segunda-feira, 29 de julho de 2019

Colombiano vence o Tour de France e importância do esporte amador popular

Fórum do Leitor
O Estado de São Paulo

Ontem pela primeira vez na história um sul americano venceu o Tour de France, a prova de ciclismo mais importante do planeta. Três outros colombianos mais um argentino foram destaque. Nenhum brasileiro participou nesta ou nas edições passadas, mesmo tendo 40 milhões de bicicletas circulando no dia a dia das cidades do Brasil. Como falar de ciclismo, um dos esportes mais populares do mundo, quando até nosso futebol, paixão nacional e outrora o melhor do mundo, anda tão mal das pernas? Falando da reconhecida importância da prática esportiva para o bem estar da população. Ter mais de um quarto da população pedalando e não gerar um ciclista de ponta é uma vergonha. Podem fazer o que quiser, reformas econômicas ou mudanças políticas, mas este país não mudará enquanto não tivermos politicas públicas preventivas realistas, sólidas e perenes. Ter uma farmácia a cada esquina ou ver o negócio da segurança crescer vertiginosamente sem parar é sinal claro e inequívoco do desprezo das autoridades pelas ações preventivas mais básicas. De nada adiantará ter hospitais e policiamento tão cacarejados por políticos e autoridades se não tivermos esgoto, educação e a disseminação da prática de esportes, essenciais para a formação de qualquer país decente. A Taça das Favelas de futebol foi um completo sucesso, ocorrendo em clima tranquilo, familiar, até nas finais; completamente diferente da brutal violência típica da Copa São Paulo de Futebol Junior ou de qualquer outro jogo de campeonato oficial. Esporte amador, de raiz, é disputa que gera mais que campeões, gera paz, convívio social, transforma uma comunidade, uma cidade, um país. Egan Bernal, que acaba de vencer o Tour de France, colocou a Colômbia em evidência em boa parte dos jornais e noticiários do primeiro mundo, os investidores, fazendo uma propaganda para seu país que não tem preço. Ídolos são inesquecíveis, referência do bem. E é no esporte amador que se forma ídolos, se forma um país. Políticos e autoridades passam. 



sexta-feira, 26 de julho de 2019

Gentileza gera gentileza

Hoje pela manhã mandei uma rosquinha, aquele sinal que se faz com a mão, vulgo vai tomar no cu, para uma mulher que dirigia um carro. Fiquei bem mal. Tive que ir para o meio da rua porque tinha um carro estacionado na ciclofaixa e ela buzinou para que eu voltasse para o lugar dos ciclistas. Estava pedalando na velocidade do trânsito, ela estava longe, não atrapalhei ninguém, e estava com saco na lua por causa de algumas encheções familiares. O ponto é que ela simplesmente não tem nada a ver com meu mau humor e como motorista pode reclamar que estou fora do espaço que foi criado para ciclistas. Amigos e amigas ciclo ativistas gritaram e repetiram a exaustão "lugar de ciclista é na ciclovia"; pois então, a senhora que dirigia o carro estava absolutamente correta. Também está no CBT que diz que havendo local próprio para circulação de ciclistas é lá que devem circular. Eu saí um pouco antes do carro estacionado sobre a ciclovia, o que não deveria ter feito segundo o CTB. Não há o que discutir, menos ainda xingar. Aliás xingar está tipificado como infração no CTB e em outras leis. 
Mas sabe porque fiquei mal mesmo? Primeiro porque estupidez com o outro não serve para nada. Quando eu, como ciclista, tenho uma reação destas crio problema para outros ciclistas. A motorista provavelmente passará pelos próximos ciclistas que encontrar sem a menor boa vontade e simpatia. Naquele momento, com a reação que tive, fui para a motorista o representante de todo e qualquer ciclista. Não foi o Arturo que mandou uma rosquinha, mas foi um ciclista. "Ciclistas são todos iguais" ouço todos dias. Assim como "Motoboys são loucos", "Motoristas são assassinos", "A pior raça que existe são os taxistas"... e assim vamos, só depende de que lado se está. Os outros são sempre os ruins e nós os bons. Será? 
"Gentileza gera gentileza" deixou grafitado num viaduto do Rio de Janeiro José Datrino, o Profeta Gentileza. Nada mais verdadeiro, nada mais eficiente, nada mais coletivo. Trânsito é um jogo coletivo. O valor de reconhecer os próprios erros faz milagres. Quer pedalar seguro gere gentileza. Isto contamina e vai ajudar a sua segurança e de todos ciclistas.
Domingo passado Teresa e Vera passaram pela mesma situação na av. Sumaré, onde está cada dia mais difícil pedalar na ciclovia, tomada por tudo e todos, até por bicicletas. Quando pararam a frente conversaram com o motorista explicando porque se sentiam mais seguras junto aos carros. O motorista ouviu e foi embora em paz. Gentileza gera gentileza. 
De minha parte ainda quero encontrar a motorista para pedir desculpas. Nunca é tarde.

