segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Ciclovias no entorno da Estação Terminal Pinheiros? Como fazer barato?

Antes, minhas sugestões para o entorno da Estação Terminal Pinheiros:
Na rua Costa Carvalho colocar as vagas de estacionamentos a 45º alternando o lado da rua o que obrigaria os carros diminuir de velocidade porque a rua não seria mais uma reta, mas um zig-zag. Facilitar a criação de vagas vivas para os inúmeros restaurantes, cafés e outros existentes ali. O mesmo pode ser feito imediatamente na Eugênio de Medeiros. Testa a mudança aí e depois estende para o resto do bairro. Sinalização estabelecendo velocidade baixa, 30 ou 40 km/h, mais sinalização reforçando a prioridade legal para as mobilidades humanas: pedestres, pessoas com necessidades especiais e ciclistas. Segregação do ciclista? Não se quer uma cidade para todos?
O acesso à Estação Pinheiros para o Largo de Pinheiros: transformar a sequência de ruas Conselheiro Pereira Pinto, Atuau e Guaicuí em ruas preferencialmente para pedestres, o que já acontece, é fato consumado. Ciclistas já conhecem o caminho. As correções no entorno do Largo de Pinheiros são relativamente fáceis.

Como são estas ruas hoje?
O trânsito na rua Costa Carvalho é pouco talvez por isto é fácil ver motoristas andando mais rápido que o bom senso manda. A calma rua tem alguns restaurantes, um bom número de pedestres, alguns ciclistas. É uma das rotas para a Estação Terminal Pinheiros, onde há um bicicletário que sempre está ocioso, ao contrário do sempre lotado bicicletário da Estação Faria Lima Linha Amarela 4, uns 600 metros adiante. 
A rua Eugênio de Medeiros, paralela entre as ruas Costa Carvalho e Gilberto Sabino, rua da Estação Terminal Pinheiros, é muito calma, poucos carros, uns poucos ciclistas, só na hora do almoço é que há movimentação grande de pedestres a caminho de um dos 15 restaurantes nos dois quarteirões e duzentos metros entre as ruas Paes Leme e Sumidouro. Muitos escritórios no entorno. Fora do almoço fica às moscas. E às quintas-feiras tem a tradicional feira. Vida de interior. Do outro lado da Paes Leme a Eugênio de Medeiros vai dar na ponte Bernard Goldfarb e dali para o Butantã ou Cidade Universitária e movimento mesmo só na hora de pico. Conheço bem a vida do pedaço porque moro aí desde 1987. 
Qual o problema?
A cidade não está contando os centavos? Será que não tem outras prioridades? O dinheiro destinado às mobilidades não pode ir para outros fins, diz a lei. Não adianta, a coisa pública tem regras que só o diabo entende, se é que entende. Prioridade? O que é isto? Eu tocaria cada centavo de qualquer intervenção para ciclistas no ajuste de alguns problemas existentes no que já está feito para pedestres, pessoas com necessidades especiais e se sobrasse algo... Ou...
Será que dá para melhorar a situação do ciclista com menos gastos? Será que precisa pintar tudo de vermelho, que pelo divulgaram custa uma boa nota? Não daria só para pintar os cruzamentos de vermelho com já fazem outras cidades? Será que precisa colocar tachões em todo trajeto? As bicicletas pintadas no asfalto da rua Groenlândia não deram um resultado surpreendente? Por que não aplicar técnicas simples e baratas de acalmamento de trânsito já consagradas em vários países? Afinal de contas, a maioria dos ciclistas não pedala no meio da rua e seu trânsito até chegar nas ciclovias? Porque não acalmar todo o bairro e assim ajudar três mobilidades numa tacada só, pedestres, pessoas com deficiência de mobilidade e ciclistas (e skatistas, patinadores....)? Mais, porque não melhorar a vida dos restaurantes, bares, doceiras, padarias e outros geradores de empregos que estão em todos cantos do bairro.

Voltando a meus sonhos:
Pensando mais longe, se faz urgente a mudança da geometria viária do acesso da Marginal Pinheiros para a av. Antônio Batuira, aquela que vai direto até a Praça Panamericana. Como está hoje é um absurdo. É preciso forçar os carros diminuírem a velocidade antes de sair da marginal, o que se faz deixando a curva mais fechada. Fazendo isto se aumenta a segurança dos pedestres que vem pela calçada da marginal. Ainda na av. Antônio Batuira é necessário repetir no cruzamento da rua Guerra Junqueiro o acalmamento de trânsito simples e eficiente existente faz muito no cruzamento com a av. Semaneiros.
Na av. Prof. Manuel José Chaves, que liga a Praça Panamericana à Ponte Cidade Universitária instalar um segundo semáforo para pedestres e ciclistas no cruzamento da rua Banibas o que criaria um caminho alternativo, linha reta, mais curto entre o Parque Villa Lobos e quase a Estação Pinheiros, além de dar acesso a ciclovia de canteiro central. Passou do tempo de estimular ciclistas a usar caminhos alternativos, por dentro de bairros calmos, tanto para mante-los distante de avenidas como para cortar custos da implantação do sistema cicloviário, isto para dizer o mínimo. 
E mais longe ainda seria possível trazer os cilistas que cruzam a av. Diógenes Ribeiro de Lima para o interno de bairro, em especial na rua Alberto Farias. É muito mais calmo e agradável, além de ser plano.

Não falo aqui sobre o cruzamento do rio Pinheiros que também é comentado com um alargamento da calçada da Ponte Euzébio Matoso. Se querem mexer aí os questionamentos a serem levados em consideração são uns tantos muitos mais. 

Eu tenho um sonho: construir uma estrutura leve e independente sob a ponte Bernard Goldfarb para pedestres e ciclistas, com um mirante sobre o centro da ponte. É a vista mais linda que se pode ter do rio Pinheiros. 




Um comentário:

  1. Gostei mt da forma q vc tratou a questão para pedestres,ciclistas e motoristas e todos q necessitam transitar pelo local, levando em consideração o entorno e o acesso Tudo tem q ser pensado no conjunto e não pode priorizar um grupo em detrimento de outro. Tem q se pensar na biomecãnica ao tratar do assunto. Parabéns.

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