Afinal, qual a bicicleta correta? Teria uma dificuldade tremenda para responder esta pergunta. Tenho 35 anos ininterruptos de pedal e 45 bicicletas, dos mais diversos tipos e modelos, e é muito difícil apontar esta ou aquela como predileta, até mesmo porque há um sentimento de pai para filhas com todas. É lógico que algumas marcaram para valer, umas pela qualidade, outras pela beleza, empatia e até mesmo pelo que elas representaram em determinado ponto de minha vida. O fato é que se conheço um pouco sobre bicicletas, ciclistas e sistemas viários devo praticamente tudo a elas. Rodar com cada uma me fez entender não só a personalidade da bicicleta em si, mas como ela se impõe sobre a maioria dos ciclistas e dá características ao seu uso e a cidade em si.
A maioria das que tive está hoje no Museu da Bicicleta de Joinville. Gostaria de ter tido mais, ter experimentado outras, aprendido mais ainda. No seu devido tempo terei que sentar e escrever um texto, uma espécie de teste, de cada uma para que o público possa fazer uma certa idéia de quem é realmente aquela “menina”. Espero que com isto percebam que uma bicicleta não é simplesmente uma bicicleta. Algumas são verdadeiras obras primas.
Minha Specialized M2 1991, com a mesma configuração da que foi campeã do mundo, talvez tenha sido a melhor de todas. Suas rodas Z21 Pro são um sonho de leveza e precisão, impressionante, coisa de puro sangue. O quadro não fica atrás, mas minha opção por um quadro 19 foi pensada quando tinha 35 anos e ainda pensava em competir (amador), sabia que minha pilotagem era técnica, boa na chuva, barro e terreno escorregadio. O conjunto era muito leve porque sou mais lento nas subidas. Foi montada e configurada para minhas características, mesmo contra recomendações, e com ela levantei minha taça de campeão dos velhinhos. Perfeita! Mas a idade chegou, as competições ficaram para trás e sair com ela na rua me dava a sensação de estar guiando um kart no meio dos carros. Vídeo game total! Muito divertido, mas pedalar assim é ficar brincando com faca de sushi. Despachei-a para o Museu e fui para uma full de primeira, mas uma boa suspensão traseira que “limpa” os erros e estica a margem dos abusos. Também muito divertida, mas me levava ao inconseqüente sem que perceba. Virou doideira.
Pouquíssimos têm a possibilidade de configurar uma bicicleta perfeita para si, com tecnologia de ponta, maravilhosa tecnologia. Boa tecnologia fornece segurança, confiabilidade e conforto, mas mascara a realidade porque acaba fazendo as coisas por você. Uma boa bicicleta conversa com o ciclista, tem uma relação de troca. Sei disto porque foi com as mais simples que aprendi a avaliar uma bicicleta e dar o real valor à qualidade. É com as mais simples que você entende qual é o peso da sabedoria e do conhecimento empírico inerente à história da bicicleta. Sem ter sentado, conversado, ouvido e sentido com muitas “meninas” básicas não creio que teria dado o real valor à qualidade.
Bicicleta tem alma, não tenha dúvida.
Das mountain bike que usei só na rua marcou uma JNA, um dos últimos modelos desenhados pelo Nelson, um gênio. Mesmo feita em aço e pesada, era mágica, previsível, precisa, com um rodar distinto, um doce de pedalar. Era mais uma aula de como um bom ciclista - projetista faz diferença. Reforçava o fato que um criador de bicicletas tem que ser um sensível e experimentado ciclista. Do contrário, o pedalar é simplesmente um girar de pedais sem graça. É algo que até o mais duro ciclista consegue sentir.
Depois de muito uso a JNA foi para o Museu e foi substituída por uma bicicleta com um quadro também de aço, mas com tubos finos cachimbados o que faz uma diferença muito grande no rodar. A bicicleta fica macia, mansa, tranqüila, o que faz que seu pedalar seja também mais tranqüilo. Infelizmente teve a vida encurtada por uma valeta aberta durante a noite. Esta menina marcou porque com ela comecei a fazer o caminho de volta para as bicicletas urbanas. Me fez voltar ao antes das mountain bike, quando pedalava umas bicicletas lentas e pesadas, ruins diria até, de uma categoria mais conhecida como “Barra”, mas que tinham a característica de ser muito macias e tranqüilas. Muito deste conforto se devia aos quadros de tubos finos e os pneus 26 ½, de diâmetro maior que os das mountain bike.
