quarta-feira, 23 de julho de 2025

Jockey Clube, Yate Clube Santa Paula e outros abandonados

SP Reclama
Forum do Leitor
O Estado de São Paulo 

Jockey Club de São Paulo, Iate Clube Santa Paula. Abandonados; e muito mais mais outros, para não entrar no absurdo de todo centro da cidade. A quem cabe a responsabilidade, Prefeitura, Câmara ou Poder Judiciário? A bem da verdade, no estado que estão as coisas, é o que menos interessa. Tem que se resolver, ponto final. Abandonados há décadas, são um imenso prejuízo para a estabilidade da cidade e de seus cidadãos, muito maior que a maioria da população acostumada ao abandono geral consegue entender. São a prova que não é esta ou aquela instituição pública que está inoperante, falida, decrépta, mas todo o sistema que deveria servir ao povo. Qualquer tentativa de explicações por parte deles, o poder público, só piora. Passamos deste ponto, o que realmente interessa é dar solução a estas muitas situações vergonhosas, ridículas, que nos assombram, não importa de que forma. A teoria da vidraça quebrada é de uma verdade incontextável. Em São Paulo temos muito além de vidraças quebradas, temos 'só' um discreto Jockey Clube pintadinho, aparentemente bonitinho, mas largado, abandonado, sem futuro definido, imprestável para seu fim social implícito e obrigatório. E um Iate Clube Santa Paula e seu imenso hotel as margens da Represa Billings há décadas também largado às traças, ratos, baratas e sabe-se lá mais o que. Dois exemplos gritantes, dentre tantos outros. Sensação de abandono é um dos estímulos para a violência, a ciência e os dados provam. Se houver interesse real para reverter a bagunça que vivemos, que se comece por resolver os símbolos mais gritantes da incompetência. Assim foi feito em várias partes do mundo, com resultados sempre positivos. Aqui conhecemos esta técnica como "tolerância zero", que muitos dizem ser contra os interesses sociais. Contra os interesses sociais? Como assim? Por favor expliquem.

A saber, em NY, um imóvel fechado por mais de 6 meses é passível de pesadas multas. A razão, óbvia: prejudica a vizinhança. Paris obriga que todo e qualquer fachada de edifício seja limpa, tratada, restaurada, pintada com perfeição no prazo máximo de cada 10 anos. Nós temos uma lei que diz que a cada 5 anos é necessário fazer manutenção da fachada. Como tudo neste país, tem lei que cola e lei que não cola. Que vergonha!

Na alameda Casa Branca, área mais que nobre da cidade, um edifício ficou largado, inacabado, por mais de 30 anos. Pelo que contam, foram vários que entraram em contato com o proprietário para arrumar, terminar, tentaram comprá-lo, sempre tendo como resposta "não preciso, deixa lá". Como assim?
Situações como esta se espalham pelo Brasil. São Luis do Maranhão, Salvador, inúmeras cidades históricas, se não praticamente todas. 
O que corre entre o povão é que nossa memória, nosso patrimônio histórico, que a imensa maioria sequer entende sua importância vital, é abandonado de propósito para que chegue um dia a deteriorização completa e a irreversibilidade de sua recuperação, sendo necessária sua demolição, o que abre espaço para um novo emprendimento imobiliário bem rentável. Caso emblemático é a casa sede da Fazenda Bibi, que depois de muitas décadas de luta felizmente foi restaurada.

Terminando e a saber: NY na década de 80 chegou a ter mais de 80 mortes violentas por 100 mil. Para quem não sabe o que isto significa, o Brasil em 2023 teve 22 mortes violentas por 100 mil. A reversão da brutal violência de NY veio através do cuidar do que estava abandonado. O resultado está ai.

Aqui, pelo que parece, ninguém está nem aí.

domingo, 20 de julho de 2025

O abismo de comunicação

"O agro negócio tem um ponto positivo inquestionável, a entrada de dólares no país, e inúmeros pontos negativos que um conhecido,  engenheiro agrônomo, poderia enumerar. Um deles é a periferia das cidades grandes, em parte consequência da expulsão da população interiorana pelo modelo de negócio agrícola de grande escala",  segundo meu interlocutor.
 