terça-feira, 23 de julho de 2019

Depois dos motoboys, agora os entregadores por aplicativos.

Painel do Leitor
Folha de São Paulo

A telefonia era cara e ineficiente, a internet não existia, demorou para chegar e chegou cara, lenta e imprevisível; a eterna burocracia e seus documentos sem sentido necessitando despacho urgente que ficavam parados no trânsito paulistano sem previsão de recebimento; tudo acabou gerando o fenômeno dos motoboys. Foram fundamentais para manter São Paulo caminhando, mesmo demonizados por buscar a rapidez que lhes era exigida ou xingados e acusados de irresponsáveis quando acabavam estendidos no asfalto parando mais ainda a cidade. O número de acidentados e os consequentes custos de parar a cidade e do atendimento nos hospitais foram e continuam sendo absurdos, mas nunca foram seriamente olhados pela simples falta de opção. Que suas famílias e amigos chorem seus acidentados e mortos, pouco importa; o povo, todo ele, quer agora, já, imediatamente.
Boa parte dos entregadores de aplicativos é menor de idade, portanto não tem sequer a formação básica para o trânsito que a CNH dá. Pela impetuosidade típica da adolescência e por realizarem suas entregas em bicicletas (ou qualquer coisa que sirva para transporta-los) sentem-se e de fato estão livres de qualquer regra, das básicas de cidadania às leis vigentes. Leis estas que ainda estão sendo estabelecidas para aplicativos e seus entregadores, que só querem trabalhar, mesmo que completamente desprotegidos. São entregadores autônomos, responsáveis pelos seus ônus. Que suas famílias e amigos chorem seus acidentados e mortos, pouco importa; o povo, todo ele, quer agora, já, imediatamente, hoje muito mais rápido que antigamente, afinal o tempo do celular não mente.

Quem já acompanhou vida de bike courier, opção mais barata que motoboys, sabe que a maioria acha que sabe pedalar, pedala em bicicleta errada, prejudicial para músculos e articulações, faz longas e insanas quilometragens diárias, se alimenta e hidrata mal, se tem tempo e dinheiro para isto. Boa parte deles acaba machucado ou doente, isto quando não se acidenta em colisão ou caindo num buraco. Muitos são autônomos, quando são; precisam trabalhar, o resto é resto. Quem se importou? Quem se importa?
Bicicleta é um dos veículos mais práticos e inteligentes criados pelo homem. Com bom uso oferece inúmeras vantagens, da rapidez para trajetos curtos e médios ao bem estar, a qualidade de vida. Como tudo que diz respeito a cultura no Brasil, a da bicicleta e do pedalar corretos é insipiente, muitas vezes cheio de conceitos básicos errados. O que está acontecendo com estes meninos é um absurdo, mas quem se importa?