Ao longo do auge do mountain bike, entre 1988 e 1994, comprei uma série de femininas das décadas de 50 e 60 pensando praticamente só no Museu. Ficava pouco tempo com elas. Uma me impressionou pela delicadeza de seu quadro. Provavelmente italiana pesava absurdos 10 quilos, mesmo sendo inteira em aço. Qualquer outra bicicleta parecida pesaria pelo menos 15 quilos. Era necessário ter certo cuidado ao pedalar porque a “menina” tinha sido fabricada para ser pedalada por uma mulher pequena e leve, e com meu tamanho e força (que não é assim aquelas coisas...) ela mexia para valer. Logo em seguida comprei uma Road Máster 1962 que então já tinha rodado 32 anos sem ir para a bicicletaria. Encontrei outra feminina clássica azul clara, quadro fabricado aqui no Brasil provavelmente em uma fabriqueta qualquer e no início da década de 70, que tinha rodas 700, um pé de vela 165. O seu rodar era delicioso, um doce com calda de chocolate. Com seu pé de vela tão curto o sair era lento e as subidas tinham que ser vencidas no alto giro, mas ela me levava onde queria magistralmente. A previsibilidade do rodar, influência das rodas 700, era notável. Que menina!
Sempre gostei de rodas de diâmetro grande. Quem já pedalou uma aro 28 da maravilhosa geração Phillyps, uma Opel, e outras européias até 1950, sabe bem do que falo. São extremamente macias e guardam bem a própria inércia, mas são menos ágeis que as atuais 26 e 700. O aro 28 não é mais fabricado. Tem muita gente que confunde com aro 700, que é o 28 1.5/8, e de menor diâmetro. Hoje tem quem diz que elas são as aro 29, as “big foot”, mas também não o é. Nem uma coisa, nem outra. Aro 28 creio que seja o maior que tenha sido fabricado em larga escala.
Para entender e por ordem de diâmetro: hoje bicicleta de adulto começa no 26 das mountain bikes, vai para o 700 das híbridas e speed, depois passa para o 27 das ótimas bicicletas da década de 70, incluindo a Caloi 10. Aro 28 seria o próximo diâmetro, mas hoje temos as “big foot”, aro 29. São rodas imensas que dão muita maciez ao rodar e passam por quase tudo que deteria facilmente uma roda com aro 26. A bicicleta fica muito estranha. No meio destas há uma série de medidas hoje praticamente inexistentes. Quem tiver curiosidade veja a bagunça toda nas tabelas do Sheldon Brown - http://www.sheldonbrown.com/tire-sizing.html#fraction . Pedalei praticamente todas as medidas de rodas para adulto e para mim o aro 700 tem o melhor balanço entre a aceleração e suavidade. Para uso urbano é o ideal e talvez por isto seja a roda padrão da Europa.
O tamanho da roda e seu peso quase que impõe a você a forma de condução. A roda é a base da inércia de uma bicicleta. Uma roda de grande diâmetro e mais pesada é mais lenta na aceleração, mas é mais confortável. Estas características faz com que você pedale mais tranqüilo, com mais serenidade, o que no meio do trânsito obriga você a ser menos agressivo, o que por sua vez é menos estressante e acaba sendo mais agradável e seguro.
A redescoberta definitiva das rodas grandes veio quando Teresa telefonou para casa e perguntou se eu queria ficar com uma Caloi Cruiser feminina tipo “barra”, pseudo mountain bike, fabricada em 1989. Tinha rodas com aros em aço cromado que não freiam, e grandes pneus 26 ½ 2.1. Para completar pé de vela monobloco, sem marchas, e freio ferradura que também não freia. Pensando bem uma estrovenga, divina estrovenga. Sentia as pernas na arrancada, mas depois que ela pegava sua velocidade de cruzeiro e ditava a regra. Um pouco estranha e até desagradável a princípio, mas quando entendi sobre o que ela estava me falando fiquei apaixonado. O rodar sóbrio que ela me proporcionou fez com que meus conceitos sofressem uma reviravolta completa. Fazia tanto tempo que usava tecnologia de ponta que praticamente havia perdido o conceito básico do que é uma bicicleta na acepção da palavra. Usei-a por um bom tempo. Fiz passeios longos com amigos que saíram com ela e também ficaram impressionados com a personalidade forte da menina. Infelizmente era pequena e me causava dores nas costas ou teria sido a bicicleta urbana oficial definitiva.