E segue ele, "O país (Brasil) tinha uma extensa rede ferroviária que acabou por causa da indústria automobilística".

E termina, "A solução para o caos da cidade está nas mobilidades ativas e no transporte coletivo".

E aproveitando a 'sabedoria' popular, "Todos problemas vêem de políticas públicas erradas, da má fé. Tem que mudar".

E, E, E e E.... e poderia terminar com o usual "entendeu?".

Dito e feito. Dito e feito?
Como? O que?

Primeiro, as afirmações acima são verdadeiras, mas... não estão completas. Começando por elas e entrando a fundo em cada uma das questões surgem detalhes que, estes sim, podem levar aos resultados esperados.

Provavelmente já responderam ou ouviram alguém iniciar a resposta com um ".... sim, não, sim..." Brasileiro talvez seja o único povo que responde positivamente começando com um "...sim..., não, sim". Se for uma negativa é o contrário, não, sim, não. Eu faço isso. Estou cansado de ouvir esta resposta. Estou me patrulhando e estou tirando sarro de quem responde assim. Tenho dado boas risadas, mas o causo é sério.

Comunicação correta. Tai algo que nós, brasileiros, não somos educados e treinados para fazer. Sim, não, sim, respostas com frases incompletas, pensamentos que deixam para o outro completar ou subentender, e o infalível "entendeu?". É vício nacional. No final fica tudo num limbo além da imaginação.
Como isto influencia na comunicação de assuntos que demandam precisão, seriedade, e tomada de decisão correta? Não sei, mas tudo me leva a crer que é um dos mais graves desvios para construir resultados. 

Saindo do povão, me incluo aí, e entrando no mundo dos especialistas e conhecedores, aqueles que têm capacidade e podem resolver problemas, aposto que há um abismo absurdo na forma como expõe suas razões para o público, e esta é uma das razões pelas quais estamos vivendo estas graves crises com seguidos vôos de galinha.

Faz 50 anos que estamos gritando sobre a gravidade da questão ambiental, por exemplo. Ora, se a gritaria tem tanto tempo e não alcançou os resultados esperados, algo está muito errado, e sem muita dúvida, uma delas é a forma de comunicação. 

O causa esta tremenda dificuldade de definir uma posição? Por que navegamos no talvez? Não aprendemos onde isto nos traz?

terça-feira, 15 de julho de 2025

Nos falta educação emocional

Sigo dois grupos que estão em lados opostos, literalmente. Um de esquerda ideológica e o outro de direita patológica

O fogo da intransigência sempre esteve aceso, mas depois da reação de Trump com seu 50% o fogo explodiu em acusações pirotécnicas dos dois lados. Nada de novo, só um pouco mais barulhento, luminoso e quente que o habitual.

Confesso que tenho bons amigos dos dois lados, entendo algumas posições, mas fico cansado. Mais, longe deles gasto parte de meu tempo tentando descobrir como reverter esta queimação infernal tão destrutiva para os dois lados e mais ainda para nós, simples cidadãos que só queremos que a coisa funcione bem e tenhamos vidas normais, sem ter que obrigatoriamente que tocar fogo e se queimar.

Educação emocional, nossa educação emocional, aqui no Brasil, é muito ruim, ou inexistente. Se no passado havia uma educação social informal, os usos e costumes que colocavam limites na reação puramente emocional, ela veio se deteriorando ao longo dos anos de uma forma brutal, e o brutal aqui não é figura de linguagem.

Por razões ou interesses estamos jogados um ping pong entre um capitalismo selvagem e um socialismo selvagem, bestial melhor dizendo, os dois. O interesse maior, inclusive dos dois lados? Não interessa. O X da questão é destruir o outro. Fodam se todos e todo mundo. "Nós e eles", "eu!" (selfie!). Quem não quer pancadaria sofre as consequências, leia-se Brasil.

Educação emocional para saber conversar com um mínimo de racionalidade. Deixar o outro falar, ouvir, entender sem ser devorado pela emoção bruta e sem agarrar o outro pela goela.

Não sei o que você sente quando vê nossos congressistas atuando no plenário, mas eu fico maus. Morro de inveja quando vejo congressos ou parlamentos de outros países debatendo, e incluo Itália aí, famosa por seu comportamento expansivo, vamos dizer assim.

