terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

1808, turbantes e o Brasil do nunca antes

'1808' de Laurentino Gomes, pg 132: 
"Carlota (Joaquina, Princesa e mulher de Don João VI, Rei de Portugal), as filhas princesas e outras damas da corte tinham desembarcado (no Rio de Janeiro) com as cabeças raspadas ou cabelos curtos, protegidos por turbantes, devido à infestação de piolhos que havia assolado os navios durante a viagem (de Lisboa para o Rio de Janeiro). Tobias Monteiro conta que, ao ver as princesas assim cobertas, as mulheres do Rio de Janeiro tiveram uma reação surpreendente. Acharam que aquela seria a última moda na Europa. Dentro de pouco tempo, quase todas elas passaram a cortar os cabelos e a usar turbantes pra imitar as nobres portuguesas. 
Hoje não é nada diferente. Que seja. 
'1808, Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil', de Laurantino Gomes, Editora Planeta, é leitura obrigatória para todo e qualquer cidadão que se interesse por este país, Brasil, e que queira entender de onde vem esta baderna que ai está desde sempre. É inacreditável a semelhança do Brasil colônia e depois reino com o que estamos vivendo hoje. Em alguns momentos chega a parecer que não é um livro sério sobre história, fartamente apoiado em documentação, mas uma tremenda gozação com este Brasil do nunca antes. Tem até D. Maria I, a rainha louca. Pelo menos esta foi internada e interditada.
A leitura é cativante e leve. Eu o li em menos de uma semana com um prazer raro. Deveria ser leitura escolar obrigatória, até porque os livros escolares de historia que somos obrigados a engolir são de lascar de chatos.  

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