O que a gente nunca imagina é que com o tempo o corpo vai mudando e nossa postura na bicicleta passa a ser outra. Não consigo mais me manter numa posição tão agressiva quanto no passado. A postura mais em pé praticamente virou uma necessidade da idade e um conforto para pedalar no trânsito. O físico muda e cabeça também. Como já disse brincar de “kart” pode ser divertido, mas o tempo faz com que olhar a paisagem seja muito mais.
Quando penso no pessoal que pedala nas praias, com aquele visual maravilhoso, vejo ciclistas calmos, tranqüilos. Não é só a questão do ambiente que faz isto, mas também a geometria do quadro que propõe um pedalar mais ereto e uma dirigibilidade mais estável e muito previsível. Quanto mais em pé está o ciclista maior o arrasto aerodinâmico, o que faz com a bicicleta dite um limite de esforço. Isto faz com que o ciclista
Hoje tenho consciência mais clara de minhas necessidades. Amadureci (será?) e cheguei a conclusão que com uma híbrida (rodas 700 x 38) e uma sem marchas sou feliz e estou resolvido. Até quando não sei, mas creio que este casamento seja mais duradouro.
Mas, afinal, qual a bicicleta correta? Para quem? Para que? Infelizmente poucos podem ter a oportunidade de rodar em tantas e tão diversas bicicletas como eu tive. Todas elas me ensinaram muito sobre quem é a maioria dos ciclistas que conheço, vejo na rua ou tenho notícias. E por causa disto é muito difícil responder qual a bicicleta correta. Para quem? Em que momento da vida? Para que uso? Em que topografia. Daí uma das mais importantes recomendações deste site, o Escola de Bicicleta: teste o maior número de bicicletas possível antes de chegar a sua opção final. E tenha a mente aberta para as mais diversas opções de modelos e tipos, incluindo ai tipo de roda. Se você pretende chegar perto da sabedoria jamais diga que encontrou a bicicleta perfeita.
A maioria das que tive está hoje no Museu da Bicicleta de Joinville. Gostaria de ter tido mais, ter experimentado outras, aprendido mais ainda. No seu devido tempo terei que sentar e escrever um texto, uma espécie de teste, de cada uma para que o público possa fazer uma certa idéia de quem é realmente aquela “menina”. Espero que com isto percebam que uma bicicleta não é simplesmente uma bicicleta. Algumas são verdadeiras obras primas.
Minha Specialized M2 1991, com a mesma configuração da que foi campeã do mundo, talvez tenha sido a melhor de todas. Suas rodas Z21 Pro são um sonho de leveza e precisão, impressionante, coisa de puro sangue. O quadro não fica atrás, mas minha opção por um quadro 19 foi pensada quando tinha 35 anos e ainda pensava em competir (amador), sabia que minha pilotagem era técnica, boa na chuva, barro e terreno escorregadio. O conjunto era muito leve porque sou mais lento nas subidas. Foi montada e configurada para minhas características, mesmo contra recomendações, e com ela levantei minha taça de campeão dos velhinhos. Perfeita! Mas a idade chegou, as competições ficaram para trás e sair com ela na rua me dava a sensação de estar guiando um kart no meio dos carros. Vídeo game total! Muito divertido, mas pedalar assim é ficar brincando com faca de sushi. Despachei-a para o Museu e fui para uma full de primeira, mas uma boa suspensão traseira que “limpa” os erros e estica a margem dos abusos. Também muito divertida, mas me levava ao inconseqüente sem que perceba. Virou doideira.