Desta vez fiquei tempo suficiente em Roma para poder ser convidado a alguns encontros familiares e de amigos. Voltei para casa feliz, calmo. Mesmo que os italianos tivessem, e tinham, posições bem diferentes, cada um expunha sua razão sem ser interrompido, sem interferências. E só depois de terminada sua exposição alguém começava a falar. 
Estou errado? Não creio. Exagerado? Não. Ou você acha que a baderna que vivemos, que já se transformou em caos, está aí por que? Não falo só de política, mas de violência pura, bruta, estúpida e irracional. De onde imagina que vem? De posições racionais?

Educação emocional leva a uma melhoria da racionalidade, e racionalidade nos levará a qualidade. Olhem os que nos servem de exemplo e verão que este foi o caminho que seguiram.

A entrevistada a Rádio Eldorado, falando sobre educação de crianças diferentes acabou de citar "conhecimento de ciência social". É sobre isto que me refiro quando falo sobre educação emocional. 
Hão de concordar que este Brasil que vivemos é infantil, tipo aqueles que jogam areia na cara do outro para não emprestar seu brinquedo. "É meu!"

Óbvio que para uma minoria não é interessante que a maioria pense racionalmente. E a maioria aceita. Quem cala, aceita, reza a verdade.

O precisamos é vender a ideia que só com um mínimo de controle emocional sairemos desta baderna que estamos metidos.

Os dois lados fanáticos, o do capitalismo selvagem e do socialismo selvagem, não vão mudar, sempre existirão, mas com algum comportamento racional a maioria conseguirá isolar estas doenças, então teremos o futuro que sempre desejamos.

Brasileiro fajuto: só agora descobriram?

Fórum do Leitor 
O Estado de São Paulo 


Descobriram que o cara é brasileiro fajuto? Como diz o povão: "demorou!", isto para deixar o sarro barato. Um passo atrás, tem gente que sabia que Trump não era muito bom da cabeça, mas está se surpreendendo com o que está acontecendo agora. Como assim? Não dava para perceber que aquilo daria nisto? Não era previsível? Estás de brincadeira?!? Um passo a frente, depois de tentativa de golpe contra o Exército, décadas de nulidade no Congresso, 700 mil  mortos, falas sem sentido e outras loucuras absolutamente inaceitáveis, não dava para ter uma noção que o sujeito não está nem aí para não só o Brasil, mas única e exclusivamente interessado no que seja de seus interesses mui particulares? Pior, o sujeito em questão definitivamente não é o único, muito pelo contrário. Não importa a linha política e ideológica, temos aos montes. A bem da verdade, assusta mesmo a cegueira geral. Está sim me preocupa, e muito. 

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Solidão: ...

Rádio Eldorado FM 

Brasil é um país com baixa educação emocional. Solidão acaba sendo uma consequência. Solidão individual e coletiva. Não é porque você está encaixado num grupo social que está ou ou acaba só, sente solidão, algumas vezes profunda. Ou você se encaixa na manada, pensa, age e fala a mesma coisa que este geral, ou você é deixado de lado, ou pior, desprezado ou até encurralado. Não importa nada se o solitário tem muito a oferecer. Via de regra não interessa a maioria enxergar a solidão do próximo. Inegável que Brasil virou salvasse quem puder, muito individualista.

Ainda pela baixa educação emocional, é difícil ter uma conversa racional mais profunda, onde os motivos não só da solidão venham à tona sem estremos. Aliás, fora do trivial é difícil estabelecer contato, mesmo com os muito próximos.

Solidão acaba sendo a medida da estabilidade social de um país, mas, quanto mais instável emocionante, menos se consegue rastrear a solidão.

Minha fuga é pedalar. Ou trabalho, o que não estou conseguindo fazer por conta de problemas familiares, problemas estes que estou tendo que aprender a lidar completamente só, portanto na solidão.

Não é porque você tem um ótimo relacionamento que você não está completamente só, totalmente afundado na solidão.
Amar é uma coisa. Amar não implica diretamente na não solidão. As duas emoções podem caminhar juntas, e não raro caminham. 

quinta-feira, 10 de julho de 2025

50% contra o Brasil ou para salvar papai?

