a Praça das Artes, imponente obra de arquitetura em concreto aparente centro de vários eventos e palestras, várias pessoas vieram me cumprimentar em tom de festa, o que confesso não esperava dado minhas duras críticas ao que vem acontecendo.
Brinco com os velhos amigos que virei um velho chato que tem pouco a acrescentar e que não entendo esta nova geração. Muitos fazem piada disto. Felizmente tenho um celular Nokia preto, pequeno, resistente, que tem bateria para uma semana e felizmente (de novo) só funciona para ligações e mensagens. Nada de zapzap e estas outras porcarias (para mim). Meu celular ser "burro". Ótimo conversar olhos nos olhos. Facebook? Tenho, mal sei usar e pouco entro. Enfim, não sou um conectado, ou o que quer que seja ser conectado, estar em rede social ou sei lá o que mais. Quem não é conectado praticamente não existe. Ótimo, não existo. Nunca gostei de telefone, imagina estas coisas. Dizem que tudo isto é mais democrático, mas duvido. "É horizontal?" Definitivamente não é. Ou é para quem? Não, não é, não é mesmo! Estas coisas mudaram nossa gênese e via torpedo derrubaram as habilidades específicas de cada indivíduo? Não. Então mantemos a hierarquia mesmo sendo conectados? O que você acha? É óbvio que vai dar em alguma coisa completamente nova, mas no que? Não tenho medo da solidão, pelo menos não desta. Meu medo é não saber bem quem controla este dito poder horizontal. Quem são os donos do ferro de passar roupa? Boiada. A humanidade foi assim, é assim e será assim. É biológico.
O Bicicultura foi um belo evento, com cheiro de festa de cicloativistas para cicloativistas, das mulheres empoderadas para as mulheres empoderadas, das minorias para as minorias, da bicicleta para a bicicleta. Horizontal? Em que plano?
Vi quinze minutos de uma das mais esperadas palestras mais festejadas do evento e sai. Não tenho mais paciência, sempre a mesma coisa, sempre o mesmo discurso. O Velo City de Nantes foi exatamente por ai. Lá reclamaram que tinha sido uma festa de egos. Pelo menos saí de Nantes com o comentário de que fiz a palestra mais estapafúrdia do evento.
E neste contexto veio o fim de semana do Bicicultura que aconteceu no Centro da Cidade de São Paulo. Eu não teria ido, mas Eric veio de Mossoró e ficou em casa para participar e dar palestra e acabei o acompanhando até o Bicicultura para ele fazer a inscrição. Enquanto o esperava na porta do Olido, na deprimentemente emporcalhada av. São João, começaram aparecer alguns velhos amigos e minha tensão foi-se diluindo. Da Galeria / Cine Olido, onde foram recebidos os participantes e foram dadas palestras, para a Praça das Artes, imponente obra de arquitetura em concreto aparente centro de vários eventos e palestras, várias pessoas vieram me cumprimentar em tom de festa, o que confesso não esperava dado minhas duras críticas ao que vem acontecendo.
Brinco com os velhos amigos que virei um velho chato que tem pouco a acrescentar e que não entendo esta nova geração. Muitos fazem piada disto. Felizmente tenho um celular Nokia preto, pequeno, resistente, que tem bateria para uma semana e felizmente (de novo) só funciona para ligações e mensagens. Nada de zapzap e estas outras porcarias (para mim). Meu celular ser "burro". Ótimo conversar olhos nos olhos. Facebook? Tenho, mal sei usar e pouco entro. Enfim, não sou um conectado, ou o que quer que seja ser conectado, estar em rede social ou sei lá o que mais. Quem não é conectado praticamente não existe. Ótimo, não existo. Nunca gostei de telefone, imagina estas coisas. Dizem que tudo isto é mais democrático, mas duvido. "É horizontal?" Definitivamente não é. Ou é para quem? Não, não é, não é mesmo! Estas coisas mudaram nossa gênese e via torpedo derrubaram as habilidades específicas de cada indivíduo? Não. Então mantemos a hierarquia mesmo sendo conectados? O que você acha? É óbvio que vai dar em alguma coisa completamente nova, mas no que? Não tenho medo da solidão, pelo menos não desta. Meu medo é não saber bem quem controla este dito poder horizontal. Quem são os donos do ferro de passar roupa? Boiada. A humanidade foi assim, é assim e será assim. É biológico.
O Bicicultura foi um belo evento, com cheiro de festa de cicloativistas para cicloativistas, das mulheres empoderadas para as mulheres empoderadas, das minorias para as minorias, da bicicleta para a bicicleta. Horizontal? Em que plano?
Vi quinze minutos de uma das mais esperadas palestras mais festejadas do evento e sai. Não tenho mais paciência, sempre a mesma coisa, sempre o mesmo discurso. O Velo City de Nantes foi exatamente por ai. Lá reclamaram que tinha sido uma festa de egos. Pelo menos saí de Nantes com o comentário de que fiz a palestra mais estapafúrdia do evento.
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