Pouquíssimos têm a possibilidade de configurar uma bicicleta perfeita para si, com tecnologia de ponta, maravilhosa tecnologia. Boa tecnologia fornece segurança, confiabilidade e conforto, mas mascara a realidade porque acaba fazendo as coisas por você. Uma boa bicicleta conversa com o ciclista, tem uma relação de troca. Sei disto porque foi com as mais simples que aprendi a avaliar uma bicicleta e dar o real valor à qualidade. É com as mais simples que você entende qual é o peso da sabedoria e do conhecimento empírico inerente à história da bicicleta. Sem ter sentado, conversado, ouvido e sentido com muitas “meninas” básicas não creio que teria dado o real valor à qualidade.
Bicicleta tem alma, não tenha dúvida.
Das mountain bike que usei só na rua marcou uma JNA, um dos últimos modelos desenhados pelo Nelson, um gênio. Mesmo feita em aço e pesada, era mágica, previsível, precisa, com um rodar distinto, um doce de pedalar. Era mais uma aula de como um bom ciclista - projetista faz diferença. Reforçava o fato que um criador de bicicletas tem que ser um sensível e experimentado ciclista. Do contrário, o pedalar é simplesmente um girar de pedais sem graça. É algo que até o mais duro ciclista consegue sentir.
Depois de muito uso a JNA foi para o Museu e foi substituída por uma bicicleta com um quadro também de aço, mas com tubos finos cachimbados o que faz uma diferença muito grande no rodar. A bicicleta fica macia, mansa, tranqüila, o que faz que seu pedalar seja também mais tranqüilo. Infelizmente teve a vida encurtada por uma valeta aberta durante a noite. Esta menina marcou porque com ela comecei a fazer o caminho de volta para as bicicletas urbanas. Me fez voltar ao antes das mountain bike, quando pedalava umas bicicletas lentas e pesadas, ruins diria até, de uma categoria mais conhecida como “Barra”, mas que tinham a característica de ser muito macias e tranqüilas. Muito deste conforto se devia aos quadros de tubos finos e os pneus 26 ½, de diâmetro maior que os das mountain bike.
Ao longo do auge do mountain bike, entre 1988 e 1994, comprei uma série de femininas das décadas de 50 e 60 pensando praticamente só no Museu. Ficava pouco tempo com elas. Uma me impressionou pela delicadeza de seu quadro. Provavelmente italiana pesava absurdos 10 quilos, mesmo sendo inteira em aço. Qualquer outra bicicleta parecida pesaria pelo menos 15 quilos. Era necessário ter certo cuidado ao pedalar porque a “menina” tinha sido fabricada para ser pedalada por uma mulher pequena e leve, e com meu tamanho e força (que não é assim aquelas coisas...) ela mexia para valer. Logo em seguida comprei uma Road Máster 1962 que então já tinha rodado 32 anos sem ir para a bicicletaria. Encontrei outra feminina clássica azul clara, quadro fabricado aqui no Brasil provavelmente em uma fabriqueta qualquer e no início da década de 70, que tinha rodas 700, um pé de vela 165. O seu rodar era delicioso, um doce com calda de chocolate. Com seu pé de vela tão curto o sair era lento e as subidas tinham que ser vencidas no alto giro, mas ela me levava onde queria magistralmente. A previsibilidade do rodar, influência das rodas 700, era notável. Que menina!
Sempre gostei de rodas de diâmetro grande. Quem já pedalou uma aro 28 da maravilhosa geração Phillyps, uma Opel, e outras européias até 1950, sabe bem do que falo. São extremamente macias e guardam bem a própria inércia, mas são menos ágeis que as atuais 26 e 700. O aro 28 não é mais fabricado. Tem muita gente que confunde com aro 700, que é o 28 1.5/8, e de menor diâmetro. Hoje tem quem diz que elas são as aro 29, as “big foot”, mas também não o é. Nem uma coisa, nem outra. Aro 28 creio que seja o maior que tenha sido fabricado em larga escala.