Artigo na Folha de São Paulo sobre a situação sobre os entregadores autônomos que estão por todos lados.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Fez bem no passado, estará bem no futuro

Comprovei que estava ficando velhinho quando numa largada de prova fui ultrapassado por uma gurizada que mais pareciam foguetes. A princípio não entendi nada, mas caiu minha ficha e comecei a gritar as gargalhadas para aquela massa de foguetes "Vocês não respeitam os mais velhos?" Era o que me restava. Em seguida começou a chuva, ficou escorregadio, e a situação ficou de igual para igual, ou melhor para mim com os guris apanhando do barro ou indo para o chão.
Hoje, até com os pentelhos brancos, me divirto de vez em quando dando chinelada na molecada e em alguns marmanjos com suas bicicletas caras. Ah! a experiência! Lógico que não dá para ir muito longe, brincar por muito tempo, mas dá para perturbar o outro, o que acaba lavando a alma. Tenho meu momento, meu ego sorri, volto para casa leve porque o velhinho ainda está vivo e bem. 
Pedalar é a arte da suavidade, suavidade é técnica em estado de arte, só se chega a arte com disciplina trabalho e trabalho, disciplina é autoconhecimento e autorrespeito, enfim maturidade.
Sou menos disciplinado, ou menos neurótico com disciplina, do que era quando tinha lá meus 30 e poucos anos. Aos 30 olhava demais a técnica de pedal e menos do que deveria para o respeito ao próprio corpo. Abusei, sem dúvidas, e abusar é uma besteira. E algumas vezes fiz menos que poderia por erro de avaliação. Talvez porque ter boas informações disponíveis não era tão fácil na época. Hoje não me resta dúvida que ficar no meio termo, o do bem estar, faz milagres. De qualquer forma só tenho que agradecer por ter sempre procurado pedalar da melhor forma / qualidade possível. Quando se cuida ou faz bem no começo se tem bons resultados no final. Meu corpo agradece os cuidados tomados no passado assim como meu pedal agradece o respeito à técnica que sempre tive.

Do Budismo para o ciclista:
  1. compreenção correta
  2. aspiração correta
  3. fala (comunicação) correta
  4. conduta correta
  5. meio de subsistência correta
  6. esforço correta
  7. atenção correta
  8. contemplação correta

quarta-feira, 17 de julho de 2019

erros de técnica de pedal

O que é conduzir bem um veículo? Para quem teve sempre uma ligação próxima com automobilismo de competição a resposta é relativamente fácil. Envolve uma série de fatores que podem ser resumidos em ter um veículo em prefeito estado de funcionamento e usar de técnicas de condução corretas, o que por sua vez quer dizer respeitar a máquina, sua condição física e psicológica e finalmente o ambiente onde você está. Prever correto, olhar correto, pensar correto, agir correto; parafraseando princípios do Budismo. Quem respeita estas regras dificilmente se envolve ou é responsável por acidentes.

Qualquer veículo mal conduzido é perigoso. E não tenha dúvida que é, principalmente em veículos de equilíbrio precário como bicicletas. No pedal é crucial respeitar regras básicas ou se acaba no chão. O exemplo mais simples: saber parar corretamente a bicicleta; ou seja, frear com suavidade e manter os pés bem apoiados nos pedais até a bicicleta de parar por completo. Segundo médicos de PA (Pronto Atendimento, o antigo Pronto Socorro) o número de crianças acidentadas por não saber parar corretamente a bicicleta é grande. Acaba sendo a mesma situação que quando desce do skate em velocidade. Chão feio!
Amo pedalar e como qualquer ser humano normal prezo não tomar tombo ou sofrer acidentes. Enquanto estou pedalando fico atento a minha qualidade de pedal e a meus erros. Pedalo seguido a 42 anos e sei que tenho muito a aprender. Li muito. Não tive vergonha de ouvir recomendações e até mesmo broncas de ciclistas profissionais respeitados, e de seus técnicos. Por sorte tive uma preciosa base técnica vinda do automobilismo (e motociclismo) que me ajudou muito. Boa parte das técnicas são aplicáveis para todos tipos de veículos. Antecipação, suavidade e respeito aos limites são as mais preciosas.
É impressionante a baixa qualidade de pedal dos ciclistas normais que circulam pela cidade, aqueles que pedalam para se transportar e os que pedalam por lazer. Infelizmente a maioria não aceita que você fale "a" sobre qualquer problema, até mesmo os mais gritantes. Pena. Ou triste, muito triste. 

