A filha de um general teve um acidente de bicicleta. Como era ditadura o General ordenou que o CONTRAN baixasse uma norma ou recomendação obrigando os ciclistas pedalar no sentido contrário dos carros para que os ciclistas pudessem ver e desviar, se for o caso. Ouvi a mesma história de várias fontes, até de gente que estava dentro do governo e sabia muito bem o que falava. Fato é que até hoje tem ciclista que tem como verdade única e exclusiva que pedalar na contramão é a forma mais segura, ou a única forma segura, não importa que todos os dados apontem que é uma das situações com maior índice de fatalidade. Mais, pedalar na contramão aumenta muito a possibilidade do ciclista se acidentar, ficar aleijado ou morrer
O que se constrói hoje em palavras, fatos, ações ou obras vai gerar consequências no futuro. É absolutamente impossível negar isto. Nada é inconsequente. Como diz o velho ditado: Aqui se faz, aqui se paga.
Não reconhecer que a cidade que temos hoje no Brasil vive um tempo de baderna é ou desconhecimento do que pode ser uma cidade normal ou falta de vontade.
Não reconhecer que o que está acontecendo com uso da bicicleta em nossas cidades está uma baderna... é muita inocência para dizer o mínimo.
Bicicleta é! transformadora. Nossa vida urbana pode melhorar muito com a introdução da bicicleta, mas com as coisas bem feitas. Pedalar onde e como quer, independente dos outros, não é o caminho. Contramão hoje é o símbolo do que está o uso da bicicleta e a compreensão do que é nossas cidades. Não é assim, não pode ser assim. Ciclismo cloroquina não dá certo.
Tendo em vista que o trânsito na cidade e em suas vias varia de ponto a ponto, assim como seus perigos
Tendo em vista que trânsito é uma ordem coletiva dentro de um espaço específico, onde o equilíbrio e segurança do sistema
- direito a liberdade de pedalar livre de segregação
- abertura imediata dos gastos públicos relativos ao sistema cicloviário implantado
- abertura dos números e razões dos acidentes, e não só mortes
- olhar a cidade do futuro, não a cidade que foi criada a mais de cinco décadas
- menos gastos com km, muito mais educação, como obriga a lei
- não atrapalhar, causar problemas para a circulação do transporte de massa
- implantar depois de diálogo não só com ciclistas, mas com todos afetados
- respeito aos pedestres, respeito aos cidadãos com necessidades especiais
- olhar prioritariamente áreas de grande circulação de pedestres, principalmente no entorno de estações, terminais; pedestre é prioridade por lei e bom senso
- fiscalizar, policiar, organizar e mediar, poder público cumprindo seu Dever Constitucional
- desmentir e desmistificar conceitos prejudiciais ao bem estar público
Nenhum comentário:
Postar um comentário