Quando estávamos trabalhando no Projeto Ciclo Rede Butantã (2007) conversamos com gente da Prefeitura para que se fizesse uma ponte para pedestres e ciclistas um pouco mais a frente neste córrego. Já havia uma pinguela muito precária por onde a população cortava caminho. A resposta foi que não dava para fazer porque etc... e tal; resposta padrão de coisa pública envolvida em um milhão de burocracias.
Um tempo depois fui fazer uma vistoria nos córregos da Esmeralda e do Sapê, em Rio Pequeno, que deveria ter sido a extensão do Ciclo Rede Butantã. No Esmeralda, próximo a av. Rio Pequeno, dei com uma ponte de pelo menos uns 5 metros de vão sobre o córrego primorosamente bem feita, em concreto, que dava acesso da rua para a garagem de uma casa. O discreto detalhe: estacionado na garagem uma picape Ford F1000 carregada. Em outras palavras, a pontezinha aguentava mais de 3 toneladas. Fui perguntar para o pessoal da Prefeitura e eles disseram que conheciam a ponte e era ilegal porque tinha sido construída pelo morador.
O projeto Ciclo Rede Butantã não saiu, não entendo até hoje porque, mas a substituição da pinguela por uma ponte decente em concreto poderia facilmente ter sido feita. Foi?
O movimento ciclo ativista fez ações incríveis, conseguiu empurrar muito para melhor a questão da bicicleta. Para quem é dos primórdios, como eu, é um prazer ver o que conseguiram. Mas... não entendo porque não conseguiram até hoje fazer com que as conexões da ciclovia Rio Pinheiros sejam realizadas. Óbvio que uma pontezinha é uma pontezinha, mas que dá para fazer dá. É incompreensível que depois de tantos anos a passarela que deve ligar a ciclovia ao Parque Villa Lobos ainda esteja desmontada e enferrujando, por exemplo. Desculpem, mas não entendo.
Só como curiosidade:
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