Quanto mais sei, mais sei que nada sei.
Sou humano, brasileiro, tenho ego como todos, sou um tanto cabeça dura, em parte por minha larga experiência. Mas a cada dia tenho mais certeza que nada sei, e este é o bom caminho para tentar pedalar cada dia com mais qualidade.

Bom pedal

terça-feira, 9 de julho de 2019

Vergonha! A Prova 9 de Julho de 2019 não foi realizada.


Fórum do Leitor
O Estado de São Paulo

Hoje pela manha bem cedo deveria ter acontecido mais uma etapa da Prova 9 de Julho, uma das mais tradicionais provas de ciclismo do Brasil. Não aconteceu. É uma vergonha, e não só para o esporte ou para o ciclismo. Os organizadores da tradicional prova alegaram que não tiveram condição de realizar a edição deste ano e ponto final, mais um ano sem 9 de Julho. Para quem não sabe ou nunca esteve lá para ver, não é uma prova de ciclismo qualquer, mas um evento público tradicional que faz parte da história não só do ciclismo, mas de São Paulo. Já foi primeira página de jornal, já foi transmitida por rádio e TV, teve grande público, como de final de futebol, quase morreu, mas vinha crescendo firme nestes últimos anos, com um número para lá de expressivo de participantes profissionais e amadores, e um público assistente nas ruas a cada ano mais presente e entusiasmado. Os custos para realização de uma prova destas não é pequeno e envolve entidades privadas e a Prefeitura. Agora, os custos de não realizar uma 9 de Julho ou qualquer outro evento de cunho social e histórico é imenso. Só se tem uma estrutura social estável, que vive em paz e constrói bom futuro, quando suas tradições são respeitadas. Mais ainda, no exato momento que se discute o futuro das mobilidades ativas em São Paulo, suspender "o" evento ciclístico do ano é um contra-senso sem tamanho. A bem dizer é uma burrice inominável.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

O ciclista trabalhador na contramão não tem outro caminho

Fórum do Leitor
O Estado de São Paulo

É impressionante a quantidade de ciclistas passando pela contramão e na estreita calçada na av. Cidade Jardim esquina com a rua Dr. Mário Ferraz, a maioria trabalhadores de baixa renda voltando para casa. Moram do outro lado do rio e só conseguem ter acesso ao Centro Expandido, onde está a maioria dos empregos, por ai e assim. A enorme ponte estaiada, orgulho paulistano, está exatamente em frente a grande favela Real Parque, poderia dar acesso ao corredor de ônibus e ciclovia Berrini, mas simplesmente não permite a passagem de pedestres e ciclistas. A ciclovia do rio Pinheiros que passa sob a ponte também é inacessível ai. O número de ciclistas indo ao trabalho pela contramão da Marginal Pinheiros entre a favela e ponte Cidade Jardim também impressiona. Para os pedestres resta ou longa caminhada até a ponte mais próxima que está longe ou encarar lotados ônibus. CPTM também está do outro lado do rio. É assim para boa parte dos moradores do lado de lá do rio Pinheiros. O problema é mais ou menos igual em todo São Paulo, mas quem se interessa? A mobilidade paulistana é tratada pontualmente, como no caso recente dos patinetes, e não com uma visão séria, realista, para todos, que vise resolver problemas macro que são ou vão se tornar crônicos.