Para entender e por ordem de diâmetro: hoje bicicleta de adulto começa no 26 das mountain bikes, vai para o 700 das híbridas e speed, depois passa para o 27 das ótimas bicicletas da década de 70, incluindo a Caloi 10. Aro 28 seria o próximo diâmetro, mas hoje temos as “big foot”, aro 29. São rodas imensas que dão muita maciez ao rodar e passam por quase tudo que deteria facilmente uma roda com aro 26. A bicicleta fica muito estranha. No meio destas há uma série de medidas hoje praticamente inexistentes. Quem tiver curiosidade veja a bagunça toda nas tabelas do Sheldon Brown - http://www.sheldonbrown.com/tire-sizing.html#fraction . Pedalei praticamente todas as medidas de rodas para adulto e para mim o aro 700 tem o melhor balanço entre a aceleração e suavidade. Para uso urbano é o ideal e talvez por isto seja a roda padrão da Europa.
O tamanho da roda e seu peso quase que impõe a você a forma de condução. A roda é a base da inércia de uma bicicleta. Uma roda de grande diâmetro e mais pesada é mais lenta na aceleração, mas é mais confortável. Estas características faz com que você pedale mais tranqüilo, com mais serenidade, o que no meio do trânsito obriga você a ser menos agressivo, o que por sua vez é menos estressante e acaba sendo mais agradável e seguro.
A redescoberta definitiva das rodas grandes veio quando Teresa telefonou para casa e perguntou se eu queria ficar com uma Caloi Cruiser feminina tipo “barra”, pseudo mountain bike, fabricada em 1989. Tinha rodas com aros em aço cromado que não freiam, e grandes pneus 26 ½ 2.1. Para completar pé de vela monobloco, sem marchas, e freio ferradura que também não freia. Pensando bem uma estrovenga, divina estrovenga. Sentia as pernas na arrancada, mas depois que ela pegava sua velocidade de cruzeiro e ditava a regra. Um pouco estranha e até desagradável a princípio, mas quando entendi sobre o que ela estava me falando fiquei apaixonado. O rodar sóbrio que ela me proporcionou fez com que meus conceitos sofressem uma reviravolta completa. Fazia tanto tempo que usava tecnologia de ponta que praticamente havia perdido o conceito básico do que é uma bicicleta na acepção da palavra. Usei-a por um bom tempo. Fiz passeios longos com amigos que saíram com ela e também ficaram impressionados com a personalidade forte da menina. Infelizmente era pequena e me causava dores nas costas ou teria sido a bicicleta urbana oficial definitiva.
O que a gente nunca imagina é que com o tempo o corpo vai mudando e nossa postura na bicicleta passa a ser outra. Não consigo mais me manter numa posição tão agressiva quanto no passado. A postura mais em pé praticamente virou uma necessidade da idade e um conforto para pedalar no trânsito. O físico muda e cabeça também. Como já disse brincar de “kart” pode ser divertido, mas o tempo faz com que olhar a paisagem seja muito mais.
Quando penso no pessoal que pedala nas praias, com aquele visual maravilhoso, vejo ciclistas calmos, tranqüilos. Não é só a questão do ambiente que faz isto, mas também a geometria do quadro que propõe um pedalar mais ereto e uma dirigibilidade mais estável e muito previsível. Quanto mais em pé está o ciclista maior o arrasto aerodinâmico, o que faz com a bicicleta dite um limite de esforço. Isto faz com que o ciclista
Hoje tenho consciência mais clara de minhas necessidades. Amadureci (será?) e cheguei a conclusão que com uma híbrida (rodas 700 x 38) e uma sem marchas sou feliz e estou resolvido. Até quando não sei, mas creio que este casamento seja mais duradouro.
Mas, afinal, qual a bicicleta correta? Para quem? Para que? Infelizmente poucos podem ter a oportunidade de rodar em tantas e tão diversas bicicletas como eu tive. Todas elas me ensinaram muito sobre quem é a maioria dos ciclistas que conheço, vejo na rua ou tenho notícias. E por causa disto é muito difícil responder qual a bicicleta correta. Para quem? Em que momento da vida? Para que uso? Em que topografia. Daí uma das mais importantes recomendações deste site, o Escola de Bicicleta: teste o maior número de bicicletas possível antes de chegar a sua opção final. E tenha a mente aberta para as mais diversas opções de modelos e tipos, incluindo ai tipo de roda. Se você pretende chegar perto da sabedoria jamais diga que encontrou a bicicleta perfeita.
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