Fórum do Leitor
Rádio Eldorado FM
O Estado de São Paulo

Fogo inimigo? Quem deve se preocupar com artilharia inimiga quando o fogo amigo é muitíssimo mais devastador. Os 50% que Trump anunciou é resultado de diferenças comerciais? Pela forma como foi anunciada tudo leva a crer que é resultado de desinformação plantada por um dos nossos com outros fins. Tem um forte cheiro que serve só para salvar papai. Um país se constrói em meio a diferenças, algumas fortes, pesadas, dificeis de contornar, mas não importa quão diferentes, deve-se encontrar e de alguma forma com integridade encontra-se uma saida. Pode ocorrer jogo pesado, até sujo, mas nunca traição. Traição é absolutamente inaceitável. Se é inaceitável entre pessoas ou grupos, o que dizer trair todo um país em nome dos interesse da própria família. O que vemos agora não terá sido o caso, ou, melhor, a repetição do já acontecido? O lado bom é que a fantasia delirante deve cair até para os mais crentes. Uma traição deste naipe afeta a todos, sem qualquer exceção.

domingo, 6 de julho de 2025

A era do só o muitíssimo é legal

A era do só o muitíssimo (o completo exagero) é legal, entramos nela? Tudo indica que sim. Nunca o muito foi tão muito, necessariamente muitíssimo em tantas áreas de nossas vidas. Comunicação em massa, mais que isto, a manipulação em massa está em nossas mãos, a carregamos no bolso e estamos atentos a ela o dia todo. Mais, aceitamos como natural e bom, melhor, ótimo.
A diferença para o passado é óbvia: a era digital está aí até para os que não querem vê-la, e ponto final.  

Pós escrito: o conceito de infância surge no início do século XIX com a revolução industrial. Antes disto não se fazia distinção entre adultos e crianças. E o conceito de adolescência se firma pós Segunda Guerra Mundial, antes também eram crianças e adultos. Ou seja, usando um termo bem popular: não tinha mi-mi-mi.

Paz e amor, nossa fronteira final? Faz tempo que se acredita que sim, é o nosso fim, e aí faz tempo, muito tempo, procura desesperada desde o surgimento das religiões monoteístas, ou bem antes. Cristianismo a refinou: pratique muito amor e tenha paz no céu, com direito a recepção por São Pedro. E por aí vão esta e as outras. 
 
O Festival de Woodstock foi o ápice do paz e amor, do Flower Power, do faça amor, não faça guerra... Quatro dias de música, sexo e drogas, e paz e amor. Saiu do controle com 500 mil pessoas invadindo a fazenda e lá ficando por quatro dias, debaixo de sol, chuva, lama, precariedade de alimentação, bebidas, higiene, transformando tudo em volta num caos, mas de alguma forma controlado pelos próprios meio milhão de jovens. Quase inacreditável, mas foram só duas mortes, uma por overdose e outro atropelado por trator que ali trabalhava para dar um mínimo de condição de vida para aquela massa de paz e amor.

Os cinco discos gravados e lançados no mercado, mais fotos, filmes e o filme Woodstock mostram o que foi, pelo menos o lado que era interessante mostrar para um público que se sabia restrito, selecionado, e com potencial político e comercial. Paz e amor serve além de suas belas palavras. Woodstock foi para uma geração "muitíssimo legal". 

Aqui, no Brasil, antes disto, a partir da metade dos anos 60, começaram os festivais nacionais de música transmitidos direto pela TV (em branco e preto). Quantos músicos maravilhosos saíram dali. Paz e amor? Não só, ou um outro tipo. É proibido proibir, ou era, ou queriam que fosse, como cantava a música. Vivíamos o começo de uma ditadura militar que ficou braba e o discurso paz e amor pegava menos neste país tropical, ou fazia menos sentido que num Estados Unidos desbundado na riqueza, a todo vapor, mas metidos em uma guerra violenta, Vietnan, sem sentido diziam, a segunda deles pós WWll. Paz e amor era protesto, ou pretexto, como queiram. 

