sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Adeus a Jô Soares

Acabo de ouvir sobre a morte de Jô Soares. Paz Jô, Paz. Obrigado, Muito Obrigado. Para você com letra maiúscula, é o mínimo.

Morre muito do pouco da inteligência que este país teve, pelo menos a que foi a público e com isto prestou um imenso serviço a este país e sua população. Em boa medida o Brasil fica órfão com a perda de Jô. A simples perda de suas entrevistas foi um baque para este país, perda irreparável. 

Faz pouco estava no Rio de Janeiro, fui tomar café da manhã na rua e por boa ironia do destino acabei sentando ao lado da senhora que foi a produtora do Chico Anísio. Não me lembro o nome, me desculpem, nem vou pesquisar agora. me desculpem. 
No meio de uma conversa leve e divertida sobre nossa situação atual, Rio de Janeiro e Chico Anísio, é óbvio, perguntei se Chico Anísio teria conseguido trabalhar nos dias de hoje. A resposta foi categórica: "Não". 
Jô Soares, mesmo com sua inteligência ímpar e uma cultura para lá de invejável provavelmente também não teria conseguido trabalhar nestes tempos de populismo bipolar hidrófobo. Chico e Jô tinham uma qualidade admirável: eram politicamente incorretos, o que ajudou uma barbaridade este Brasil a se discutir, a se olhar, a levantar suas questões reais. Rir é sempre a melhor saída. Ou você ri da vida ou a vida vai rir de você, o que hoje está acontecendo.

Carinho Jô
Obrigado Jô
Bom encontro com o Chico Anísio e tantos outros queridos. Beijos em todos


A bem da verdade Jô, como outras inúmeras inteligências deste país, acabaram ou acabam silenciados pela população brasileira. Inteligência, boa conversa, argumentações, incomoda.  

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