A ciclovia rio Pinheiros não só poderia, como deveria, ter acessos em todas as pontes para evitar que ciclistas se lancem ao perigo da Marginal, o que fazem hoje e é fácil de comprovar. Várias questões dificultam a instalação destes acessos: custo e falta de espaço talvez sejam os principais O poder decisório olha qualquer projeto pelo lado custo / benefício. Não temos ainda a cultura do custo hoje / benefício futuro no que diz respeito a mobilidade. As demandas imediatas são enormes, como a dos transportes de massa, e no meio da crise brutal que vivemos a decisão cai sobre o prioritário urgentíssimo e nada mais. Acessos e pontes para ciclistas custam muito e são difíceis de justificar para o povão. "Vão gastar com bicicleta e não vão consertar buracos no corredor de ônibus", para citar um mínimo exemplo.

Alguns acessos poderiam ser resolvidos de maneira não convencionais, sem grandes gastos ou obras, o que o poder público não costuma aceitar por razões legais e outras mais. Infelizmente há um forte corporativismo em torno da mesmice, e bota mesmice nisso. Bom exemplo pode ser do acesso a ponte e avenida João Dias, hoje uma realidade criada pelos ciclistas. Eles abriram um buraco na cerca, passam por estreito espaço entre as paredes da ponte, pulam esta parede e cruzam dois acessos de alta velocidade da marginal para bairros de baixa renda: Jardim São Luís, Jardim Ângela, Capão Redondo, Campo Limpo, Taboão... O número de ciclistas aí só faz crescer. Houvesse flexibilidade por parte do poder público seria possível oficializar este acesso com obras e ações de engenharia de trânsito, mas não há, e estamos a um ano luz disto. Os ciclistas continuarão a se arriscar muito neste local para seguir viagem com segurança e rapidez pela ciclovia, que é a maior parte de seus trajetos, num cálculo próprio de custo / benefício bem sensato. Situações como esta se repetem por toda cidade, com diversos graus de periculosidade. 

Na outra ponta da ciclovia do rio Pinheiros, ao lado da ponte Jaguaré, uma passarela que ligaria ao Parque Villa Lobos e ao Jaguaré e Osasco, caminho de vários trabalhadores, permanece desmontada e jogada ao relento faz muito. Está debaixo do viaduto que cedeu faz uns meses, em frente ao Parque Villa Lobos, por onde acessariam os ciclistas. Talvez quando for consumida pela ferrugem digam que não serve mais e abram uma nova licitação para um novo acesso, o que não seria o primeiro caso do gênero.

"Todos somos pedestres", sempre diz Reginaldo Paiva

Mesmo todos sendo pedestres o poder público não foi e continua não sendo capaz de resolver problemas crônicos dos pedestres, que são inúmeros, dos mais diversos tipos, alguns graves.
As calçadas que ligam a Estação Vila Olímpia CPTM, que está na Marginal Pinheiros, ao interior do bairro são muito estreitas e obrigam os pedestres trabalhadores a caminhar no meio das também estreitas ruas. Em horário de pico o que se vê é um absurdo que demandaria medidas urgentes, mas nada. Ao lado da estação há um acesso à ciclovia do rio Pinheiros por meio de uma perigosa escada que já causou vários acidentes com ciclistas usando sapatilha com taco. Também é óbvio que os ciclistas entram em conflito com os pedestres. O detalhe é que a rua é indicada como um dos acessos dos carros à marginal. Enfim, viva o caos. Que se dane os pedestres.

Pedestres e ciclistas têm seus caminhos naturais que na medida do possível devem ser respeitados. Normalmente é o caminho mais curto e sensato. As cidades onde a mobilidade ativa está sendo construída com bons resultados dá prioridade a pedestres e ciclistas, nesta ordem. Aqui não. O fato é que nossa engenharia de trânsito ainda é obsoleta, rodoviarista, muitas vezes perigosa, muito perigosa. E estou sendo bonzinho.