A partir da revolução industrial o "muito é legal" não só para os negócios e capital disparou. Imagina só o que sentia a primeira geração que passou a ter utesilhos domésticos a disposição em casa. Quanto mais, melhor, era novidade e ganhou outra escala: acessível. Rádio e depois TV deram um belo empurrão ao mais é melhor.
Também a partir da revolução industrial surge uma nova era, a era do só o comunismo é muitíssimo legal, que pelo sim ou pelo não tem a ver com o paz e amor do Festival de Woodstock caótico e absolutamente igualitário, pelo menos por quatro dias.

Paz e amor? Paz e amor! 
(Esta porra de corretor automático, que agradeço a Deus por existir e evitar que eu escreva erro atrás de erro de português, corrigiu o paz e amor por Paz é amor, o que dá o que pensar. Mensagem subliminar de Deus ou sacanagem digital do programador que é messiânico? NDA.)

Exageros? Sempre existiram, nenhuma novidade, alguns comportamentais, outros sociais, faz parte de nossa história. A 'era do só o muitíssimo é legal' sempre existiu, mas em nichos, de formas diversas e escalas restritas em setores de cada sociedade, mas não na escala e nível de disseminação que temos hoje. 

Foram muitas eras do "só o muitíssimo é legal". Por exemplo, um dos fatores para a vitória dos aliados na WWll foi a suavidade dançante das big bands americanas. 

Sempre se quis encaixar e viver, regra básica de sobrevivência social. Hoje "muitíssimo" é uma força impositiva gerada pela realidade digital que atinge inevitavelmente a todos, queira ou não queira.

Fato é que paz e amor, da forma como pensamos hoje, eu diria, foi o início da "era do só o muitíssimo é legal" uma novidade recente entre e dentro da humanidade. 

Como curiosidade, dois Beatles, Paul e George, viajaram para San Francisco para ver e vivenciar o paz e amor do Flower Power. Dois dias depois retornaram a Londres. Acharam um porre idiota.
 
De qualquer forma o paz e amor muito turbinado e fortemente distorcido pela pela cada vez mais agressiva propaganda comercial, nos trouxe a esta maravilhosa "era do só o muitíssimo é legal", ou, no dito popular, "quanto mais melhor", ou ainda "quanto mais vende, mais lucra". Neste contexto, com a concorrência que se tem hoje, vale qualquer coisa para sobreviver, inclusive o "só o (meu) muitíssimo é legal". E o pessoal embarca e compra, esta é a questão. 

A memória do meu celular acabou. Limpeza feita. Agora funciona muito melhor. A mesmíssima receita de uma pesquisa científica sobre recuperação da nossa memória, a que temos dentro da caixola, que acabou de ser publicada. Menos informação é mais saudável para o funcionamento geral do corpo, mente e alma. Absolutamente ninguém duvida, pelo menos os que não são das gerações X Y Z e os etc + algo. 
Diz a pesquisa, momentos de observação aleatórios e inconsequentes trazem benefícios para memória e outras funções do cérebro, por conseguinte para a vida. Só funciona com as sensações abertas, focadas no apreciar o momento. Simplesmente dar-se ao direito de perceber e sentir.
Em outras palavras: era e continua sendo muito legal integrar-se à vida. Não é sadio e produtivo entrar de cabeça no só 'o muitíssimo (qualquer coisa, de preferência idiota) é legal' que se vive hoje. (Nossa pausa. Sorria! Selfie!)

Meu agradecimento aos pensadores, historiadores e sociólogos que em diversos artigos tem analisado e colocado em contexto o que vivemos hoje. Estamos um pouco muito mais acelerados do que é sadio. Pelo que me lembro a ideia deste texto, delírio talvez, veio de artigo do Karnal sobre exageros.
 
Termino citando Goebels, que usou e abusou do "só o muitíssimo é legal" para fundamentar a tentativa de impor uma era que teve consequências definitivamente nadíssima legal para centenas de milhões. Aliás, Stalin, Mao e outros do genero, também impuseram o muitíssimo legal a moda deles que também fazem parte de um passado pouco memorável. A ideia de todos eles, ditadores, salvadores da humanidade, populistas, religiosos, tudo junto e separado, pode até ter sido boa, mas.... aí entrou o muitíssimo, a doutrinação do "só o meu muitíssimo é legal". Danou-se!

Será o IA a nova "era do só o muitíssimo é legal"?. Medão! Eu prefiro ser uma metamorfose ambulante