quinta-feira, 14 de abril de 2022

Como afastar ou cativar o público

Ao lado do vaso sanitário, na mesma posição onde deveria estar o papel higiênico, colocaram a caixa de sacos plásticos para embrulhar absorvente. Óbvio que assoei o nariz com o saco plástico, achei o papel higiênico (saco de absorvente) uma merda e fui na recepção do hotel reclamar. O resto não preciso contar.

O café da manhã de um outro hotel, bom e bem arrumado por sinal, tinha entre seus talheres uma faca que não cortava. Não é que cortava mal, não, simplesmente não cortava sequer uma banana. A faca tem o formato de uma faca, um discreto serrilhado de uma faca, mas é uma chapa em forma de faca com a borda quadrada, sem o acabamento de corte. Acabei cortando tudo com a colher.

De volta ao quarto descobri que a toalha escondia a caixa de papel higiênico. 
Na recepção me disseram que precisasse de uma faca que corta que pedisse para a garota que atendia no café da manhã e ela me entregaria.
Pequenos detalhes engraçados? Sim.  Erros estúpidos. Provavelmente fizeram alguns hóspedes pensarem duas vezes se voltam ou recomendam os hotéis em questão. 

Peguei um carro em Montreal e fui para Quebec. Estacionei o carro, andei pela bela Quebec e no fim do dia peguei a estrada de volta para Montreal. Segui as placas. Depois de muito rodar a estrada acabou uma loja de conveniência e um cotovelo de entrada de uma cidade pequena. Não entendi nada. Cadê Montreal? Parei, entrei na loja para tomar um café muito cansado, perguntei onde estava Montreal e o atendente, um rapaz magro, tranquilamente disse que tinha que voltar para Quebec e de lá ir para Montreal. "Como assim? Eu segui as placas (na saída de Quebec)". Calmamente o rapaz respondeu que muita gente fazia o mesmo erro. 

Em Bologna fiquei num hotel, grande, um dos maiores da cidade. O acesso ao estacionamento se faz por uma única rua, não há outra opção. Entrei e saí do estacionamento do hotel três vezes, portanto passei pela rua seis vezes. Meses depois recebi uma multa, repito, uma multa por "trafegar em rua de trânsito exclusivo aos moradores locais".  Em meu recurso confessei que tinha passado pela rua seis vezes. "O senhor deve pagar uma multa".  

Roma, Hotel Dei Borgognoni, hotel ótimo, na Via dal Bufalo, uma rua estreita de dois quarteirões meio escondida. O taxista não achou, ninguém sabia onde era, até que um senhor italiano apontou o dedo e disse "Lá". Pela dificuldade de encontrar o hotel jamais voltaria, aliás pela demora de encontra-lo quase parei em outro, mas pela ótima qualidade do atendimento no hotel é um dos meus preferidos. Volto sempre e recomendo para todos. Ótimo!

Na porta do café da manhã deste hotel que estou deixaram cair um chocolate no carpete e alguém que veio atrás pisou. Ficou parecendo que alguém tinha pisado em cocô de cachorro e continuou andando sem perceber. Fui até a recepção e chamei um dos atendentes que respondeu com um insolente "Eu? O senhor quer que vá até aí?" e olhou para dentro do escritório e disse para alguém que estava lá "O senhor (apontando para mim) quer que eu vá ver alguma coisa lá fora". Depois de um certo tempo quando ainda tentava evitar me acompanhar, veio e viu. Eu, para não perder a oportunidade, disse brincando que era merda de cachorro, dei meia volta e me fui. Ele ficou lá de olho arregalado para o carpete sujo e as consequentes pegadas. Quando voltei estava o mesmo atendente e mais dois funcionários do café da manhã olhando para baixo para saber o que era e o que fazer com aquilo. 

Ontem bateram a carteira de Tereza na H&M que fica na lateral do Duomo di Milano, uma grande loja de departamentos. E praticamente logo depois bateram a carteira de uma jovem alemã que estava acompanhada por outra Teresa também alemã. Juntamo-nos, falamos com o segurança que nos apontou o gerente da loja que atendia uma cliente. Conversamos com ele que deu uma de sabonete e na primeira oportunidade desapareceu. Logo depois desapareceram com o segurança também. Os dois já tinham deixado escapar que 'talvez' as carteiras fossem encontradas e que passássemos depois para ver se foram encontradas, o foi confirmado por outros funcionários. Saí a procura das carteiras e a primeira, da jovem alemã, encontrei no chão como nos foi dito perto da porta. A segunda foi encontrada pela jovem alemã Teresa um pouco mais adiante também próximo a porta. Pedimos para que fosse chamado o gerente da loja e nos fomos uns 20 minutos depois sem que ele aparecesse. 

Aqui em Milão ou Milano, paixão de cidade, tem um café, o Ungaro, de 1956, que cedo junta o pessoal que está indo para o trabalho. Fica do outro lado da rua do hotel onde estava hospedado e não pretendo voltar, dentre outras porque o café da manhã era ruim e servido por uma funcionária muito mal humorada. Estava incluído na diária, fui no primeiro dia. No segundo dia o café da manhã estava uma confusão. Saí do hotel para acalmar, vi o café do outro lado da rua, cruzei e entrei num lugar também confuso, mas
 acolhedor, cheio de gente simpática. Fui bem atendido, simples café (expresso, mas não ristreto) e croissant. Ah, e uma espremuta, ou um suco de laranja feito na hora. Sinto falta. Amanhã vou lá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário