segunda-feira, 12 de junho de 2023

Ciclovia cruzando a Ponte Jaguaré e conservação de passarelas de pedestres

Está quase pronto o cruzamento por ciclovia da Ponte Jaguaré. Faz muito que está em pleno funcionamento a ciclovia da avenida Jaguaré que chegava na cabeceira da ponte e simplesmente acabava, apesar da ponte ter uma passarela de pedestres a esquerda do trânsito que não é utilizada por pedestres. O absurdo é que do outro lado do rio, na outra cabeceira da ponte, está uma das entradas para o Parque Villa Lobos, isto para não dizer que a maioria dos ciclistas que cruzam a ponte são trabalhadores. 
Nunca estive na avenida Jaguaré bem cedo, de madrugada, mas acredito que o número de ciclistas deva ser bem alto porque a ciclovia Jaguaré faz ligação com uma área mais pobre de Osasco e tem continuação com a avenida Escola Politécnica, chegando até o final de Rio Pequeno, junto à Rodovia Raposo Tavares, cheio de bairros de classe média baixa. 
O conjunto ciclovia Jaguaré - Escola Politécnica é uma ciclovia plana, ótima para pedalar, opção muito mais fácil e rápida que transporte público, provavelmente até que automóvel em horário de pico. Mais ainda, é sombreada, agradável. 
Enfim, agora a ciclovia Jaguaré vai cruzar o rio Pinheiros o que deveria ter acontecido desde o primeiro minuto de sua inauguração, mas sabe-se lá porque não aconteceu. Não foge a regra de tantas outras ciclovias que acabam no nada ou não cruzam pontes. Interessante que não haja uma gritaria contra este "detalhe". Trabalhadores pedestres e ciclistas que se danem, não é? Ponte é para automóveis, a estaiada da Marginal Pinheiros que o diga.  
Ainda hoje os muitos ciclistas cruzam a ponte Jaguaré junto com um trânsito pesado cheio de ônibus e caminhões. Muitos vão junto com pedestres numa passarela que desde que passei pela primeira vez, e faz muito tempo, sempre esteve em condições precárias de conservação, para dizer o mínimo. As fotos são recentes.

Nesta foto é possível ver onde será a nova ciclovia para cruzar o rio e a desativada ponte Jaguaré em arcos, que mesmo com mato invadindo ainda está inteira. Um engenheiro de obras públicas que faz parte do movimento cicloativista subiu nela, e na também desativada ponte Morumbi, e fez uma inspeção detalhada. As duas estão inteiras. Não me lembro o nome dele. Fato é que seria possível usar estas pontes desativadas para fazer o acesso e a conexão entre as duas margens e ciclovias do Rio Pinheiros. No caso da ponte Jaguaré é fácil, é só querer.  Mas quem se interessa?
Há uma história que elas serão demolidas por causa da futura navegação no rio, mas quem já navegou em rios da Europa com muito mais calado que o Pinheiros sabe que esta justificativa é pura balela. 
O recurso necessário para reutilizar as pontes desativadas é baixo, basta pensar ou ter boa vontade. Inteligência faz milagres.
 




 A passarela de pedestres hoje.
  






Poucos pedestres descem ou sobem por esta escada porque os degraus estão completamente fora do padrão. Eu próprio já quase caí descendo para a Lerroy Merlin

Ao lado da escadaria. Ao fundo se vê um ciclista cruzando a avenida Jaguaré, saindo da ciclovia para acessar a passarela de pedestres, fato muito comum. São duas pontes novas, uma para cada sentido, com a ponte desativada entre elas. Vê se ciclistas fazendo o mesmo nas duas pontes. 


Aproveitando, abaixo a proposta para a ponte desativada Morumbi.







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